Trazendo a Tona - 19

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Oi :) nesse capítulo teremos descrição de violência, não farei flashbacks mas serão citações então deixo aqui TW para isso ok? Caso não queiram ler, pulem para onde tem um [] É meu aviso que está seguro ler. Aos demais, boa leitura.

Caroline Pov

Quando Victor e Elana chegaram Day ainda dormia, então ficamos ali juntos esperando a morena despertar. O que não demorou muito, para quem já havia esperado dias o que foram algumas horas?

- Carol? - Ela me chamou, procurando a minha mão que ela havia soltado enquanto dormia.

- Ei, eu estou aqui. - Segurei sua mão, seus olhos focando em mim. - Eu prometi.

- Obrigada. - Ela sussurrou. - Vi! Você está bem! - Vibrou feliz ao ver Victor ali no fundo.

- Estou, maninha. - Ele sorriu terno. - Como está se sentindo?

- Melhor... - Ela se ajeitou na cama. - Vocês querem saber o que houve né? - Suspirou, concordamos lentamente. - Tudo bem... Eu estava saindo do hotel para o aeroporto, mas aí eu recebi uma mensagem de Victor. Ele dizia que estava machucado e precisava da minha ajuda no hotel urgentemente. Eu já estava no aeroporto, mas resolvi voltar, então peguei o primeiro carro disponível.

Senti o aperto de Dayane em minha mão, provavelmente se lembrando dos acontecimentos.

- Eu não sei o que aconteceu, Numa hora estava dentro de um táxi a caminho do hotel e na outra estava num beco escuro com... Adrian. - A menção do nome do rapaz me fez travar, Adrian?

- Adrian... O Adrian? - Perguntei para ela.

- É... Ele. - Day confirmou com um suspiro. - Ele então me ameaçou, disse que eu precisava terminar com você. - Ela me olhou. - E que Simon sabia de tudo, que... - Sua voz vacilou, pequenas lágrimas em seus olhos. - Que você estava comigo por pena e que eu não seria ninguém, nunca. Eu revidei, tentei me soltar dele... Acho que ele perdeu um pouco do controle e eu me mexi demais, sua faca me cortou e quando ele percebeu... Ficou preocupado, disse que eu estava fodendo com o plano e me bateu até eu desmaiar. Ainda pude ouvi-lo dizer que era pra eu ficar quieta e longe de todo mundo antes de apagar.

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Eu estava em pedaços, saber que uma pessoa que eu considerava estava envolvida daquela forma na situação me deixou ainda mais culpada.

- Não é sua culpa, Cah. - Droga, Day me conhecia demais. - Não é culpa de ninguém além deles.

- Eu vou matar o Simon. - Victor soltou.

- Eu te ajudo. - Elana respondeu.

Day negou com a cabeça.

- Não quero que matem ninguém... - Suspirou. - Eu só quero ir para casa, esquecer que tudo isso aconteceu e vê-los pagando.

- Você vai prestar queixas, certo? - Elana perguntou.

- Sim. - Day respondeu. - Mas, podemos fazer isso depois? Eu estou tão cansada.

Meu coração extremamente apertado de vê-la daquela forma.

- Quando você quiser, meu amor... - Respondi mesmo sabendo que um oficial estava a caminho para conversar com Dayane.

- Quando podemos ir embora? Eu quero ir para casa. - Ela sussurrou igual uma criança.

- Em breve, querida. - Selma respondeu. - Em breve.

Day concordou com a cabeça, aconchegando minha mão melhor na sua. Seus olhos se fechando mais uma vez, ela estava tendo bastante sono. Victor e Elana resolveram dar uma voltinha para deixa-la descansar e Selma disse que iria comer algo e ligar para a irmã de Dayane. Eu fiquei ali com a morena, nem mesmo que eu quisesse acho que poderia sair.

Day, mesmo dormindo, segurava minha mão com firmeza. Eu apenas lhe fazia um carinho suave, querendo garantir que ela descansasse o quanto fosse preciso.

Infelizmente o descanso de minha namorada não durou muito, logo o tal oficial austríaco chegou e eu precisei acordá-la. Fiquei ali durante todo o momento de seu depoimento. Prestei atenção em todas as informações passadas pelo oficial que atendia pelo nome de James sobre os procedimentos seguintes e agradeci quando ele foi embora.

- Eu quero ir para casa. - Day fez um bico enorme.

- Eu também, meu amor. - Suspirei, mas sorrindo bobinha vendo o bico em seus lábios.

- Gosto quando me chama assim. - Ela declarou timidamente, felizmente estávamos sozinhas. Selma havia ido para o hotel descansar um pouco.

- Você é uma boba. - Devolvi.

- E você também, espero eu estar hospitalizada para dizer que me amava?

- Ei! Nada disso, eu teria dito antes. - Me defendi. - Só não tive a chance.

- Carol! -Day riu incrédula da minha cara de pau. - O que você mais teve foi tempo, amor.

- Pois eu discordo. - Lhe dei língua, sorrindo feliz de estar tendo aquele momento leve com ela depois de dias tão tensos.

De repente a expressão de Day caiu, seus olhos ficaram marejados e eu me preocupei que ela estivesse sentindo algo.

- O que houve? - Perguntei já me aproximando.

- Nada. - Ela suspirou, limpando as lágrimas que teimosamente caiam. - Eu só... Eu fiquei com tanto medo. - Ela sussurrou.

Apenas concordei com a cabeça lhe dando espaço para falar.

- Eu achei que... Deus, eu nem sei o que achei. - Riu de nervoso. - Eu tive tanto medo de não te ver mais, não ver minha mãe... O Vi...

- Ei, você está segura agora ok? - Peguei seu rosto com cuidado, fazendo com que ela me olhasse. - Eu prometo que não vou deixar isso te acontecer novamente.

- Eu acho que a adrenalina está apenas sumindo. - Deu de ombros. - Você pode deitar comigo? - Pediu com os olhos brilhando.

Concordei com a cabeça e Dayane me deu espaço para deitar ao seu lado, o que fiz com todo cuidado do mundo por conta do seu machucado na barriga. Day suspirou encostando sua cabeça em meu peito.

- Obrigada por estar aqui.

- Eu sempre vou estar aqui, baby. - Comecei um cafune em seu cabelo. - Eu te amo.

- Eu amo você. - Ela sussurrou, suas mãos fazendo círculos em minha barriga. - Acho que minha mãe gostou de você.

- É? - Fiquei feliz.

- Uhum. Ela não gostava muito das minhas outras namoradas.

- Convenhamos, eu fui seu maior acerto. - Me gabei fazendo nós duas rirmos.

- Eu não posso negar.

- Eu sei.

Day deixou um beijinho em minha clavícula e junto nossas mãos novamente, ela estava fria.

- Está com frio?

- Um pouco. - Ela admitiu sem graça, fazia um tempo que o ar estava ligado. O quarto estava mesmo frio.

- Por que não me disse? Eu teria desligado, amor.

- Imaginei que estivsse com calor.

Eu estava, muito calor na verdade, mas minhas prioridades eram outras. Imediatamente desliguei o ar e puxei o cobertor por cima dela.

- Obrigada. - Sussurrou já com voz de sono. - Eu vou dormir um tiquinho tá bom? - Fez um sinal de pequeno com a mão.

- Eu estarei aqui quando acordar. - Avisei.

- Eu te amo. - Declarou entre um bocejo e outro.

- Eu te amo, baby. - Deixei um beijo em sua testa.

Day logo se entregou ao sono e mesmo sem estar com sono extremo me permiti tirar um cochilo junto dela.

Cantando em PistaOnde histórias criam vida. Descubra agora