Capítulo vinte e seis

3.8K 292 72
                                    

— Como se sente, querida? — Mamãe perguntou me entregando uma xícara com chá

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Como se sente, querida? — Mamãe perguntou me entregando uma xícara com chá. 

— Bem. Me desculpa por ter chegado tão tarde ontem — olhei para meu pai que estava sentado em sua habitual poltrona, com seus óculos de leitura, mas me encarava ao invés de ler o jornal. 

Quando Connor ficou para trás em casa enquanto eu dirigia para longe, tive que parar em um posto de gasolina para tentar parar de chorar. Assim que cheguei na casa dos meus pais, já era tarde e estavam todos dormindo, mamãe me atendeu preocupada e me abraçou tão forte que eu comecei a chorar de novo.

Eu já era fácil de chorar, desde pequena foi assim, só que com a quantidades de hormônios trabalhando no meu corpo, parecia ainda mais difícil e era pensar em Connor que minha garganta fechava.

— Você quer conversar? — Ela se sentou ao meu lado, arrumando o cobertor fino nas minhas pernas. 

Olhei para papai que sorriu e colocou seus óculos e o jornal em cima da mesinha de centro. O homem veio até nós e se sentou ao meu lado, oposto do da mamãe e beijou minha testa.

— A gente vai ouvir você  — ele sussurrou.

— É que… a gente brigou, brigou feio, e isso era tão difícil de acontecer — apertei a xícara — eu não sei o que está acontecendo, é a segunda discussão só nessa semana e dessa vez… ele gritou e eu… ah! Eu não quero mais isso!

Deitei a cabeça no ombro do meu pai e comecei a chorar de novo, mamãe tirou a xícara da minha mão e eu escondi meu rosto com as mãos livres. 

— Ei, se acalma — papai disse passando a mão em meu braço. 

— Eu errei, não é? — Me afastei do homem para olhar os dois — errei em apressar as coisas, em dormir com ele, em… engravidar dele. A gente estava tão bem, são dez anos de amizade pra acabar tudo assim.

— Ah querida, não vai acabar nada, você sabe como Connor ama você — Agnes disse me dando um sorriso confortador — e ele não é louco em deixar você, eu iria bater nele.

— Ninguém ama alguém para sempre — murmurei pensativa — eu estou confusa, com medo e sei que essas emoções fortes podem fazer mal ao bebê, e eu preciso de tempo preciso ficar longe dele, preciso… ficar longe do Evan.

— Espera! Evan? — Papai franziu as sobrancelhas — é por ele as brigas?

— Ele está tentando se reaproximar, foi em casa ontem, conversou comigo, ele ainda me ama — olhei para mamãe que riu — e o Connor… ele não está gostando disso.

— Óbvio que não! — Papai se levantou — vou pegar algo para você comer. 

Aquilo foi só uma desculpa para me deixar a sós com mamãe, ela estava louca para falar, perguntar, aconselhar e até surtar um pouco. A mulher se levantou e me deu novamente o chá, eu bebi relutante, não estava bem nem para comer e tinha certeza que isso estava envolvendo meu… o bebê.

Sempre foi você (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora