Fofoca - 21

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Um pouco de calma e boiolice antes de voltarmos a programação normal. Boa leitura :)

Dayane Pov

Acordei com um pouco do sol no rosto e o som de teclado ao fundo, o outro lado da cama vazio e frio indicando que Carol havia levantado tinha tempo.

Respirei fundo e com muito cuidado saí da cama, eu provavelmente não deveria ficar me movimentando muito mas eu ficaria louca se ficasse apenas naquele quarto. Mais do que já estava.

Os eventos recentes estavam sendo bastante traumáticos, para dizer o mínimo. Honestamente, eu só queria que tudo passasse logo.

- Bom dia. - Eu desejei para minha namorada ao chegar na sala.

Carol se virou num susto, mas sorriu ao ver meu rosto. Seu sorriso logo se transformou em preocupação.

- Eu te acordei? Me desculpa. - Pediu vindo até mim.

- Não, tá tudo bem. - Sorri. - Inclusive se você quiser continuar...

Carol riu e deixou um beijo em minha bochecha antes de me ajudar a chegar no sofá.

- Cadê minha mãe?

- Ela voltou para o hotel, disse que queria dar um pouco de privacidade para gente.

- Eu disse que ela podia ficar aqui. - Revirei os olhos. - Que mulher teimosa.

- Tal qual a filha. - Caroline alfinetou. - Até onde eu sei, a senhorita deveria ficar de repouso.

- Eu estou repousando. - Rebati.

- Em um lugar só.

- Cala boca e me beija, por favor. - Pedi com um sorriso no rosto.

Caroline revirou os olhos antes de se aproximar e me dar um beijo lento, quando ela se afastou, levantei as pernas dando espaço para que ela se sentasse.

- Estou feliz que pegaram um deles. - Carol comentou depois de alguns minutos de silêncio.

- Eu também. - Respondi fazendo um carinho em sua mão que descansava em minha barriga. - Eu só quero que isso acabe.

- Somos duas. - Ela suspirou.

Ela deu um pequeno aperto em minha mão antes de me olhar com ternura, não eram preciso palavras. Eu sabia exatamente o que ela queria dizer, sentíamos o mesmo.

- Sabe... - Comecei chamando sua atenção mais uma vez. - Eu acho que deveríamos fazer disso aqui um test drive. - Coloquei um sorriso travesso no rosto.

- Isso aqui o que?

- Você e eu, eu e você, na mesma casa.

- Esse é seu jeito de me chamar para morar com você? - Carol riu.

- Talvez. - Dei de ombros com o mesmo sorriso. - Algo bom tem que vir disso tudo.

- Que argumento chulo, Dayane. - Ela deu um tapinha em minha perna.

- Ei! Não machuque uma enferma, ok?

- Como você é dramática, meu Deus, por que eu te amo mesmo?

- Porque eu sou irresistível. - Lhe dei língua. - Mas é sério, acha que eu estou muito louca?

- Não, claro que não. - Ela respondeu rapidamente. - Acho que faz sentido, sempre que podemos estamos juntas mesmo.

- Exatamente.

- Se a gente não se matar até o fim da sua recuperação, a gente retoma esse assunto. - Carol sorriu largo.

Cantando em PistaOnde histórias criam vida. Descubra agora