Capítulo vinte e nove

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Ficar na sala de espera já estava me irritando, a luz forte batendo no meu olho, o cheiro de hospital, a recepcionista atentando o telefone a cada dois minutos e dizendo o nome do consultório, tudo me fazia respirar fundo

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Ficar na sala de espera já estava me irritando, a luz forte batendo no meu olho, o cheiro de hospital, a recepcionista atentando o telefone a cada dois minutos e dizendo o nome do consultório, tudo me fazia respirar fundo. Eu batia meus pés no chão sem parar olhando para o relógio na parede.

— Connor — Madison me despertou do meu transe passando a mão por minhas costas — fica calmo, não faz nem dez minutos que estamos aqui.

— Não? — brinquei e ela deu uma risada gostosa inclinando a cabeça para trás. Apoiei as costas na cadeira e observei Maddie colocar o braço em volta do meu pescoço e puxar minha cabeça até eu deitar ela em seu peito e sentir ela mexer nos meus cabelos.

Passei um braço ao redor da cintura dela por dentro da sua camiseta amarela, ela se remexeu com o toque e resmungou que minha mão estava tão gelada quanto o piso de porcelanato do lugar. 

Fiquei ali fazendo carinho nas costas dela e sentindo a garota organizar os fios do meu cabelo, o coração de Madison batia tão rápido que notei que não era só eu que estava ansioso com a primeira consulta do pré natal, Maddie só fingia melhor que eu.

— Senhorita, Leblanc? — a médica entrou no nosso campo de visão e um pouco anestesiado com o carinho que recebia me afastei de Maddie.

Madison levantou segurando em minha mão e caminhou na minha frente me guiando enquanto respondia as perguntas da médica de ser a primeira gravidez.

Eu sorri observando minha amiga, e controlando uma risada, se a mulher de jaleco branco soubesse a quantidade de perguntas que Maddie decorou para fazer, não estaria sendo tão simpática naquele momento.

Sentei na cadeira ao lado da menina que tremendo não largou minha mão um segundo sequer desde que entramos na sala tão branca quanto a recepção. Natasha se acomodou na sua cadeira e começou a mexer na ficha da Madison, ela puxou duas folhas e começou o interrogatório.

Coisas como, “você é o pai?” até “quantas vezes vocês se relacionam na semana?”, essa última pergunta foi a mais difícil e a mais divertida de responder, mesmo Maddie me dando vários beliscões e pedido desculpa a médica que gargalhava com minha sinceridade.

Quando Natasha disse que era a hora de tirarmos nossas dúvidas, vi Maddie arrumar a postura e morder o lábio inferior, ela com toda certeza iria usar cada segundo daquela consulta para acabar com qualquer incerteza e receios sobre a gravidez. 

E ela fez isso, no final a médica me olhou com uma expressão de diversão e brincou que “minha namorada” tinha roubado até as minhas perguntas, eu vi quando Maddie arregalou os olhos e corou, eu apenas concordei não me importando em ser considerado o namorado dela.

— Bom, estão prontos para o primeiro ultrassom? — a mulher disse se levantando de sua cadeira, eu afirmei com a cabeça, já Madison negou com um certo medo de fazer a ultrassom transvaginal que ela leu umas cem matérias no caminho até o consultório — vamos Maddie, não vai doer nada e vocês vão ver o bebê — Natasha tentou tranquilizar ela.

Sempre foi você (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora