Brunna pov.
Acordei cedo hoje, tinha que dar uma olhada em alguns artigos e arrumar minha casa, só iria na casa da Ludmilla a tarde. Sei que hoje ela estaria em casa.
Depois de terminar meus afazeres tomei um banho demorado e fiz meu almoço. Estava pronta pra sair, tinha conversado com a Júlia e ela falou que já tinham ido buscar o Enzo. Saí de casa, chamei um táxi e dei o endereço ao motorista.
Ludmilla pov.
A Júlia e a DJ vieram buscar meu filho, elas iriam ficar com ele por pelo menos algumas horas. Daria tempo pra dar uma relaxada.
Revisei alguns documentos de um novo cliente e abri as janelas do apartamento. Eu não era louca de fumar com tudo fechado pra depois meu filho respirar esse cheiro todo.
Abri um maço, peguei o isqueiro e acendi. Eu ficava relaxada desse jeito, sempre tinha uma garrafinha de água e um copo de whisky pra acompanhar. Já estava no meu segundo quando:
– Ludmilla? – levei um susto quando ouvi essa voz, o que ela tava fazendo aqui?
Escondi a caixinha com os cigarros em uma gaveta, bebi todo o whisky sentindo ele descer rasgando minha garganta. A garrafinha de água deixei no lugar, afinal essa não tinha problema. Mas antes de conseguir me livrar do cigarro.
– Não acredito que você estava fumando! – Brunna falou brava, eu estava de costas pra ela.
– O que você veio fazer aqui Bru? – pedi me virando, o cigarro ainda estava aceso em minha mão.
– Precisava conversar com você e por coincidência é sobre esse seu vício aí.
– Eu não sou viciada! – falei seca.
– Okay... – respirou fundo – Só me diz porquê, por quê você fuma e bebe tanto?
– Não devo explicação nenhuma pra você! – cuspi as palavras – Você não sabe pelo que eu passei pra vir aqui e me chamar de viciada.
– Então me diz! – deu de ombros me olhando.
– Quando ainda estavamos bem, na época do colegial eu já era assim. Já fumava e bebia, mas era moderado. Depois que você foi embora só piorei... – respirei tentando me acalmar – cheguei a ficar bem pior do que estou agora.
– E...
– Eu já cheguei a acordar no meio da rua, cheirando a drogas! Não fiz tratamento, eu apenas diminui as vezes que fazia isso. Antes era todo dia, agora é no máximo três vezes por semana...
– Isso é culpa minha... você chegar a esse ponto é culpa minha! – desabou em lágrimas.
– Não é!! Eu escolhi isso, eu que quis isso!
– Mas quis depois que eu sumi da sua vida!
– Pode até ser, mas não importa mais. Eu passei por muita coisa, mas eu tô bem!
– E o Enzo?? Ele tá crescendo no meio disso Ludmilla!
– Eu só faço isso longe dele, não quero ele perto desse meu lado. Quero que ele cresça vendo só o melhor de mim.
– Então acaba com isso! Para de fumar Lud.
– Você não entende...
– Só pensa nisso pode ser e também não custa tentar Ludmilla.
Ela se aproximou devagar e tirou o cigarro da minha mão, nem lembrava mais que ele ainda estava ali.
– Você me ajuda? – pedi colocando os braços em sua cintura.
– Ajudo – sussurrou antes de colar nossos lábios.
Foi apenas um selinho demorado, seguido por um abraço apertado.
Alguns dias se passaram, eu tentei a todo custo ficar longe dos cigarros e da bebida. A Brunna me ajudava a ficar longe desse vício, quando ela estava comigo, quando ela ficava longe que era o problema...
Minha garganta secava, as mãos tremiam, é como se a bebida e a maconha fosse o remédio. Só depois disso eu percebi que eu era viciada, pra mim era só pra passar o tempo e relaxar, não pensei que isso fosse virar vício.
Claro, eu já fazia isso a tecnicamente seis anos...
– Lud? – Brunna chamou.
– Aqui! – chamei do banheiro, eu estava surtando por estar sem fumar a cinco dias – Brunna, eu preciso fumar... só uma tragada, por favor!
Ainda bem que meu filho estava com as madrinhas e não vendo o lixo que eu me tornei.
– Você não precisa disso Ludmilla... Você é forte! – sorriu – Sei que consegue.
– Por quê eu tenho que acabar com isso! Eu gosto... – fui cortada.
– Você disse que ia tentar... – abaixou o olhar.
– Eu sei... eu sei, droga! – falei brava comigo mesma – Odeio admitir isso, mas porra! Eu gosto de fumar e beber, eu sou uma viciada e não me orgulho disso! – suspirei – Mas é no que eu me tornei!
– Você tá dizendo que quer parar? Que quer desistir de tentar?
– Bru... não, claro que não. Eu vou continuar tentando, mas quero ser quem eu sou pelo menos uma vez na semana. – suspirei, tentando diminuir a tensão – Ei... – peguei seu queixo fazendo me olhar – Obrigada por tentar me fazer acabar com esse vício. Você foi incrível, mas não é você que é o problema... sou eu. Tenta me entender, por favor!
– Eu... eu entendo – olhou direto no meu olho, castanho no verde e verde no castanho – É só que... eu pensei que conseguiria te fazer acabar com isso. Mas não importa, eu já estou orgulhosa por você ter conseguido ficar sem por alguns dias. – me deu um selinho.
– Acho que eu mereço mais do que um selinho, considerando o tempo que eu fiquei sem fumar e beber por dias que eu nem pensei que conseguiria.
– É... – se sentou no meu colo – E tem algum motivo pra ter conseguido? – concordei.
– Você!
Virei nossos corpos de modo que eu ficasse deitada por cima, Brunna não perdeu tempo, entrelaçou suas pernas em minha cintura. Encostando seu sexo bem em cima do meu membro.
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Colegial - Brumilla
FanfictionLudmilla Oliveira é uma garota no estilo bad girl, é capitão do time de futsal feminino, inteligente e tem uma beleza de outro mundo. Brunna Gonçalves é uma garota simples, rica, inteligente e tem um corpo desejado por muitas. Essas duas jovens que...