Desfechos - 22

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Dayane Pov

A primeira coisa que notei ao abrir os olhos foi de que eu ainda estava no sofá de minha sala, o apartamento completamente silencioso. Me perguntei onde Carol poderia estar e com um pouco de dificuldade consegui me ajeitar melhor no estofado, vendo meu celular e um bilhete na mesinha de centro. Me estiquei para pegar o bilhete primeiro. 

"Seu café acabou, saí para comprar mais. Não apronte nenhuma peripécia, te amo. - Carol"

Eu sabia que com aprontar o que minha namorada queria dizer era para que eu ficasse no sofá. Peguei meu celular apenas para lhe mandar uma mensagem dizendo que eu havia acordado e responder seu "te amo". Com os olhos procurei Kiana que dormia em cima da minha mesa, pegando um pouquinho do sol da manhã. 

Suspirei entediada, eu nunca fui fã de ficar doente isso significava ficar parada, então um corte doloroso na barriga era pior que apenas um resfriado.

- Olá! - Escutei a voz animada de Carol enquanto ela passava pela porta. - Bom dia. 

- Bom dia, o que aconteceu para estar tão animada?

- Gabriel me ligou pouco antes de eu entrar no elevador com boas noticias. - Ela sorri vindo até mim e me dando um selinho. - Vou fazer um café para mim e te conto tudo.

Mal tive tempo de protestar já que a ruiva seguiu direto para a cozinha. Em alguns minutos ela retornou com duas canecas em mãos.

- Bom, conte-me tudo. - Pedi, enquanto Carol me entregava uma das canecas e se sentava na parte livre do sofá. 

- Sim, Gabriel me disse que se tudo der certo eles podem encontrar Simon hoje mesmo. - Ela suspirou. - Aparentemente, Adrian cooperou bastante com eles ontem a noite... Uma hora todos cometem erros e o do Simon foi ter comprado algo no crédito em algum lugar no interior do sul. 

- Ele tem família no sul. - Me lembrei rapidamente. 

- Não acho que ele esteja com a família, mas parece estar por lá. - Carol deu de ombros. - De verdade, só quero que isso acabe. 

- Fico feliz que não será necessário um puta julgamento. - Comentei.

- O que será que levou Simon a chegar tão longe? - Carol se perguntou.

- Eu tenho alguns palpites, mas não era como se ele me adorasse. 

Minha namorada concordou com a cabeça.

- Eu sei, mas... Acho tão extremo as medidas que ele tomou. - Ela me olhou nos olhos.

- Algumas pessoas são só más, meu amor. - Dei de ombros.

Carol acenou e então se levantou se aproximando de mim, ficando de joelhos ao meu lado. 

- Como está seu curativo? - Mudou de assunto e eu agradeci. 

- Eu acho que bem? Talvez devêssemos trocar hoje, já tem dois dias. 

- Tudo bem, vem. - Ela se levantou e me estendeu suas mãos. - Você toma um banho e a gente troca. 

Concordei com a cabeça pegando sua mão e me levantando com seu auxilio. Entramos no meu banheiro e Kiana nos segui ficando parada na porta do cômodo. 

- Nem deu tanto tempo de sentir falta de mim te dando banho. - Carol brincou.

- Claro, eu na verdade fiz tudo isso apenas para chegarmos nesse momento. - Devolvi, Carol riu um pouquinho antes de negar com a cabeça.

- Não sei se deveríamos brincar com isso.

- Eu fui a ferida, então eu posso. - Dei de ombros, fechando os olhos sentindo-a lavar meu cabelo. - Eu até gosto disso, mas sabe que eu poderia tomar banho sozinha né?

Cantando em PistaOnde histórias criam vida. Descubra agora