Cantando em Pista

Capítulo 16

Oi :) Acabou o doce, galera. Se segurem e não se preocupem. Vocês vão entender tudo.

Caroline Pov

Eu estava oficialmente preocupada, faziam quase dois dias que Day não me dava sinal de vida. Eu já estava de volta em São Paulo e teoricamente era para que ela tivesse chegado da Áustria na noite anterior. Mas nada até agora, já tinha tentando ligar até mesmo para Victor que também não me retornou.

Estava me decidindo se procurava por Elana ou não, eu não queria parecer desesperada. As vezes Day apenas estava ocupada, certo? Ainda entre o dilema interno se ligava para Elana ou não, meu celular começou a vibrar em minhas mãos. O nome de Dayane na tela, atendi no mesmo segundo.

- Onde você se meteu? Eu já estava preocupada!

- Carol? - A voz de Victor do outro lado da linha me fez parar.

- Victor? Cadê a Day?

- Carol, eu... Aconteceu umas coisas na Áustria. - Ele sussurrou, quase como se fosse segredo.

- Onde vocês estão? Precisa de ajuda?

- Eu... - O barulho de uma porta se abrindo no fundo fez com que Victor se calasse, fiquei tensa mas logo ouvi a voz de Elana perguntando ao fundo se era eu e Victor confirmando.

- Victor, o que está acontecendo? - Perguntei nervosa.

- Carol, a Day, ela... - Sua voz vacilou. - Caralho, me desculpa é que tá tudo tão recente e... Elana fala você.

Ouvi o som do telefone sendo passado e logo a voz de Elana chegou aos meus ouvidos.

- Desculpa o Vi, Carol, nós ainda estamos um pouco assustados. - A loira suspirou. - Não estamos no Brasil, estamos na Áustria ainda. Olha é complicado de explicar por telefone, é muita coisa, mas em resumo: Estamos no hospital, Day sofreu um acidente, achamos que Simon tem um dedo metido nisso.

- Como assim? - Sussurrei nervosa.

- Olha, por que não vem pra cá? Acho que ela vai perguntar por você assim que acordar e aí te explicamos tudo.

- Claro, eu estou pegando o primeiro voo disponível. - Meu computador já no colo procurando passagens. - Mas... Nana, como ela está agora? - Perguntei apreensiva.

- Estável. - Ela suspirou. - Foi uma madrugada difícil, a encontramos ontem apenas.

- Oh... Entendi. - Engoli em seco, pelo menos ela estava "bem" certo? Minhas mãos tremendo me diziam o contrário.

- Vou te deixar arrumar o que precisa, mas me ligue assim que chegar ok? Te passo o resto das informações.

Apenas concordei com ela e desligamos a chamada, já fui logo pedindo um Uber e não me dei nem o trabalho de pensar em mala. Eu me viraria quando chegasse lá, apenas vesti roupas quentes, peguei meus documentos e uma mochila pequena com mais uma casaco e coisas que eu poderia vir a precisar. Mandei uma mensagem para Lucas explicando por alto a situação e pedindo para que ele e João cuidassem de Kiana por uns dias e desci para esperar o carro.

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Cheguei quase de madrugada na Áustria. Liguei para Elana antes mesmo de entrar no uber esperando que ela estivesse acordada. Ela estava.

- Eu estou aqui.

-  Tudo bem, o Victor voltou para o hotel. Te mando o endereço, encontra com ele lá e tente descansar um pouco. Só é permitido um acompanhante com o paciente.

- Troca comigo, Elana. - Pedi, eu precisava vê-la.

- Tem certeza?

- Absoluta.

- Certo... vou te passar o endereço do hospital.

Assim que recebi sua mensagem, entrei no primeiro Táxi disponível e dei o endereço do local, em instantes estávamos lá e eu saia do veículo já avisando Elana.

Elana desceu rapidamente para avisar sobre a troca de acompanhantes, felizmente a moça deve ter visto nossas caras e foi extremamente simpática dizendo que Elana poderia me acompanhar até o quarto. Subimos em silêncio.

Segui Nana até o quarto, passando pela porta rapidamente e sentindo meu coração apertar ao ver Day ali. Me aproximei devagar e com cuidado.

Seu rosto machucado denunciando as possíveis agressões que minha namorada havia sofrido. Ela tinha algumas contusões pelos braços e mais alguns machucados pela extensão de seu corpo.

- A pior parte você não consegue ver. - Elana disse baixinho.

- O que aconteceu? - Perguntei com lágrimas nos olhos.

-  Nós não sabemos, apenas temos algumas teorias. - Ela suspirou se sentando no sofá do quarto. - A Day ia voltar para o Brasil, você sabe né? - Concordei com a cabeça. - Bem, eu e Victor iriamos ficar mais uns dias. Perguntamos se ela não queria que fôssemos juntos até o aeroporto, mas ela disse que não precisava. Depois disso Day simplesmente sumiu, mas achamos que ela apenas estava no voo. Apenas quando Victor deu falta de seu telefone que começamos a estranhar tudo.

Lhe encarei confusa, mas entendo porque Victor não havia me atendido.

- Achamos algumas trocas de mensagens na conversa dos dois. Alguém se passou pelo Vi, dizendo que precisava que Day voltasse para o hotel urgentemente. Só que, como pode deduzir, ela nunca chegou. Achamos todas as coisas de Day e o telefone do Victor junto com ela em um beco a algumas quadras do hotel. - Elana suspirou.

- Você disse que achava que Simon estava metido nisso. - Lembrei a ela.

- Sim, bem, quem mais poderia querer fazer algo contra Day? Não foi um assalto, suas coisas ficaram para trás. E quem mais teria acesso tão fácil ao celular de Victor senão uma pessoa já infiltrada?

- O que eu não consigo ver?

- Deram uma facada nela. - A loira suspirou. - Foi grande, provavelmente vai deixar uma marca.

Meus olhos lacrimejaram novamente, não sabia dizer se era de raiva ou de preocupação.

- Por que ela ainda não acordou? - Sussurrei,  pegando sua mão delicadamente.

- Ela passou por uma cirurgia, mas já tinha perdido muito sangue... Precisaram entubar ela, agora resta esperar para que ela acorde.

Concordei com a cabeça, puxando a poltrona ao lado da cama para mais perto dela. Não me separaria de Day por nada.

- Eu... Sinto muito, Carol. - Elana tocou meu ombro.

- Não foi culpa de vocês, sabem disso certo?

- É... Acho que sim. Victor está bem chateado. - Ela respirou fundo. - Eu já vou, tá? Qualquer coisa me ligue, qualquer coisa mesmo.

- Pode deixar.

- Amanhã mais cedo passamos aqui. - Ela deu um aperto em meu ombro e então saiu do quarto.

Encarei o rosto de Day mais uma vez, me sentindo horrível. Eu não podia acreditar que Simon era capaz de tamanha atrocidade. Talvez por já estar ali, o cansaço me atingiu.

Tentei lutar para ficar acordada, mas acabei adormecendo com minha mão ainda sob a de Day e meu corpo estirado na poltrona.

Oi :) Como estamos?

Eu só queria avisar que caminharemos pra uma parte um tico mais obscura agora, tratando um pouco sobre agressões... Enfim, coisas de cunho violento. É a primeira vez que eu escrevo algo dessa magnitude, então me perdoem se não sair perfeito. De qualquer forma, deixarei um TW quando for algo mais explícito.

Por enquanto é só, espero que estejam gostando.

Até o próximo, tchauuu