Mudança - 24

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Dayane Pov 

Finalmente eu e Carol havíamos começado a fazer minha mudança para o seu, quase nosso, apartamento! Depois de quase dois meses nos planejando e esperando o contrato do meu aluguel acabar, levaríamos boa parte das minhas coisas hoje para nossa futura casinha.

- Day, deixa que eu levo essas caixas. - Carol brigou quando eu me aproximei das caixas mais pesadas. 

Apesar de estar praticamente 100% dos acontecimentos anteriores, minha namorada continuava extremamente protetora para algumas coisas. Eu lhe dizia que estava tudo bem, porque de fato estava, mas ela não dava muita bola dizendo que eu só estaria 100% liberada quando meu ombro estivesse sem dar trabalho. 

- Carol, meu amor, eu já te disse que tá tudo bem. - Tentei mais uma vez argumentar com ela enquanto pegava a caixa tranquilamente. 

- Você é muito teimosa, meu Deus. - Eu ri de suas reclamações e ainda com a caixa nas mãos fui até ela lhe dando um beijo na bochecha. 

- Vou deixar isso no carro. - Avisei.

Carol e eu não tínhamos um carro, mas alugamos um por um dia. Apesar de termos achado uma companhia de mudança que levaria quase tudo que era meu para o apartamento, tinham coisas que preferimos levar nós mesmas. Apenas coisas de valor sentimental e meus instrumentos. Então tiramos o sábado de manhã para fazer isso.

Depois de ajeitar as coisas no carro de uma forma correta, subi rapidamente para ver se ainda faltava muita coisa. Mas para minha surpresa, Carol já havia pego tudo que faltava deixando apenas a chave para mim.

- Te esperei pra gente descer juntas. - Ela sorriu.

Mesmo vendo que ela dava conta de segurar tudo, lhe ajudei pegando uma das caixas e fechando a porta atrás de mim.

- Estou com tanta fome. - Minha namorada comentou enquanto descíamos no elevador.

- A gente pode deixar isso na tua casa e depois ir almoçar.

- Nossa casa, amor. - Eu sorri boba enquanto sentia Carol deixar um beijo em minha bochecha. 

Eu e Caroline guardamos as coisa que estavam em nossas mãos com cuidado e então entramos no carro, felizmente era eu quem iria dirigir. Depois de tanto tempo sem pegar num volante estava mais do que feliz. Deixei que minha namorada escolhesse as músicas, estava mais concentrada no transito e na sensação que era estar na direção novamente. 

- Minha mãe estava pensando em vir passar o natal com a gente. - Carol comentou enquanto eu estacionava. 

- Sério? A minha também. - Lhe encarei rapidamente. - Podemos combinar com as duas, seus irmãos e o seu pai vem?

- Acho que sim, acha que Fernanda vem?

- Depende se ela vai estar no Brasil. - Dei de ombros. - Se ela vier, David e as crianças vem também. 

- Meu Deus, será que vai caber todo mundo no apartamento?

- Acho que sim, amor. - Eu me perguntava a mesma coisa, mas daríamos um jeito.

Ficamos no trânsito um bom tempo, o que não contribuiu para o bom humor de minha namorada. Carol já estava completamente irritadiça quando saímos do carro alugado, felizmente consegui estacionar perto.

- Vamos subir com isso e eu já te alimento, ok minha taurininha. - Sorri para ela que apenas me deu um sorriso falso seguido de um dedo no meio.

Ri sozinha e peguei o máximo de caixas possível para agilizar o processo, a cara de Carol estava completamente séria. Nós guardamos tudo o que dava, deixamos para desencaixotar as coisas depois do almoço e saímos para comer num restaurante ali perto mesmo. Caminhava de mãos dadas com Carol, sem me preocupar se alguém nos veria ou qualquer coisa do tipo.

Cantando em PistaOnde histórias criam vida. Descubra agora