Casa - 20

441 45 2
                                    

Oi :) Eu acho que esse capítulo pode ter algum gatilho, então deixo aqui um TW e um aviso para que caso não queiram/ não se sintam confortáveis ou qualquer coisa do tipo, pulem para o final. Enfim, boa leitura para vocês.

Caroline Pov

Finalmente depois de exaustivos dias, estava a caminho do apartamento de minha namorada com ela e sua mãe. Selma havia decidido ficar com Day mais um pouco, minha namorada pareceu gostar.

Eu somente estava indo até o apartamento de Dayane porque precisava pegar minhas chaves lá, depois disso iria em casa buscar Kiana. Poucos dias antes de Day sair do hospital, ainda na Áustria, nós conversamos e decidimos que seria melhor e mais fácil para sua recuperação se ela ficasse em seu apartamento mesmo. A questão era que eu queria estar com ela e ela queria estar comigo, então decidimos que eu levaria Kiana para seu apartamento e ficaríamos por lá um tempinho.

- Carol, pede ajuda para o Roberto. - Day avisou quando o carro já estava parando em frente ao seu prédio. - São muitas malas. - Ela justificou e eu concordei.

- Vai subindo com a sua mãe, eu já chego lá em cima. - Deixei um beijo em sua testa e Day me deu um sorrisinho antes de seguir com a ajuda de sua mãe.

Eu sabia que seriam meses complicados, o corte de Day era grande e profundo, sem contar com a investigação que ocorria contra Simon e Adrian. Os dois, obviamente, haviam sumido do mapa o que não era exatamente uma coisa tranquila de lidar.

Eu sabia que Day ainda estava assustada, seus olhos a denunciavam. Eu também estava, acho que todos nós um pouco. Mas além de nos cuidar, não havia muito o que ser feito a não ser esperar.

A essa altura do campeonato, Day já havia sido "desligada" do resto da temporada de Fórmula 1 do ano, me doeu inteira vê-la chorando escondida de madrugada por conta disso. Era uma constante sensação de impotência.

Subi com a ajuda de Roberto e depois de pegar minhas chaves avisei Day e Selma que estava indo, mas já estaria de volta. A ida até meu apartamento, por um milagre, não foi tão demorada.

Eu ia passando reto pelo porteiro quando o mesmo me chamou com a mão, desconfiada fui até ele.

- Dona Carol, eu só queria te avisar que veio um moço aqui atrás de você hoje. - Gelei.

- Que moço, Carlos?

- Um negro, alto. Não me disse o nome dele. - Deu de ombros. - Queria por tudo subir, parecia meio alterado sabe? Aí eu não deixei porque a senhora não me disse nada, mas ele disse que voltava depois.

Imediatamente comecei a suar, eu precisava sair dali, rápido.

- Obrigada, Carlos. Eu estarei fora uns dias, ok? Não deixe ninguém subir, absolutamente ninguém. - Pedi, já me afastando.

Precisava pegar Kiana na velocidade da luz e sair dali. Meu telefone já em mãos conversando com o delegado que estava encarregado do caso de Dayane, lhe avisei sobre o ocorrido enquanto montava uma mochila o mais rápido possível.

Eu não sabia o que significava o mais tarde de Adrian, mas não queria ficar para descobrir. Já com Kiana e tudo que eu precisaria em mãos, sai do meu apartamento tendo a certeza de ter trancado a porta.

Eu chamei o elevador, mas ele estava demorando eternidades e eu não queria mais ficar ali então apenas comecei a descer as escadas com pressa. Quando eu ia passando por Carlos novamente, vi seus olhos arregalados como se ele tentasse me avisar de algo, mas era tarde.

- Não se mexe ou vai ficar pior para você. - Ouvi a voz de Adrian em meu ouvido.

As luzes dos carros da polícia em minha frente cegando um pouco de minha visão, como eu não havia os reparado ali? Eu devia estar muito atordoada.

Cantando em PistaOnde histórias criam vida. Descubra agora