Deixei os dois para trás e caminhei até mikey que não estava olhando pra mim e por isso tomou um pequeno susto quando me viu chegar de repente.
__ Qual é a sua, mikey? Isso aqui é uma festa e você tá com essa cara de cu desde que nós chegamos. - ele ficou calado e desviou o olhar.
Me aproximei mais e peguei a cerveja que já estava quente de sua mão, fui andando meio tonta até o friser e peguei outra cerveja, voltando até ele e o entregando.
Ele nem sequer se moveu e então eu peguei a sua mão e coloquei a cerveja nela. Ele a segurou e desviou o olhar novamente sem direcionar uma palavra sequer a mim.
__ Você é tão idiota, me ingnorar por duas semanas, fica de cara feia quando eu tô com outros caras e nem faz questão de me dizer o que eu fiz de errado. Vai se foder mikey. - falei e me virei indo até a "pista de dança" novamente e puxando o primeiro cara que eu vi para dançar.
Era um garoto de cabelos pretos, um pouco mais alto que eu, não tão musculoso que sorriu maliciosamente já pondo a mão em meu quadril.
__ E aí gatinha. - ele falou e eu apenas o ingnorei e continuei dançando.
Ele fez o mesmo e dançou comigo. As músicas a essa altura eram todas em um climas mais quente, por tanto, todos já estavam bêbados e se esfregando uns nos outros.
O cara agarrou minha sintura e deu início a um beijo meio desajeitado. Eu retribui o beijo e senti a mão do mesmo descer da minha cintura até as minhas nádegas mas antes que ele pudesse mover mais um músculo, o nosso beijo foi separado por alguém me puxando bruscamente.
Ao me virar vi mikey encarando o homem com um olhar mortal no rosto, o cara que estava bêbado mais não tanto se curvou reconhecendo seu comandante a sua frente. Mikey sem nem olhar na minha cara começou a me puxar para perto de sua moto.
__ me solta, o que você pensa que tá fazendo? - ele não respondeu apenas continuou me levando até a sua moto. - Me solta agora! - falei num tom mais alto e o mesmo parou ainda de costa para mim.
As lágrimas começaram a querer cair mais eu fazia de tudo pra não deixar elas rolarem e chorar ali, na frente de todo mundo. Puxei o meu braço me soltando e saindo daquele local com alguns olhares sobre mim. Comecei a andar pela rua sem rumo algum pois eu nem sequer sabia mais onde ficava a minha casa.
Logo escutei um som de moto parar ao meu lado e ao olhar vejo mikey. O ingnorei e comecei a andar mais rápido e ele continuou vindo atrás de mim.
__ Para com essa merda! - falei me virando pra ele. - mas que porra, tu é um cuzão, um Zé Mané, um filha da puta, um bosta, um canalha, um desgracado, um puto de um chato. - falei e não consegui mais segurar as lágrimas. - estragou minha noite.
Falei e comecei a andar novamente.
__ eu ainda falei que não era uma boa ideia eu vir pra essa festa, eu disse que a frase do takemichy não me passava confiança, mas que merda, eu fasso tudo errado.- praguejei e senti uma mão me puxar e logo em seguida meu corpo se chocar contra outro.
Senti braços em minha volta e ainda pensei em sair dali e mandar ele se foder mais meu corpo não obedecia.
__ Deixa eu te levar pra minha casa? - ele falou calmamente.
__ Não, eu tô brava com você. - falei me afastando e quase caíndo pela tontura.
__ Tá bom, mas, tá quase chovendo e não vai ser uma boa você voltar pra casa desse jeito.
__ eu tô ótima.
__ Você tá bêbada. Vamo fazer assim, eu te levo pra minha casa e lá você pode ficar brava comigo o quanto quiser.