Capítulo trinta e seis

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— Madison, eu disse que você não pode sair! — A voz da minha mãe saiu grave e alta, o que me fez parar de tentar me levantar no momento em que ela gritou

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— Madison, eu disse que você não pode sair! — A voz da minha mãe saiu grave e alta, o que me fez parar de tentar me levantar no momento em que ela gritou.

— Mas mãe…

— Para de ser uma garota mimada e deita nessa cama, você acabou de sofrer um acidente e por sorte não afetou seu bebê, imagine se tivesse tido algo pior. 

Fiquei quieta e desviei o olhar sentindo minha garganta arder, engoli em seco me deitando de vez na cama e virei de lado, de costas para ela, me encolhendo. 

Tive certeza que mamãe percebeu que eu estava chorando, quando a cama afundou no instante em que ela se sentou, passando a mão em meu braço e ouvi ela suspirar.

— Me conta o que aconteceu. — Ela sussurrou.

— Eu estraguei tudo, de novo. Na verdade estou fazendo isso desde que terminei com Evan, essa droga de sonho me fez perder tantas coisas, tudo é culpa minha e você viu como o Connor me tratou, depois de tudo que eu disse, nada mais importa mamãe.

— Você não pode falar assim do seu bebê, não é uma droga, você está estressada, agindo por impulso, acredite, também fiquei assim quando estava grávida de você, a minha sorte foi que o amor do seu pai era maior do que meus gritos dentro de casa.

— Papai se importaria se você estivesse em uma cama de hospital. 

— Ei! Connor também se importa. 

— Mesmo? E cadê ele?

Quando me encolhi mais na cama, mamãe me abraçou e eu chorei ainda mais.

Seria sorte se eu voltasse para casa e as coisas de Connor ainda estivessem lá.

No meio da tarde, Alora e Brianna apareceram, ficaram comigo o tempo todo e por um descuido de Alora, eu soube que Connor estava do lado de fora do quarto, a forma que Brianna a repreendeu me fez ter certeza que não deviam me contar isso.

As duas saíram para buscar algo para mim comer e assim que a porta abriu quando saíram, eu vi Connor apoiado no balcão do lado de fora, ele me olhou mas não fez nenhuma menção de vir, e quando a porta se fechou, a raiva voltou junto com a droga da solidão que eu mesma provoquei.

O copo de água em minha mão foi a única coisa que achei útil e eu arremessei na porta, fazendo um barulho alto que fez uma enfermeira abrir a mesma e Connor continuava ali.

— Vem aqui! — Eu gritei e ele respirou fundo negando com a cabeça. — Connor. — Eu chorei no instante em que seu nome saiu de minha boca e ele vacilou abaixando a cabeça.

O único motivo que fez ele vir até mim, foi quando a médica entrou dizendo que precisava ver como o bebê estava, Connor puxou a cadeira que ficava perto da minha cama para longe e se sentou, olhou o monitor que aparecia a imagem do bebê enquanto a mulher falava sem parar dos cuidados que eu devia ter.

— Você fica repetindo ele, ele e ele. É menino? — Finalmente Connor falou algo.

— Achei que soubessem — a mulher olhou para nós dois — é um menino sim, parabéns!

Olhei para Connor com um sorriso e estendi a mão para ele, mas notei ele ignorar meu gesto, ele apenas sorriu e abaixou a cabeça. Essa droga de distância entre a gente estava me torturando e pensar que a culpa era minha, também me torturava. 

A verdade era que eu merecia aquilo.

Não podia nem comemorar o fato do nosso bebê ser um menino, não podia tocar no meu… no Connor, não havia conseguido falar com ele ainda e quando a médica saiu e Connor ficou, tive esperança.

— Conversa comigo. — Sussurrei.

— Vou buscar algo para comer.

— As meninas já fizeram isso, Connor, não foge de mim — me arrumei na cama, mas a dor que meu corpo ainda me causava, faz com que eu volte a ficar deitada. — Vem pra cá — pedi e ele negou. — Connor. 

— Você disse para mim ir embora, e agora quer que eu fique por perto? Às vezes eu não te entendo, precisa se decidir Maddie, você sempre está confusa, nunca tem uma palavra concreta.

— Eu estava com raiva.

— Você me acusou de trair você! Eu, Madison! — Ele passou a mão no rosto e permaneceu com ela ali me impedindo de o ver, mas quando voltou a me olhar, Connor estava como eu, prestes a chorar, o que me fez ficar com medo. — Desde o começo você está em dúvida, antes era eu e Evan, agora você está em dúvida se acredita ou não em mim, se você se arrepende ou não do nosso filho, se está arrependida ou não da gente, já percebeu que toda vez eu estou no meio? E você sempre está em dúvida em relação a mim, como se eu não fosse o suficiente para você.

— Você é o suficiente, eu amo você.

— Eu tenho minhas dúvidas sobre isso. 

— Me desculpa. — sussurrei com a voz falha. 

— Você não pode me mandar embora e dizer que se arrepende de tudo e do nada achar que vai voltar a ser como antes, Madison. 

🍕🍕🍕

— Como se sente? — Daisy pergunta colocando água no jarro de rosas perto da janela.

— Cansada de receber balões, flores e comer essas comidas ruins. Quando posso ir para casa? — Perguntei olhando para minha barriga.

— Ainda não sabemos, talvez amanhã — a mulher fechou a janela ao perceber o céu nublado — como meu neto está?

— Ainda não ousou se mexer, e eu passei os últimos minutos apertando a barriga para ver se ele mexe, ele quer ficar dormindo o tempo todo.

Daisy fez uma careta e eu sabia que ela não estava confortável comigo, como sempre, mamãe já devia ter dito algo do que aconteceu ou talvez Connor.

— Daisy — a chamei baixinho e ela me olhou — ele vai me deixar?

— Connor não faria isso, Maddie, devia saber. 

Voltei a olhar minha barriga e ouvi ela dizer que ia dar uma volta e me deixar pensar, quando Daisy saiu, voltei a sussurrar para meu bebê e até falando alguns nomes, eu apertava algumas partes querendo que ele se mexesse em algum momento. 

Quando relaxei, deitando a cabeça e olhando para o teto, eu senti um pequeno tremor na barriga que me fez olhar rápido, um aperto com a mão foi o suficiente para senti meu bebê se mexer pela primeira vez e eu comecei a sorrir e por um momento olhei para o lado pronta para contar a Connor, mas ele não estava lá.

— Ele vai amar saber disso, meu amor — sussurrei para meu bebê que mais uma vez se mexeu.

🍕🍕🍕

Capítulo escrito por escritoracolly

Te contar um negocio viu! Esses dois mexem com nosso psicológico. Vamos para o último capítulo com os dedinhos cruzados por nosso casal?

 Vamos para o último capítulo com os dedinhos cruzados por nosso casal?

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