- novembro II; part. 1

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Ser uma Bizzle stan no fandom de Justin sempre foi algo meio controverso. Era motivo de comentários, discussões, revirada de olhos e blocks no Twitter. Era algo que devia ser explicado - e explicado com as palavras certas, pois uma vírgula fora do lugar podia ser motivo de mais desentendimento. 

Beliebers que eram declaradamente Bizzle stan - não todas elas, óbvio - precisavam deixar bem claro que elas haviam escolhido aquela era em específico pelo estética, e não por todo o resto. Porque todo o resto não era legal. E toda belieber sabia disso. 

Isso porque o Bizzle entrava em cena no momento em que tudo dava errado, e saía de cena no momento em que as coisas começavam a melhorar. Você sabe... Brigas, polêmicas, discussões, más companhias, manchetes, paparazzis, relacionamentos conturbados, boates, mulheres, drogas, prisões, polícia... Tudo isso estava junto e misturado num período específico que abrangia de dezembro de 2012 a dezembro de 2014. Era... Complicado. 

Porque isso não era bom. 

Mas isso não era o Justin. 

E o Justin era incrível. 

Isso porque, coincidentemente, a era Bizzle foram os dois anos onde o Bieber esteve o mais próximo e o mais carinhoso com o fandom. Ele não media esforços para estar com as beliebers, para conversar, cumprimentar, dar atenção. Era algo apreciado por ambos os lados. E era incrível. Mas não deixava de ser complicado - olhando por certa perspectiva, o fandom esteve lá quando Drew se afastou de pessoas importantes para ele, como a mãe, Ryan Good ou Scooter. Era como se nós estivéssemos passando a mão na cabeça dele no momento que ele desejava ser validado por pessoas que não fizeram isso (por ele estar fazendo coisas não tão legais assim), e então, ele retribuía pelo carinho sendo incrível com nós. Mas esse não é o ponto. 

O ponto é que era uma faca de dois gumes. Na verdade, era mais que isso. 

Isso pelo fato de que ele estava em um estilo de vida insano, vivendo loucamente cada segundo como se não houvesse consequências. E sempre havia consequências. Mas ele não era maldoso. Ele estava apenas crescendo e fazendo coisas que, talvez, outros milhares de adolescentes estivesse também fazendo - mas não sob um holofote, não sob a mira de uma câmera, não tendo a atenção de todo o mundo. E ele também estava sendo o melhor ídolo do planeta - talvez não porque a gente merecesse isso, mas porque ele precisava ser acolhido e nós fazíamos isso. 

De qualquer forma, era e sempre iria ser um momento complexo, complicado e conturbado. Era algo que Sadie não gostava de pensar sobre, e sempre que ela o fazia, ficava com as mãos tremendo depois de 5 minutos pensando sobre o assunto. Isso pois, ainda assim, era um enigma. Como ela poderia ter vivido um momento, e ainda ter acesso à isso depois de tanto anos (pois tudo estava a um clique de distância) e, mesmo assim, ainda não ter respostas? A parte difícil, é que ela sabia algumas respostas, mas não queria acreditar nelas. Ela não queria virar para Scooter ou um dos Ryan's e questionar "Ele quase morreu, certo? Ele esteve a um passo de morrer e nós não soubemos." Ela sabia que a resposta seria "Sim."

Sadie sabia que a era Bizzle era um problema. E por muitos, anos acreditou que era o problema. Mas você amadurece e entende que as coisas não acontecem do nada. Ela ainda conseguia ouvir o Butler dizendo, em abril, a frase "O problema não era o Bizzle. O Bizzle foi apenas o fundo do poço. Mas ninguém chega lá de uma hora para outra."

Ela havia perdido algumas horas de sono pensando nisso. Divagava sobre enquanto estava dirigindo. Leu algum tweet que a dava um mal estar sobre várias vezes. Mas isso antes do acidente, claro.

Sad odiava que Justin havia passado por certas experiências, odiava que algumas pessoas tivessem errado com ele. Não porque ela era uma belieber, ou porque ela o amava. Os últimos dez meses haviam dado a ela a oportunidade de conviver com Justin como pessoa, e ele ainda era uma das almas mais doces que ela teria a oportunidade de conhecer. Ela odiava que algumas coisas quase o haviam corrompido. 

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