Tribunal (parte 2)

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Ludmilla pov.

Depois de deixar meu filho na casa da amiguinha dele, fui com a Brunna ao tribunal. Eu encontraria Demi lá.

Chegamos e eu já fui entrando na área onde seria discutido o assunto da guarda, Brunna ficou na parte da plateia no banco atrás de mim. Halsey já estava lá, com seu advogado.

- Quais são as chances? - pedi para Demi em sussurro.

- Nunca ouvi sobre esse advogado, deve ser novo na área. Se for... as chances estão ao nosso favor. - essa notícia me fez sorrir.

Se passou mais alguns minutos até o Juiz se pronunciar.

- Vamos iniciar a caso sobre a guarda de Enzo Frangipane Oliveira. - fez uma pausa e continuou - Quem pediu a guarda?

- Eu, excelência - Halsey falou calma.

- Essa pergunta é meio estranha, mas é necessária - olhou pra ela como um aviso - Sra. Oliveira, Enzo tem quantos anos no momento?

- Um ano e um mês, excelência. - respondi simples.

- Sra. Frangipane, por quê pediu pela guarda do seu filho apenas agora?

- Como o senhor disse... ele é meu filho.

- Vamos começar... Sra. Oliveira, a Sra. tem alguma testemunha?

- Sim... tenho três senhor, além de mim.

- Chamem a primeira, por favor.

Nesse momento Patty chegou acompanhada por um guarda, se sentou.

- Sra. Brooke, jura dizer a verdade. Somente a verdade. Nada mais que a verdade?

- Juro.

- A palavra é da advogada Demi. - o Juiz falou.

- Obrigada excelência. - Demi se levantou indo ao meio da sala - Sra. Brooke, segundo informações você estava no hospital na hora do parto. Correto?

- Sim, eu estava trabalhando quando recebi a ligação que ele iria nascer. Depois fui para o hospital.

- Perfeito... - Demi esperou para continuar - Em um certo momento, Ludmilla saiu da sala e se juntou a vocês, sabe o motivo?

- Ludmilla estava bem abalada quando saiu, disse que tinha alguma complicação e que ela tinha que sair. Depois de um tempo o médico saiu, disse que Enzo estava bem... mas que Halsey não tinha sobrevivido.

Brunna pov.

O interrogatório com as meninas tinha sido bem rápido, agora Ludmilla estava sendo interrogada.

- Então a Sra. cuidou do Enzo sozinha? - o advogado da Halsey pediu.

- Não, como eu não podia dar leite a ele, comprava do hospital. Mas minhas amigas e família me ajudaram também.

- Minha cliente nunca entrou em contato para saber da criança?

- Não. Ela não mandou nenhuma mensagem, nem ligou.

Isso já estava me dando nos nervos. Quando chegou a vez da mãe da Halsey testemunhar, foi como um soco na cara da Halsey. Graças a mãe dela o Juiz já tinha a resposta. Estavamos nesse tribunal há umas três horas e enfim a resposta seria dita.

- Pelo poder concedido à mim. Digo que a guarda ficará com... - fez um pausa olhando para o papel a sua frente - Ludmilla Michelle Oliveira Silva. - muitas pessoas que estavam na sala comemoraram - Silêncio no tribunal! - o silêncio se estabeleceu novamente - A Sra. Frangipane terá o direito de visitar a criança uma vez na semana e terá que pagar pensão como informa a lei. O caso está encerrado! - e bateu o martelinho mostrando o fim.

No momento que a Ludmilla se levantou, virou‐se em minha direção me puxando para um forte abraço. Não sei por quanto tempo ficamos abraçadas, mas quando nos soltamos ela falou:

- Vamos Brunna. Eu quero buscar o Enzo.

- Tá tarde Lud, ele já deve estar dormindo. Amanhã a gente busca ele.

- Então vamos comemorar só nós duas... - lançou um sorriso malicioso em minha direção. A noite promete...

Ludmilla pov.

Agora era oficial, eu estava com guarda total do Enzo. Só não gostei que a Halsey teria ele uma vez na semana, mas era um direito dela né...

Mas eu tava feliz, queria gritar aos quatro ventos só pra mostrar a minha felicidade. Eu queria ir buscar o Enzo, mas a Brunna não deixou, ela disse q já era tarde e ele devia estar dormindo já.

Então fomos pro apartamento. Todos os cantinhos que ele tinha foi cenário para sexo. Fizemos amor na bancada da cozinha, no nosso quarto, banheiro... o último lugar foi na sala, primeiro no sofá e por último no próprio chão.

E

sem perceber dormimos lá, depois de horas e mais horas fazendo amor. No outro dia ainda estavamos cansadas, a Brunna nem andar conseguia, eu a carreguei por toda a casa.

Em um certo horário que nem me dei ao trabalho de saber, fui buscar Enzo na casa da amiguinha, deixando a Brunna em casa tomando banho. Eu não conseguia negar, eu estava feliz...

Brunna e eu estavamos cada vez mais juntas, igual quando eramos adolecentes, mas agora com uns aninhos a mais. Enzo não estava diferente, ele gostava da Brunna, até chamava ela de Mamá.

E como eu disse eu era a pessoa mais feliz do mundo, porque eu estava com a mulher que amo, um filho que é algo que eu pensei que não fosse possível, amigas inseparáveis e uma família que me apoia em tudo.

Colegial - Brumilla Onde histórias criam vida. Descubra agora