Capítulo 7

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Mais um capítulo boiola e levinho antes das coisas começarem a acontecer de verdade :) Boa leitura, espero que gostem.

Dayane Pov

Finalmente depois de cinco dias, hoje eu retornaria no hospital para tirar o gesso. Carol iria comigo, estávamos tentando aproveitar esses últimos dias já que no sábado eu já iria para Miami. Tentei mesmo convencer Carol a vir comigo, mas ela recusou dizendo que precisava trabalhar e eu entendia a ruiva. Por isso decidimos curtir esses últimos momentos.

- Bom dia! - Desejei animada vendo Caroline descer as escadas.

- Olá. - Ela veio até mim e me deu um selinho, nesses últimos dias nossa cumplicidade aumentou. Dividir um apartamento com ela por cinco dias acelerou um pouco nosso processo de amizade. - Como se sente?

- Ansiosa. - Fiz carinho em Kiana que estava perto de mim, até a gata já estava se acostumando com a minha presença. - Estou louca para poder tomar um banho normal.

- Admite que vai sentir falta de mim te dando banho. - Carol brincou.

De fato a ruiva havia me ajudado a tomar banho nesses últimos dias, nós protegíamos o gesso com uma sacola plástica, pegávamos um banquinho para que eu sentasse e eu ficava lá com um biquíni da ruiva e ela me auxiliando.

- Esse é um segredo que eu jamais revelarei. - Lhe dei a língua.

- Você gosta de ter minhas mãos em você, eu sei. - Ela disse com o rosto bem próximo do meu.

Não respondi, apenas lhe puxei para um beijo quente. Caroline suspirou quando nossas línguas entraram em contato, apertei minhas mãos em sua cintura e ela arranhou minha nuca me fazendo suspirar também. Quando o ar começou a faltar, ela se afastou, mas não saiu do meu colo.

- Precisamos sair. - Carol avisou. - Vou me vestir tá?

- Gostosa. - Dei um mini tapinha em sua bunda quando ela se virou de costas para mim e levantou.

- Não bate que eu gosto. - Ela se inclinou e mordeu meu lábio.

Eu ri e observei Caroline ir para longe. Eu já estava pronta, afinal não tinha muitas roupas mais ali na casa da ruiva. Então apenas esperei que a ela voltasse pronta. Carol não demorou muito e logo estávamos em um Uber a caminho do hospital.

- Você vai estar aqui quando eu voltar? - Perguntei para ela.

- Não sei, quando você volta?

- Semana que vem, acho que segunda. Ainda não comprei a passagem de volta.

- Acho que não. - Ela fez um mini bico, quis beija-la mas rapidamente me lembrei de Simon. - Tenho três shows quase que seguidos no sul, semana que vem. Logo depois a gente vai para o centro-oeste.

Isso significava que basicamente não veria a ruiva mais naquele mês, suspirei mas sorri pelo menos eu sabia que nos veríamos mais uma vez.

-A gente pode marcar algo quando der. - Dei de ombros.

- Claro que vamos, a senhorita merece o jantar que eu nunca te dei. - Nós duas rimos, semanas se passaram e até hoje não tivemos o famoso date do jantar.

- Fica como desculpa pra te ver de novo. - Declarei.

No hospital, não demoramos muito. Quando menos esperei estávamos em uma cafeteria/restaurante perto do meu apartamento almoçando.

- Esse lugar tem o melhor Moscow Mule da cidade. - Comentei já com minha caneca em mãos.

- Eu vi a saga que você fez avaliando os Moscow Mule's que você tomou. - Carol confessou rindo.

- Já era minha fã incubada né?

- Coitada. - Caroline respondeu.

- Tô errada?

- Muito. - Ela rebateu encarando meus olhos.

Caroline me deixava fraca e se não estivéssemos na rua, teria lhe beijado ali mesmo. Seguimos nosso almoço tranquilamente, mas quando algumas pessoas começaram a reconhecer Caroline nós pagamos a conta e fomos embora. Claro que somente depois que a ruiva atendeu todos que se aproximaram, era até admirável a forma como ela tratava seus fãs.

Por ser extremamente perto, caminhos até meu prédio. Cumprimentei Roberto e lhe apresentei Caroline, logo depois subimos.

- Vou tomar um banho tá? Quero lavar minha perna, mas fica a vontade. - Avisei ela enquanto já ia para o banheiro.

Carol apenas concordou e eu procurei tomar um banho rápido, sai enrolada numa toalha e fui direto para meu quarto. Podia ouvir o barulho do meu teclado ser tocado, era bom ouvir o barulho do instrumento que eu não encostava a alguns meses. A voz de Carol acompanhando a melodia também contribuía, desejei que ela não parasse quando eu me aproximasse.

Me deitei em silencio no sofá apenas lhe admirando cantar e tocar City of Stars, a música estava na cabeça da ruiva desde que nós havíamos assistido o filme a dois dias atrás.

- Eu poderia viver aqui para sempre. - Disse baixinho quando ela parou de tocar. Sabia que ela ouviria já que agora estávamos em silêncio.

- Quem sabe? - Ela se aproximou deitando por cima de mim e me dando um selinho.

A aconcheguei melhor em meus braços sentindo o cheiro do seu cabelo, que mulher cheirosa, obrigada Deus.

- Você gostaria? - Perguntei, seus olhos encarando os meus.

- Você não?

- Acabei de dizer que poderia viver nesse momento para sempre. - Ri baixinho.

- Faço das suas palavras as minhas.

- Vem cá. - Segurei seu queixo levemente fazendo ela se aproximar mais e então finalmente lhe beijando.

Minhas mãos rapidamente se moveram para a cintura de Caroline, já ela tinha uma de suas mãos em meu braço e a outra em meu rosto. Era um beijo lento, diferente dos outros que demos mas tão bom quanto. Quando ela se afastou e olho em meus olhos, eu sorri. O castanho brilhando na minha direção, com certeza meus olhos brilhavam da mesma forma. Meu peito se aqueceu e então me atingiu, Talvez eu estivesse me apaixonando.

Cantando em PistaOnde histórias criam vida. Descubra agora