Agora?!

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Brunna pov.

Fiquei longe das meninas por um tempo, menos da Patty que não sabia o que tinha acontecido. Acho que não foi uma boa ideia voltar... acho que vou voltar pra Cuba ou L.A.

Ludmilla pov.

Algumas semanas se passaram, a Hals tá com oito meses e duas semanas. A barriga dela tá tão grande, eu converso com o Enzo todo dia e ele sempre chuta onde eu estou com a mão. Por mais que os chutes sejam normais eu sei que ele entende o que eu falo e o chute é a resposta. Cada dia que se passa eu fico mais ansiosa pra chegada do meu filho.

– Amor! – Hals chamou do banheiro – Amor, vem rápido. – corri em sua direção e logo vi ela parada em cima de uma poça d'água, suas pernas estavam um pouco molhadas também – Vai ficar me olhando Lud, anda, a bolsa estourou!

– Mas ainda faltam alguns dias!

– Nem todos os bebês nascem com nove meses Ludmilla.

– Okay, vem, se apoia em mim, espira e inspira como a gente treinou tá? – peguei a bolsa do Enzo que já estava arrumada pronta para uma emergência como essa.

Chegamos no carro, ajudei ela a entrar e saí correndo em uma velocidade aceitavel no transito. Pedi pra ela ligar pra DJ avisando que estavamos indo ao hospital, que a bolsa estourou e queriamos ela e a Júlia lá.

A cada segundo eu ficava mais nervosa e ansiosa... meu filho estava nascendo!!

Chegamos no hospital e já fomos pra sala de parto, a Hals já estava com dilatação o suficiente pro Enzo nascer, eu entrei junto na sala alegando ser o "pai" da criança e explicando que era interssexual.

– Ahhh – gritava não aguentando – Não dá!

– Dá sim! – apertei sua mão – Eu estou aqui com você e sei que você consegue! Força! Faz força amor.

– Mais um pouco Sra. Frangipane, mais alguns centímetros...

Minutos e minutos com ela fazendo força e respirando, quando um choro se fez presente. MEU FILHO!!! Olhei na direção do médico que estava com um embrulho nos braços.

Ele aproximou-se e entregou pra Hals, que olhava ele com um brilho nos olhos. Quando o Enzo se acalmou eu o peguei no colo, ele era tão pequeno.

– Te amo pequeno príncipe – sorri acariciado sua bochecha pequena e me aproximei da Hals – Ele é lindo amor, obrigada... Te amo muito Hals.

Ela estava com dificuldade de respirar.

– É a primeira vez que você me chama de amor... – sorriu fraco, respirou fundo e continuou – Eu quero que... cuide dele... Cuide do Enzo... e diga sempre que eu... o amo e sempre... vou estar com ele. – quando ela terminou a frase um barulho nada agradável se fez presente.

"piiiiiiiiiiiiiiiii"

Olhei pra Hals, o brilhos dos olhos sumiu

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Olhei pra Hals, o brilhos dos olhos sumiu... não Hals... não agora!!

–Sra. Oliveira, precisamos que se retire... – um dos médicos falou, entreguei o Enzo para uma enfermeira e saí.

Cheguei no corredor e vi todos lá: meus pais, os pais da Hals, Patty, Dayane e Julia, Taylor e Marcos. Cheguei perto da minha mãe e a abraçei, não segurei as lágrimas.

– Filha, o que aconteceu? – papa me perguntou preocupado.

– Papa... tava tudo indo tão bem... o Enzo nasceu e ele é tão lindo!... Mas a Hals... ela... ela não. – não consegui mais falar, chorei mais, dessa vez sendo abraçada pelos meus sogros.

– Vamos esperar e ver o que os médicos dizem... – DJ falou me olhando.

Minutos se passaram e nada, eu já estava prestes a ir em direção pra saber de alguma notícia.

– Familiares de Halsey Frangipane?

– Somos nós... – minha sogra falou.

– Sinto muito, fizemos o possível para faze-la voltar mas não foi possível. O bebê esta bem, faremos apenas alguns exames de rotina e já poderá leva-lo para casa.

– Eu posso ver meu filho? – pedi.

– Claro, me acompanhe.

Foram feitos todos os exames e no final do dia eu pude pegar meu filho e ir pra casa.

– Tem certeza que vai ficar bem? – Patty pediu, só acenti – Se quiser que eu fique aqui.

– Não é necessário Patty, Taylor já está vindo. – falei colocando Enzo adormecido no berço.

 – falei colocando Enzo adormecido no berço

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(Quartinho do Enzo)

– Os pais dela já ageitaram as coisas para o velório. Eles querem que você escreva a homenagem...

– Okay, eu vejo você lá? – acentiu – Obrigada Patty... vou com você até a porta.

Saímos do quarto do meu filho e fomos até a porta, me despedi da Patty e voltei pro cômodo de antes. Não queria ficar longe do meu filho, enquanto ele dormia eu via as semelhanças dele com a Hals e até comigo.

– Lud? – Taylor entrou no quarto.

– Oi Tay.

– Sinto muito pela sua perda... – me abraçou de lado – Seu filho é lindo Lud. – sorrimos juntas.

– É sim, ele é bem parecido comigo...

Colegial - Brumilla Onde histórias criam vida. Descubra agora