A Bailarina [CHAENNIE]

Ep. 11

Jennie passou o resto do dia com Rosé conhecendo o Instituto, as crianças e os voluntários para o trabalho. Foi um dia interessante, agradável e diferente.

Já era fim de tarde quando elas entraram no táxi. A casa de Rosé não era muito longe da escola, as duas desceram juntas do táxi e se sentaram em um banco que tinha na rua, enfrente a casa.

— Obrigado pelo dia Rosé, foi incrível.

— Fico feliz que tenha gostado — sorriu.

— É um trabalho muito bonito que vocês fazem naquele Instituto — jennie sorriu — Ficarei feliz se puder ajudar em alguma coisa.

— Só a sua presença lá já é uma grande ajuda, você não viu como Hinata ficou feliz? Ela adorou você.

— Ah, Ela é uma menina incrível, e muito fofa.

— Verdade, aquelas crianças, aquele instituto e o balé são a minha vida, as únicas coisas que eu faço direito.

— Não vai começar de novo com essas histórias né? — jennie fechou a cara.

— Desculpa — fez careta — Já parei.

Rosé colocou novamente um belo sorriso no rosto, não ia estragar aquele dia lamentando pela vida complicada que tinha. Devia dar graças a deus por está viva, e por Jennie está ali com ela.

— Jen, eu....eu posso te pedir uma coisa? — rosé perguntou séria.

— Claro — sorriu — O que você quiser.

— Eu...eu posso... — se interrompeu um pouco nervosa.

— Pode o que? — quis saber curiosa.

— Posso ver seu rosto?

— O que? — jennie sentiu seu coração acelerar.

— Se posso...tocar seu rosto? — explicou — Quero saber como você é.

Ela ergueu uma das mãos esperando que Jennie respondesse. Jen ficou em silêncio por um instante, a fritando com cautela. Se lembrou de Hinata, de como ela tocou seu rosto mais cedo e a ideia de sentir as mãos de Rosé em seu rosto logo lhe agradou.

— Claro. — afirmou com um meio sorriso.

Muito calmamente, Jennie segurou as duas mãos da menina. Ela estava séria, concentrada, sentido o coração batendo depressa. Jennie colocou as duas mãos de Rosé em seu rosto e em seguida fechou os olhos, ela fez o mesmo.

Pondo sua vergonha de lado Rosé começou a traçar o rosto da menina.
Primeiro o cabelo liso e macio, sentindo sua textura, fazendo um leve carinho que fez as duas sorrirem.

Suas mãos então desceram mais um pouco: primeiro na testa, depois mais embaixo. Seus delicados dedos fazendo o contorno dos olhos dela e logo em seguida o nariz. Depois, ela lhe acariciou as bochechas. Era uma sensação extremamente agradável ter as mãos macias de Rosé em seu rosto.

Não conseguiu conter um suspiro quando sentiu os dedos dela em seus lábios. As mãos de Rosé ficaram paradas ali, e ainda de olhos fechados, Jennie depositou um beijo na ponta do dedo da menina.

As duas abriram os olhos juntas, A única diferença era que para Rosé tudo continuava escuro, mas seu coração batia loucamente dentro do peito, igualmente ao de Jennie.

— Você é tão bonita. — rosé sussurrou.

— Não tanto quanto você. — jennie diz também em um tom baixo.

A bailarina sorriu, deixando que suas mãos caíssem do rosto e repousassem novamente em seu colo. Jennie queria que ela continuasse, queria poder continuar sentindo a pele macia dela. A verdade, é que teve que se conter naquele minuto para não fazer algo de que tinha certeza de que se arrependeria depois.