Capítulo dezoito

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Eu nem precisava ler a bula dos testes, não precisava saber o que devia ser feito, já estava tudo gravado na mente e os minutos que pedia para esperar eram torturantes, eu esperava sentada na pia, apertando meus joelhos e dizendo a mim mesma para ...

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Eu nem precisava ler a bula dos testes, não precisava saber o que devia ser feito, já estava tudo gravado na mente e os minutos que pedia para esperar eram torturantes, eu esperava sentada na pia, apertando meus joelhos e dizendo a mim mesma para não ter esperanças.

Foram três de uma vez, para ter certeza eu não queria ir na mesma farmácia de novo, isso me incomodava, eu sabia que o olhar de pena da atendente iria me irritar ainda mais do que nos últimos dias.

Meu celular tocou revelando os minutos que passaram e eu olhei os três testes, e diferente das outras vezes, eu comecei a chorar tanto que minha visão ficou embaçada, eu mal conseguia respirar com o choro e mesmo tremendo peguei os testes.

Eu tentei abrir a porta, mas não consegui, então Connor abriu do outro lado e quando viu meu estado, me abraçou forte.

— Não fica assim — ele sussurrou e eu ri.

— Conseguimos, Connor — contei com medo de minha voz não ter saído como o esperado. 

O garoto se afastou, os olhos castanhos arregalados e a boca entreaberta, ergui os testes para ele que analisou cada um com cuidado.

— Conseguimos? 

— Conseguimos! — Repeti passando o antebraço no nariz antes dele me puxar para um abraço ainda mais apertado que o outro, Connor ria tanto quanto eu e eu duvidava se ele estava mais feliz do que eu.

Era fácil ficar feliz depois de realizar um sonho tão bom assim, era como se o universo parasse e dissesse para mim que eu precisava passar por tudo o que passei para agora estar nos braços de Connor chorando porque agora tem um bebê dentro de mim.

Eu queria gritar, correr e contar para todos que eu vou ser mãe, eu queria agradecer a Evan por ter me dispensado, queria ficar mais tempo nos braços de Connor dizendo os inúmeros obrigados.

Depois de alguns minutos que pareceram horas, Connor me sentou na cama e se ajoelhou na minha frente, o garoto ergueu minha blusa e eu coloquei as mãos na minha barriga, logo as deles estavam sobre as minhas.

— Eu nem acredito nisso — sussurrei segurando seu rosto — eu vou ser mãe!

— Você vai ser mãe — meu amigo sorriu tanto a ponto de seus olhos se fecharem, Connor ficou em cima de seus joelhos e me beijou com um carinho enorme que faz meu estômago embrulhar. 

Não era só uma sensação de conforto, era uma sensação de paixão que me envolveu, era como beijar a pessoa que eu tinha certeza que era o amor da minha vida, mas não era Connor, não podia ser ele.

Eu me afastei quando o nome Evan piscou na minha mente com luzes brilhantes a ponto de me cegar.

— Obrigada Connor, de verdade  — abracei ele pelo pescoço  — obrigada por ficar comigo, me apoiar, me ajudar e me amar.

— Eu faria tudo de novo, passarinho — o garoto beijou minha testa quando eu me afastei.

E mais uma vez eu agarrei Connor e ele gemeu quando eu o apertei demais.

Sempre foi você (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora