Trabalho a distância (2)

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Brunna pov.

- O que vocês fazem aqui? - pedi me aproximando do carro de Ludmilla.

- Viemos buscar você para ir tomar sorvete. - Ludmilla falou calma - Vamos, entre. Enzo não parou de reclamar da sua demora.

- Não é verdade Mamá! Era a Mommy que não parava de reclamar. - Enzo disse rápido, olhei indignada pra Ludmilla que olhava pro filho com a cara de "Você me paga garoto".

- Isso é verdade Ludmilla? - pedi fingindo estar brava.

- Mais é claro que não amor. - a olhei fixamente com um olhar acusatório - Talvez só um pouquinho...

- Sei... vamos logo tomar esse sorvete.

(...)

- O que vão querer? - a atendente pediu simpática.

- Um milk-shake de morango... - Ludmilla apontou pro Enzo, como se estivesse adivinhando - Um de banana... - apontou pra mim - E o último de creme com menta.

- Logo será entregue.

Andamos até uma mesa que foi escolida pelo Enzo. Ele estava bem animado.

- Você está bem animadinho hoje pequeño. Posso saber o motivo? - pedi ao Enzo.

- Mommy disse que vai começar a me buscar na escola todo dia. - falou sorrindo, olhei pra Ludmilla que estava sorrindo junto com o filho.

- Que bom mi amor.

- Com licença... seus pedidos Sra. Oliveira. - a atendente falou enquanto se aproximava.

- Obrigado Dona Márcia – Enzo falou, espera, eles se conhecem? Como?

Quando ela se afastou eu não aguentei de curiosidade e acabei soltando, obviamente para Enzo me responder.

– Como você a conhece pequeño?

– Eu já vim aqui várias vezes, o Sr. Marco me trazia depois da escola e a Mommy veio junto em algumas.

Depois dessa resposta eu fiquei mais aliviada e o assunto também acabou alí.

Ludmilla pov.

Depois de terminarmos os milk-shakes voltamos ao carro e fomos para casa.

– Gostou do passeio filho?

– Muito Mommy. Podemos fazer isso mais vezes? – olhou pra mim com uma carinha fofa.

– Sim podemos – dei risada da sua dancinha de comemoração – Agora vai tomar um banho pra fazer as tarefas da escola depois. – Enzo saiu da sala, deixando Brunna e eu sozinhas – O que foi?

– Nada Ludmilla...

– Nada? Certeza? – insisti.

– Certeza.

– Na minha humilde opinião... – falei me aproximando e abraçando ela por trás – Você está assim por causa daquela atendente na sorveteria.

– Eu não tô com ciúmes não...

– Eu não disse que você estava com ciúmes...

– Não enche meu saco Ludmilla! – falou tentando se afastar, a segurei firme.

– É você que está enchendo o meu... não está sentindo como você me deixa só por estar com ciúmes de mim? – apertei ela contra mim.

– Eu disse que não estou com ciúmes... – disse mais baixo.

– E não precisa... – aproximei minha boca de seu ouvido – Você é a única que consegue me deixar assim.

– Mais que droga Ludmilla... a gente não pode fazer isso aqui!

– Vamos "tomar banho" então... – a puxei pro benheiro do meu quarto.

(...)

– Mommy, me ajuda? – ouvi Enzo chamar.

– O que você precisa? – Brunna e eu pedimos juntas.

– Não estou conseguindo essa questão...

– Deixe-me ver... – Brunna falou pegando o livro – Tarefa de português.. eu amava essa matéria! Eu ajudo você pequeño.

– Então vocês terminam aí que eu vou preparar algo pra comer durante o filme.

Deixei os dois no quarto e fui à cozinha fazer pipoca. Quase meia hora depois já estava tudo pronto, a pipoca já estava nos potes e tinha duas cobertas caso ficasse frio.

– Nossa... – ouvi Enzo dizer – Que filme vamos olhar Mommy?

– Se acomode no sofá e assista... – os dois me olharam estranho – Não me olhem assim! Vocês vão saber qual filme é logo no começo.

Assim que dei play no filme os dois gritaram juntos...

– Wall-E !!! – tampei meus ouvidos.

– Sim? Agora fiquem quietos que eu sei que os dois queriam ver esse filme a um bom tempo.

Brunna se deitou do meu lado direito, deixando a cabeça em cima do meu ombro me fazendo entrelaçar nossas mãos e Enzo deitou do meu lado esquerdo fazendo a mesma coisa, mas eu abraçava-o pelos ombros.

– Ah Deus Ludmilla!! – Brunna me abraçou – ele vai morrer....

– Ele não vai amor, ele é o personagem principal...

– Mesmo assim... – fiz ela chegar mais perto – Promete que ele não vai morrer?

– Prometo...

Quando o filme terminou senti ambos do meu lado com a respiração leve. Me levantei com cuidado para não acorda-los, peguei meu filho no colo e levei ele até seu quarto o ajeitando na cama e deixei um beijo em sua testa antes de sair de lá. Voltei à sala e fiz a mesma coisa com a Bru, a peguei no colo estilo noiva e levei-a até nosso quarto, a deitando na cama com cuidado e depositando um selinho rápido em seus lábios.

Amanhã o dia seria longo, iriamos escolher o local do casamento juntas, sem contar na comida, convidados, estilo da festa e eu ainda tinha que escrever meus votos. Sei que ela já estava provando o vestido e eu estava curiosa demais em relação a isso, eu amo ela usando qualquer roupa, até sem... mas ver ela com um vestido de noiva vai ser diferente, não sei como, mas aquele simples vestido vai mostrar pra todos que ela é oficialmente minha...

Colegial - Brumilla Onde histórias criam vida. Descubra agora