Capitulo Sessenta e Quatro

1.3K 120 55
                                    


Cheryl Blossom Ponit Off View

Quando somos crianças, costumamos ser bastantes ingênuos. Não temos maldade e achamos que a vida é um mar de rosas. Quando somos adolescentes, quase nunca estamos satisfeitos com nada. Um não dos pais, uma espinha no rosto, um cabelo ressecado, a pressão para a vida adulta. A pressão sobre ser um virgem em meio aos amigos. Em ser um solteirão, e tantas outras coisas. E quando adultos, a vida tende a piorar, é fato. Mas é como se...fossemos treinados quando crianças para o lado bom da vida, e treinados quando adolescentes para o lado ruim dela.

Na vida adulta, você na maioria das vezes já aprendeu a lidar com as pressões, aprendeu a ter responsabilidades e também aprendeu a se divertir com pouco.

A verdade é que a vida é uma dádiva, e tê-la é um presente. Essa é uma das verdades que muitas pessoas não sabem lidar.

Viver nunca vai ser fácil, de longe é a coisa mais difícil que fazemos...ninguém sabe o que pode nos esperar no outro dia...é uma incógnita para todos.

E a única certeza que temos é que morreremos.

Então, viver é um presente, a vida é um presente, e a gente aprende quando criança que presentes são sempre bem-vindos e devem ser bem cuidados.

- Você ouviu. - digo encarando o teto.

- V-você...eu, nós...

- Sim, vamos ter um bebê. Quer dizer...se você não quiser e não estiver preparada, posso fazer isso sozinha, afinal já passei por isso uma vez. - digo.

- O que?!?- ela me interrompe.

Dessa vez me ajeito na cama. Puxo um lençol para cobrir parcialmente meu corpo. Apoio minhas costas na cabeceira.

- T-toni sei que você nunca quis ter filhos e que nos protegemos para isso mas...

- Cheryl...para. Chega, não fala mais nada! - ela levanta e anda de um lado para o outro.

Suas mãos vão até seus cabelos desgrenhados. Ela suspira.

Droga.

Não acredito que ela me mandou calar a boca.

- Antoinette você...

- Cheryl! Meu Deus, e-eu...me deixa pensar, eu p-preci...

Ouço o som do seu choro e levanto o olhar confusa.

- P-por que você...

- Puta m-merda...é v-verdade? Verdade m-mesmo? - ela sobe na cama novamente e se aproxima de mim. Mais lágrimas saem de seus olhos.

- É verdade. Você está triste.- concluo.

- Porra Cheryl. C-como...como v-vou ficar triste com i-isso? - ela parece indignada.

Meu coração palpita. 

- É que você não quer filhos e eu pensei que não fosse gostar...achar que f-foi um erro m-meu e...e eu ficaria sozinha de novo. - quem chora dessa vez sou eu. 

It's Always Been You- CHONI. Temp. 2 está próxima!!!Onde histórias criam vida. Descubra agora