Tribunal (parte 1)

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Brunna pov.

Dias se passaram desde que soubemos que Halsey voltou e pediu a guarda do Enzo. Ludmilla ficou bem ocupada nos últimos dias, mesmo ela sendo advogada e podendo cuidar do próprio caso ela chamou uma advogada que eu fiz questão de descobrir sobre.

A advogada Demi Lovato era bastante conhecida por conseguir ganhar casos considerados bastante complicados. Ela era a segunda melhor de Miami, a primeira era Ludmilla.

Ela e Demi estavam no escritório a mais de três horas, passando e repassando técnicas para ganhar o caso. E acredite... duas advogadas super competentes em um mesmo local é de se ficar mega confusa.

– Demi... isso não vai funcionar!

– Ludmilla, essa técnica é muito boa nessas ocasiões. A chance de ganharmos é enorme.

– Eu disse que não! Sou advogada assim como você, sei das chances que temos e não temos. E acredite, esse não é o melhor jeito.

– Okay... eu vou pra casa, qualquer ideia que eu tiver te informo e espero que faça o mesmo.

– Tudo bem... manteremos contato.

Assim que ela saiu fui em direção da Lud, ela devia estar cansada depois de horas trancada naquele cubículo e pensando em uma solução.

Ludmilla pov.

Eu estava morta, queria deitar e dormir o máximo que eu pudesse. Deitei no sofá na intenção de fazer exatamente isso, até sentir um peso em cima do meu quadril. E logo em seguida um sussurro no ouvido.

– Quer uma massagem Lud? – me arrepiei – Sei que você tá cansada e merece muito isso.

– Eu estou exausta Bru...

Me sentei no sofá pra tentar me manter acordada. Ela se sentou ao meu lado e de frente pra mim com as pernas abertas me puxando para ficar deitada no meio delas. Ela começou a massagear meus ombros... as mãos dela são maravilhosas.

Sem perceber nós duas pegamos no sono no sofá. Acordei no outro dia deitada totalmente em cima da Bru e minha cabeça na curva do seu pescoço. Mas continuei deitada depois de ver a hora, era muito cedo ainda.

Brunna pov.

Acordei com um peso em cima de mim, logo percebi que era a Lud. Estavamos no sofá, ela por cima de mim e logo senti algo me cutucar...

– Lud... amor – chamei ela – Temos que levantar, logo Enzo entra pela porta...

– Tá cedo Bru... volte a dormir – disse sonolenta. Fechando os olhos outra vez.

Me aconchego a seu corpo novamente mas logo escuto pequenos passinhos vindos na nossa direção.

– Mamá, fome. – Enzo disse baixo.

Me levantei pegando-o no colo e fui em direção da cozinha. Coloquei ele sentado e fui preparar sua mamadeira. O dia hoje seria longo... iriamos ao tribunal ao entardecer. Entreguei a mamadeira a ele e me preparei uma xícara de chá, Ludmilla não era acostumada a tomar café e eu acabei me acostumando a beber apenas isso também.

Ludmilla pov.

Me levantei ouvindo pequenas conversas do lado de fora, coloquei uma roupa confortável e fui em direção da cozinha. Andei devagar para poder ouvir o que era falado.

Mamá pala! – Enzo gargalhou – Deu, deu.

– Ah não mi pequeño. Você vai repetir exatamente o que acabou de falar ou eu vou fazer mais cócegas.

Espiei um pouco tentando ver a cena. Brunna estava sentada na cadeira com Enzo no colo.

– Cóciga não...

– O que você falou? – Brunna fez uma expressão séria, mas eu sabia que era uma brincadeira só pra ouvir o que queria.

– Que ti amu Mamá – Enzo olhou pra ela, ambos sorriam. Aproveitei esse momento para entrar em cena.

– Pensei que você amasse só eu! – fingi ficar chateada. Mas logo sorri ao perceber um aperto ao redor das minhas pernas.

– Mais eu também ti amu Mommy – me abaixei e pegei ele no colo – eu amu as duas...

– Hm, é bom saber disso filho. – deixei um beijo na sua bochecha e me aproximei da Bru – Eu amo vocês dois... – roubei um rápido celinho da Brunna o que vez Enzo rir e consequentemente, eu também.

– Okay... – falei devagar – vamos comer agora, porque logo teremos que sair. – Brunna me olhou preocupada, mas disfarçou por causa do Enzo.

– Ondi vamus? – Enzo pediu curioso.

– Eu e a Mommy vamos ir no tribunal resolver uma coisinha, enquanto você vai ir na casa da sua amiginha Júlia. Vai poder dormir lá hoje.

– Eeeh – comemorou – Ajuda a arrumar minha muchilinha Mamá?

– Claro amor. – tirou ele de mim e colocou ele no chão – Vai se arrumar Lud, logo temos que ir no tribunal. – concordei com a cabeça.

Ela saiu caminhando com Enzo todo feliz ao seu lado. Só de imaginar que eu poderia perde-lo, que ele poderia ir com a Halsey.

Me levantei e fui ao quarto, eu precisava me arrumar. Levariamos meu filho a casa da pequena Júlia e quando acabar e já for decidido com quem ele vai ficar, pediria para traze-lo até mim.

Coloquei um terno simples e elegante.

Eu ganharia a guarda do meu filho, nem que eu passasse anos naquele tribunal só para poder dizer pra todo mundo que a guarda dele era oficialmente minha.

Colegial - Brumilla Onde histórias criam vida. Descubra agora