Trabalho a distância (1)

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Brunna pov.

- Então eu sou sua noiva? - questionei curiosa.

- Sim... mesmo eu tendo feito um pedido horrível. - fez uma careta.

- Foi fofo...

- Fofo? Brunna... o pedido não saiu nem um pouco como eu esperava!

- Mas foi fofo, amor! - sorri pra ela - Quantas mulheres você acha que recebem um pedido de casamento em uma praia abandonada, com uma criança levando você por um caminho de rosas que termina com a mulher mais linda que eu já vi na vida?

- Assim eu fico sem graça Brunna... - me deu um selinho.

- Se você achou o seu pedido tão ruim... refaça.

- O... o que?

- Faça outro pedido de casamento Ludmilla.

- Eu... porra, não dá!

- Não dá? Porquê não preparou o que iria falar? - sorri novamente - Ludmilla... um pedido de casamento não pode ser pensado! Ele tem que ser sentido, falado com o coração e não com a mente... Abra seu coração pra mim Ludmilla. Fala o que sente aqui - coloquei minha mão em cima de onde o coração ficava - Apenas fale...

- Nossa... tá... - respirou fundo - Se alguém me perguntasse o que eu senti quando vi você pela primeira vez eu não saberia dizer, mas agora... agora eu sinto tudo, quando eu estou com você, eu estou completa... mas sem você é como se me fatasse algo, um pedaço de mim. - sorriu, me fazendo sorrir também - E eu não quero me sentir incompleta, não depois de conhecer você. Eu quero você Brunna! Se eu aprendesse a falar eu te amo em todas as línguas, eu falaria... e ainda assim não seria o suficiente para demonstrar o meu amor por você!! Cara... não tem nada igual a acordar com você ao meu lado, a sua risada é a melodia mais linda que eu já ouvi, o sorriso com a língua entre os dentes deveria ser pintado de tão lindo. - lagrimas, era isso que eu tinha nos olhos - E por mais que você me diga que seus olhos são normais por serem castanhos, eu discordo. Você é perfeita Bru... tudo em você é! - ela sorria de orelha a orelha - Então eu só quero saber uma coisa... Você aceita se casar com esse problema em forma de mulher?

- Nossa... - sorri sencando minhas lágrimas - Isso foi... Uau!

- Você não me respondeu. – se aproximou um pouco mais.

- Eu nunca recusaria! – acabei com a distância entre nós.

A beijei, um beijo calmo, sem língua. E mesmo ele sendo assim, ainda dava para notar que era um beijo apaixonado.

Ludmilla pov.

Eu refiz o pedido... é eu refiz.

- Bru... - interrompi o beijo aos poucos - Temos que marcar a data do casamento...

- Pra quando você quer? - pediu enquanto beijava meu pescoço.

- O mais rápido possível! - gemi com o chupão que ela deu - Porra, Brunna. Eu não vou conseguir ir trabalhar se isso continuar.

- Então não vai, porque eu não tenho nenhuma intenção de parar com isso.

Bom... depois de um maravilhoso sexo matinal, eu consegui ir para a advocacia.

– Ashley... venha na minha sala.

– Chamou Sra. Oliveira?

– Chamei, sente. – apontei para a cadeira na minha frente.

– O que a Sra. precisa?

– Eu vou ficar fora por algumas semanas e você é a pessoa que eu mais confio aqui.

– Eu não estou entendendo Sra.

– Quero que cuide das coisas por aqui enquanto eu estiver fora e me manter informada de tudo.

– Você vai trabalhar a distância?

– Isso... apenas por uns dias. Eu e minha noiva temos que organizar um casamento.

– Okay Senhora. Vou manter a Senhora infirmada de tudo que acontece aqui...

– Obrigada, já vou avisar que vou sair mais cedo hoje. Fiquei de buscar o meu príncipe na escolinha dele.

– Então já devia ter saído. A aula dele acaba em alguns minutos.

– Já estou indo – falei me levantando – E não esquece... me avisa sobre tudo!

– Pode deixar comigo Sra. Oliveira.

Saí do meu escritório rapidamente, andei até o estacionamento peguei meu Chevrolet Corvette 1962, sabe... aquele do Lúcifer? Eu tenho um igual, amo carros antigos.

Alguns jornais que me entrevistaram falaram que eu sou a única advogada com estilo badgirl de Miami. E eu não posso fazer nada se isso é verdade.

E hoje, bom, hoje eu não estava diferente, uma calça jeans escura, camiseta de banda, uma jaqueta de couro e óculos escuros.

Estacionei em frente a escolinha do Enzo, saí do carro e fiquei encostada nele esperando meu filho sair.

– Mommy!! Você veio me buscar? – ouvi Enzo, levantei meu olhar em sua direção.

– Claro meu amor, apartir de hoje eu vou vir buscar você todo dia.

– É sério? – concordei – Podemos comer sorvete?

– Desde quando você gosta tanto de sorvete? – pedi pegando sua mochila e logo o pegando para por na parte de trás do carro – Não esquece de usar o sinto filho. – Coloquei sua mochila atras de mim, entrei no carro e assim partimos, eu ainda iria buscar a Brunna no trabalho – Filho... a Mommy ainda tem que passar no trabalho da Mamá, ai podemos ir tomar sorvete, tudo bem?

– Sim.

– Filho, usse seus óculos de sol. Ele está forte hoje.

Colegial - Brumilla Onde histórias criam vida. Descubra agora