Se passaram duas semanas e você já estava completamente bem. Sua ferida nem doía mais e você já fazia as coisas normalmente como antes. Voltou a cobrar pessoas para seu pai, a fazer serviços para outras pessoas e a ir nos encontros de gangue.
Só que tinha uma coisa que vinha lhe incomodando a um bom tempo: Mikey. Desde a última vez que ele foi a sua casa, ele tem ficado meio distante, é como se ele te evitasse a todo custo. Naquele dia ele já estava estranho, e depois disso ficou pior ainda. Você já avia tentado falar com ele mas quase nunca conseguia e nas vezes que conseguiu ele apenas dizia que estava normal e ia embora.
Ele te evitou tanto que chegou o ponto que você até ficou zangada.
Nesse momento, você estava acompanhada de takemichy enquanto sentavam e comiam aproveitando o recreio que estava prestes a acabar.
Você estava perdida em seus pensamentos imaginando o por que de mikey estar desse jeito.
* Será que eu fiz algo errado? Naquela noite em que assistimos o filme em minha casa parecia tudo bem, e depois disso nós nem sequer nós falamos, que merda tá acontecendo?*
__ Tomoe! - takemichy falou balançando a mão na frente de seu rosto tentando chamar sua atenção. - tá pensando no quê? Nem tá ouvindo o que eu tô dizendo.
Ele falou inconformado.
__ Takemichy...- você apoiou os dois braços em cima da mesa enquanto olhou atento para o mesmo a sua frente. - você não acha que o mikey tá meio estranho esses dias?
__ ah? Estranho? - ele falou confuso. - não, pra mim ele tá normal. Por que?
__ Ah, nada. Deve ser só paranóia da minha cabeça.- falei disfarçando.
"então quer dizer que ele tá estranho só comigo. Que merda eu fiz dessa vez?"
__ Mas, voltando ao assunto, você vai ou não pra festa? - dessa vez eu quem fiquei confusa.
__ Que festa?
__ Uma festa que vai ter no estacionamento da gangue.
__ aí sei não, tô com ânimo pra nada, ultimamente eu só ando estressada.- falei o olhando com cara feia.
__ Exatamente por isso você tem que ir. Essa festa vai ajudar você a relaxar. Todo mundo vai, vamos vai ser divertido.
__ essa sua frase não me passar confiança. Sempre que alguém diz que vai ser divertido acaba não sendo. - ele revirou os olhos.
__ Vamo logo, deixa de ser chata. - ele agarrou sua mão e fez cara de cachorrinho pidão.
__ Tá, tá. Tá legal, agora me solta, peste. - falei puxando minha mão novamente.
__ aí, pra que agredir. - ele falou voltando a comer seu pedaço de pizza que aviamos comprados no mercado ao lado da escola.
__ Que dia vai ser?
__ Vai ser hoje a noite. - você arregalou os olhos.
__ Hoje? Que horas?
__ começa às 9:30 e não tem horário pra acabar, parece que essa festa vai ser das boas.
__ Te cria, você não aguenta nada, na metade da festa tu vai embora. - tirei sarro do menor.
__ Mentira! Tu que não aguenta nada.
__ Aé? Então tá bom, vamo fazer uma aposta: quem durar mais na festa ganha, valendo 200.
__ 200? Tenho essa grana não.
__ Ué, Tá dando pra trás? Tu não se garante não? - falei o provocando. Ele me olhou desafiador.
__ Tá bom eu aceito, mas tem uma condição: não pode maneirar na bebida. Na última festa você só ficou beliscando o copo, dessa vez que quero te ver doidona.