Calmaria - 15

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Dayane Pov

Quando eu desci as escadas, depois de sair do banho, eu já podia ouvir algumas vozes vindo da sala. Sorri para visão de Caroline de costas para mim, ela conversava com alguém que eu não sabia quem era. Mas antes que eu pudesse chegar até ela fui parada por Luísa.

- Como você está sumida! - Ela brigou me abraçando em seguida, Victor não havia vindo conosco para o Brasil, ele já estava na Áustria. 

- Fiquei ocupada. - Respondi apertando a loira de volta. - Como você está?

- Bem e querendo matar o Victor. - Nós duas rimos.

- O que ele aprontou?

- Ele sumiu, isso sim. - Suspirou parecendo meio preocupada. - Nós conversamos ontem a noite e hoje de manhã mandei uma mensagem para ele e até agora nenhum mínimo sinal de vida.  

Eu rapidamente entendi a preocupação da loira, já se passavam das 20h, mas a onde Victor estava já era madrugada. 

- Lá já deve ser madrugada, Lu. - Lembrei minha amiga. - Ele deve estar dormindo, mas amanhã vocês conversam. - Toquei seu ombro e ela sorriu pequeno. 

- Você deve ser a famosa Dayane, né? - Um rapaz parou ao nosso lado, eu não conhecia mas Luísa parecia que sim já que logo se animou e abraçou o cara.

- Em carne e osso. - Respondi quando Luísa o soltou. 

- Eu sou o Bruno. - Me puxou para um abraço, seu nome não me era estranho. 

Devolvi o abraço dele, mas não durou muito já que ele logo me soltou e foi puxado por um outro alguém para longe. Luísa tinha se afastado de nós, então observei a minha volta por uns instantes. 

- Procurando alguém? - Ouvi sua voz no meu ouvido.

- Arrepiou tudo. - Respondi com um sorriso no rosto e me virei para trás vendo Carol com um sorriso.

- Oi. - Ela me deu um rápido selinho. - Se enturmando?

- Conheci o Bruno. - Revelei.

- Ele gostou de você. - Ela comentou. - Esbarrei com ele na cozinha. 

Sorri animada, menos um. 

- Pare de se preocupar com isso. - Carol pediu parecendo ler minha mente. - Sabe que não é o mais importante não é?

- Sei, mas acho melhor ter uma boa convivência com todo mundo. - Respondi. - E pare de me adivinhar, assim não tem graça.

Carol riu e passou seus braços por meus ombros fazendo com que eu ficasse um pouco curvada e quando a ruiva ia se aproximando para me beijar fomos interrompidas por um outro cara, alto, negro e com um português bem gringo. Carol sorriu para ele antes de me soltar mantendo apenas nossas mãos juntas.

- Day, esse é o Adrian. - Ela o apresentou e ele sorriu esquisito antes de apertar minha mão. - Essa é a Day, Dri, minha namorada. 

- Olá. - Tentei ser simpática, apesar de não gostar muito da forma como ele estava nos olhando. Especialmente para Caroline.

Ele me respondeu um "Oi" bem enrolado e logo perguntou, em inglês, se poderia roubar Caroline por uns instantes, eu dei de ombros e Carol deixou um beijo em minha bochecha antes de se afastar com o rapaz. Tinha algo estranho sobre ele, mas deixaria para conversar aquilo com Carol outra hora. 

O resto da noite se passou de forma suave, conheci mais alguns amigos de Carol como a Sofia e o Lucas e acabamos nos dando muito bem. Todos nós, bem, com exceção de Adrian que realmente não foi com a minha cara. Eu tentei ao máximo ignorar seus olhares todas as vezes que Carol me abraçava ou me deixava um simples beijinho nos lábios, mas fiquei incomodada mais ao fim da noite. Principalmente levando em conta que ele foi o último a ir embora, mesmo depois de Caroline ter educadamente dito que queria descansar. 

Cantando em PistaOnde histórias criam vida. Descubra agora