Corte De Estrelas e Rosas

capítulo 04

-Atrapalhei o clima de vocês?- falei sorrindo ao ver que as bochechas do ruivo ficaram da mesma cor de seus cabelos.

- Oque? Não,claro que não que ideia. - lucien ri parecendo nervoso e eu mudo de assunto.

- ok, ah... Sabe,acho que você devia ir comigo para a corte primaverial já que foi seu lar por tanto tempo.

- tenho um novo lar agora,para tamlin eu sou um traidor. Eu tentei conversar uma vez mas não obtive resultado... Az- digo, um amigo meu daqui quase foi atrás dele para mata-lo por sorte pude impedir. - Sorri e apenas concordei.

Ele me deu todas as informações que precisava e então segui meu caminho.

Agora olhando meu reflexo no balde de água lembro da primeira vez que vi meu querido Andras,meu primeiro Calanmai. Não sabia nada sobre tal comemoração estava fazendo uma entrega para minha mãe e me convidaram para a festa então aceitei quando cheguei o encontrei e nós acabamos nos apaixonado,amor a primeira vista foi...foi mágico. A melhor noite da minha vida dancei até meus pés não aguentarem mais, a cada batida do meu coração eu desejava estar nos braços dele mais e mais porém não deixei ir além de alguns beijos não me sentia preparada para tal passo.

Não sei explicar mas todas as vezes que tentávamos eu travava me sentia incomodada com seu toque e nunca o deixei tocar minhas asas,ele sabia o motivo e respeitava. Mas com o tempo ele foi ficando impaciente com minha demora e discutimos ele também mencionava que eu deveria comer menos assim não precisaria fazer meus próprios vestidos, mas nos meus sonhos... Ele continuava sendo meu amor eu sei que ele fazia isso porque me amava e eu o considerava meu parceiro até que as cartas pararam de chegar ele deveria ter desistido e seguido em frente então fiz o mesmo e meus sonhos mudaram,o homem com o qual eu agora dançava em meus sonhos era maior que Andras, tinha muito mais músculos mas eu nunca vi seu rosto não conseguia erguer minha cabeça,era como se ela já tivesse esticada ao máximo eu tentava olhar e não conseguia.

Isso me frustrava muito, até que desisti e decidi aproveitar ao máximo cada valsa que eu dançava em seus braços... Seu carinho comigo era algo selvagem mas ao mesmo tempo gentil era tempestade e calmaria.

Eu sentia sua mão grande e calejada acaricisr minhas asas com cuidado como se fosse quebrar a qualquer instante me sentia a fêmea mais feliz e bela do mundo em seus braços,ele não parecia ligar para o meu corpo. Sua mão firma e forte passeava pelas várias curvas do meu corpo me enchendo de arrepios mas então quando eu estava prestes a acordar ele sempre se afastava e me deixava girando e girando em meio ao salão e eu acordava....

Tamlin ainda estava parado ali parecendo tão perdido em pensamentos quanto eu, peguei o pano e fui terminar de limpar aquele cômodo que eu usaria como meu quarto e ele saiu sem mais nenhuma palavra.

Alguns meses se passaram e tamlin e eu nos acostumamos com a presença um do outro talvez até tenhamos virado amigos. Ele nunca admitiria em voz alta mas sei que ele não me odeia 100% do tempo. Temos dias bem engraçados eu montei um mini ateliê naquele lugar onde eu dormia assim que conseguimos arrumar a mansão e agora tinha um quarto inteiro para mim.

O dia que pintamos o ateliê foi Ilário,pedi ajuda a tamlin e o resultado foi uma guerra de tinta que acabou com os dois imundos com tinta nos cabelos,roupas e o resto do corpo.

Foi horrível tirar aquela tinta toda das minhas asas sozinha fiquei com gotas de tinta nas asas um bom tempo.

No ateliê ensinei as crianças a costurarem e cada uma fez sua própria fantasia de qual personagem de minhas histórias mais amava, agora eu era amiga de três mini-valquirias, emirie, Gwyn e nestha a fantasia de emirie incluía asas de pano e arames que a sua fã havia feito em casa e ensinou os amigos. Também tinha uma mini-morigan que usava um vestidinho vermelho com uma fenda do lado e vários acessórios de ouro. Uma mini-amren que também tinha feito suas próprias roupas e seu colar era pedras do lago tingidas de vermelho. E uma mini-Aurora que tinha uma asa parecida com as de Emerie a diferença é que ela havia juntado penas de aves que achou e as colou no tecido.