Capítulo vinte e oito

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— Mas o bebê quer! — Choraminguei olhando meu pai que estreitou os olhos azuis antes de rir e apertar meu nariz

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— Mas o bebê quer! — Choraminguei olhando meu pai que estreitou os olhos azuis antes de rir e apertar meu nariz.

— Não, você quer Maddie — Edgar me acusou ainda rindo e mudando de canal — vamos ver comédia.

— Hum, não. — murmurei puxando o controle — romance!

— Madison Leblanc! Eu não criei você assim! — O homem puxou o controle de volta me fazendo gargalhar.

— Vou dizer a mamãe que você tá sendo um péssimo pai! — Me levantei e coloquei as mãos na cintura.

Edgar me desafiou com o olhar e quando eu vacilei, ele cantarolou “Comédia” em italiano e riu quando eu saí correndo para a biblioteca onde mamãe sempre ficava quando começamos a brigar pelos filmes.

Agnes estava deitada no tapete branco perto da janela panorâmica, com um livro na mão, mas observava o jardim. Eu me sentei ao seu lado e ela riu me olhando. Mamãe sabia que eu não conseguiria convencer papai a ver romance nem usando o bebê como desculpa, a mulher a minha frente era a única que conseguia. 

— Posso dormir aqui e ir embora na segunda de manhã? — Perguntei e ela estreitou o olhar se sentando. 

— Mas amanhã você vai ver o bebê com o Connor.

— Eu sei, eu vou ir de manhã para casa, a consulta é na hora do almoço  — mexi no meu celular lendo e relendo as mensagens que trocamos na noite anterior antes de eu pegar no sono e deixar de responder o garoto — ele disse que está com saudades. 

— Está aí um motivo para você ir hoje.

— Ah não! Está aí um motivo para eu ficar! — pisquei para ela — eu tenho um plano. 

— Dizer que está apaixonada? Hum! Ótimo começo, vou mandar Edgar ir comprar fogos de artifício e buscar os pais do Connor,  vamos dar uma grande festa querida!

—  Aí meu Deus, não mamãe! E é domingo, papai está de folga — me levantei — vou ficar no meu quarto, qualquer coisa é só chamar.

Ela afirmou com a cabeça e me acompanhou até a sala onde correu para o marido e sentou no colo do homem que largou a televisão de imediato para dar atenção à esposa. 

Fiquei alguns segundos observando o carinho deles até mamãe começar umas investidas que eu já conhecia, então subi as escadas correndo, prestando atenção em cada degrau.

Meu quarto ainda era o mesmo, as paredes eram pintadas de amarelo e haviam desenhos feito a mão na parte onde ficava minha cama, isso nunca deixou de me agradar. O meu closet enorme tinha apenas algumas peças de roupa com outras que eu trouxe na sexta à noite.

Meu celular vibrou em cima da cama coberta com a colcha cinza e eu o peguei, era Alora dizendo que fez o que eu lhe pedi e aproveitou para jogar uma piadinha de que era difícil mentir para Connor quando ele estava sem camisa. 

Sempre foi você (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora