A Vida Continua

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O dia amanheceu escuro e estava difícil de abrir os olhos, mas eram muita remela que envolvia meus cílios. Naquela manhã eu tomei café sozinha e não fui ao colégio, para esquecer as angustias minha mãe me estressou limpando a casa, aquele vazio que restou depois que meu pai tirou os moveis.

E eu mesmo triste ficava pensando "o que esta acontecendo no colégio? Faltei justo no dia da aula de matemática, e se a professora ensinar uma coisa nova? Tomara que seja apenas a correção do dever que ela passou", esqueci de lhes falar eu amava matemática, era impressionante a infinidade de números existentes, somar e diminuir era meu divertimento, eu imaginava que Deus tinha feito muitos cálculos para fazer o mundo, essa linha de raciocínio não mudou até hoje.

Não tenho muito a falar nesse capitulo, a minha vida continuou, meu pai nos primeiros anos não apareceu, e minha mãe ia todos os dias na calçada ficava de 18:00 as 20:00 e voltava com lagrimas escorrendo em seu rosto. Eu sentia muita saudade dele, lembro-me que o desenhava em todas as paredes de minha casa, isso deixava minha mãe furiosa, mas ela olhava e ficava triste.

Até eu completar 8 anos, meu pai não tinha ido me ver ainda, meus aniversários eram simples e não tinha o meu herói para receber o primeiro pedaço. Com meu irmão pequeno, eu não recebia muitas atenções de minha mãe, aprendi a fazer meu dever sozinha, aprendi a me banhar e ajeitar sozinha, antes eu precisava da minha mãe para ligar o chuveiro, por que eu não alcançava, antes de ir embora meu pai me ensinou a ligá-lo usando uma cadeira de plastico pequena, só não sabia que essa cadeira seria tão utilizada pra isso.

Meus divertimentos, era escola, televisão, bonecas e livros, meus amigos eram todos da escola, pois a rua em que eu morava era uma avenida e passava muitos carros, e minha mãe não deixava eu sair de casa para brincar, acho que esse é o motivo de eu adorar tanto ir à escola.

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