Só amigas

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Brunna pov.

– Está entregue! – Ludmilla falou após parar o carro na frente da minha casa.

– Obrigada. – deu um beijo no canto da sua boca – Certeza que não quer entrar?

– Não quero encomodar Bru – falou preocupada.

– Ludmilla... é madrugada. Eu não vou deixar você dirigir sozinha a essa hora!

– Eu não vou estar sozinha... tem o Enzo – olhei pra ela e depois pro Enzo.

– Você me entendeu Ludmilla.

– E onde eu vou dormir? – mudou de assunto.

– No meu quarto com o Enzo.

– E você?

– No sofá... óbvio – falei simples.

– O que acontece se eu recusar? – sorriu sínica.

– Entra logo nessa casa Oliveira!

Saí do carro, peguei o bebê conforto com o Enzo dentro e segui a Brunna. Ajudei ela a arrumar um lugarzinho pro Enzo dormir.

– Isso não era necessário Bru, eu podia muito bem dormir no sofá e deixar você aqui com o Enzo.

– É só uma noite. – falei olhando-a – Buenas noches Ludmilla. (Boa noite Ludmilla.)

– Boa noite...

Saí do quarto e fui pro sofá.

Ludmilla pov.

Eu deitei na cama mas não conseguia dormir, a Brunna vai ter dor nas costas se continuar naquele sofá.

Me levantei devagar pra não fazer barulho e correr o risco de acordar meu filho. A porta do quarto tava aberta, o que já me ajudou muito. Me deparei com uma Brunna esparramada no sofá, por algum motivo deixei um sorriso escapar por meus lábios.

Me abaixei pra poder pegar a Brunna no colo. Quando consegui, levantei e fui pro quarto.

– Lud... o que você tá fazendo – falou ainda de olhos fechados e em um tom tão baixo que quase não ouvi.

– Te levando pra sua cama. – sussurrei – Não vou deixar você dormir no sofá.

Coloquei ela com cuidado na cama, dei uma última olhada no Enzo e deitei ao seu lado.

Depois de anos... eu iria dormir com o cheiro dela de novo. Ludmilla para! A mãe do seu filho acabou de morrer, demonstre que a amava!

Olhei pro lado e vi que Brunna já dormia. Me virei, ficando de costas pra ela e quando estava quase pegando no sono senti uma mão na minha cintura. Não dei muita atenção pra isso por saber de quem era, eu estava cansada de mais pra tirar ela dali.

Acordei no outro dia com Enzo chorando. Peguei ele no colo antes que ele acordasse a mulher deitada na cama ao meu lado.

Preparei sua mamadeira e sentei novamente. Dando de mamar pro meu filho.

Eu amo meu filho, a cada vez que eu o pego no colo o admiro. Tão pequeno e tão importante pra mim.

– Meu filho, Enzo Frangipane Oliveira. Não importa o que aconteça, eu vou estar aqui com você... sempre. – Sussurrei pra ele. E como resposta ele me deu um sorriso bangela.

Peguei as coisas do meu pequeno e saí da casa da Brunna, não quis acorda-lá porque ela parecia estar cansada.

Cheguei em casa bem rápido, a Brunna morava a apenas 15 minutos do meu prédio.

Eu precisava separar as coisas da Hals, por mais que isso seja difícil, cedo ou tarde eu tenho que fazer. Eu iria ficar com as fotos que tinhamos juntas, pra poder mostrar pro Enzo algum dia e dizer o quanto sua mãe era especial pra mim.

Também fiquei com algumas roupas, no máximo umas três peças. Alguns acessórios e só. O resto eu levaria pra casa dos pais dela, eles saberiam o que fazer com as coisas dela.

(quebra de tempo)

Algumas semanas se passaram desde a morte da Hals, a falta que ela faz no apartamento é grande... mas o Enzo tá ocupando bastante do meu tempo.

Eu voltei a trabalhar no escritório há uma semana, antes eu trabalhava no escritório emprovisado em casa mesmo.

Eu não podia levar o Enzo comigo, nem deixar ele na casa das madrinhas ou da Patty, elas trabalhavam também. Pensei em deixar na casa dos meus pais mas eles viajaram... Os pais da Hals nunca nem sequer pediram do neto. Só me restava uma pessoa.

Brunna Gonçalves

Ela trabalhava em casa, escrevendo artigos e fazendo as entrevistas pro jornal. Nós tinhamos nos aproximado novamente, como amigas, claro.

Se ela aceitou cuidar dele... sim.

Nesse exato momento eu estava na frente da casa dela tocando a campainha, que logo foi atendida.

– Oi Lud – desviou o olhar na direção do Enzo – Olá pequeno, pronto pra passar o dia com a titia Brunna? – esticou o braço pegando-o no colo – Siiim – fez voz fininha, imitando uma criança. Eu apenas sorri com a cena.

Adentramos a casa e fomos pra sala. Percebi que tinha alguns brinquedos no sofá.

– Bru... não me diz que você comprou coisas pra ele. – olhei séria.

– Comprei sim!

– Não era necessário...

– Era sim, eu não vou dar qualquer coisa pro Enzo brincar.

– Okay, desisto – falei colocando as coisas do Enzo em cima da mesa – você continua sendo a mesma teimosa de sempre.

– Eii... eu não sou teimosa, só achei que seria legal ter algumas coisinhas pra ele aqui, assim você não precisa levar e trazer brinquedo o tempo todo.

– Tudo bem... – falei calma – Cuida do meu filho Bru, mais tarde eu volto – dei um beijo na testa do Enzo – Até mais mi amor.

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Por hoje chega né? Último capítulo de hoje, amanhã tem mais, não me matem. ☺️

Colegial - Brumilla Onde histórias criam vida. Descubra agora