Preparativos

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Posso te ajudar Sra.?

– Estou procurando um terno feminino.

– Me acompanhe... – andei atrás dela, olhando as roupas ao redor – Alguma ocasião especial? – concordei e logo respondi.

– Me casamento... – notei uma expressão de desapontamento em seu rosto, mas não me importei – Vocês também fazem sob medida?

– Sim, se quiser um terno único é só pedir...

– Vou dar uma olhada nesses que vocês tem, se não ter nada que me agrade vou pedir para fazer um.

– Fique a vontade, se quiser provar... os provadores são alí. – apontou na direção deles.

– Obrigada...

Começei a olhar os ternos, mas nenhum estava me agradando. Não eram como eu queria.

– Ludmilla? – ouvi uma voz que eu conhecia muito bem.

– Mahone...

– O que faz aqui?

– Pensei que as notícias já tinham atingido Miami inteira, mas pelo visto não.... – sorri em sua direção, mas tratei de responder sua pergunta – Eu vou casar e vim escolher um terno.

– Bom... então somos dois, também vou casar.

– Quem é a coitada? – ele me olhou indignado – Desculpe, mas pra casar com você a mulher tem que ter algum problema...

– Quem é sua noiva? A conheço?

– Você beijou-a uma vez... – falei lembrando aquele dia a anos atrás – Brunna Gonçalves. E a sua?

– Laura... – seu celular toca, ele atende na hora – Oi amor, aconteceu algo? – esperou um tempo, provavelmente ouvindo  resposta – Estou indo... não se preocupe. Chego ai em alguns minutos. – e desligou – Preciso ir...

– Problemas?

– A filha dela caiu, parece que quebrou o braço e ela não está bem pra dirigir até o hospital. Vou indo, tchau Ludmilla... – e saiu antes que eu pudesse falar.

Permaneci lá, ainda em busca de um terno que me deixasse a altura de minha noiva.

Brunna pov.

– Sai logo desse provador Brunna... – ouvi DJ reclamar – Esse vestido ai não deve ser tão difícil de usar.

– Ele tá um pouco apertado.

– Com essa bunda aí é difícil não estar... – falou enquanto eu saia do provador e ia em frente ao espelho.

– Não na bunda DJ... na barriga, acho que eu engordei um pouco desde a última prova de vestido.

– Eu acho que isso aí é outra coisa...

– Tipo o que? – pedi me analisando.

– A quanto tempo foi a sua última transa?

– Algumas semanas...

– E sua menstruação?

– Minha menstruação tá... – porra... não – Atrasada mais de uma semana...

– Na minha opinião... você tá grávida.

– Mas não tem como... sempre usamos camisinha.

– Furada talvez...

– Droga... e agora? – pedi frustrada.

– Primeiro você vai fazer o teste pra ter certeza e depois você conta pra ela...

– Ela não vai gostar de saber disso... não planejamos nada que envolvesse outro bebê! – eu estava desesperada, o que eu ia fazer?

– Ela não vai gostar?! Sério? – gargalhou – Mila... ela vai amar saber disso!

– Como sabe?

– A Ludmilla faz teste de fertilidade todo santo ano desde a adolescência... vários médicos disseram que ela era infértil e os outros falaram que ela teria no máximo um filho. – fiquei surpresa com a notícia – E agora você está grávida do segundo filho dela... como acha que ela vai reagir?

– Não sei...

– Ela vai ficar feliz porra! – disse um pouco mais alto – Esse bebezinho aí mostra que todos os médicos que ela foi estavam errados!

– Eu vou marcar uma consulta...

– Vou junto com você. – concordei.

(...)

– Srta. Gonçalves... entre por favor. – disse abrindo passagem para mim e Dayane.

– Desculpe a consulta de última hora, eu precisava tirar uma dúvida.

– Que seria? – a médica pediu simpática.

– Minha amiga e eu achamos que estou grávida... quero saber se é verdade...

– Claro... vou querer que faça um exame de sangue, tudo bem? – concordei – Ótimo, se quiser fazer o exame hoje... temos um horário livre e peço que eles acelerem o resultado.

– Isso me ajudaria muito, obrigada...

(...)

– Seu exame está pronto... – ouvi a médica dizer – quer abrir aqui ou levar para casa?

– Aqui. – ela logo me entregou o papel do exame. Meu olho bateu logo na resposta – Possitivo, duas semanas de gravidez...

– Eu sabia bunduda! – DJ comemorou ao meu lado – Eu vou ser titia... – falava – Você tem que contar pra ela.

– E vou... no dia do casamento.

– Uma surpresa? – concordei – Ela vai surtar com essa notícia... surtar de felicidade claro.

– Vamos pra casa... ainda tenho que escrever meus votos.

– Vamos... eu vou ser tia! Dá pra acreditar? – comemorou pulando enquanto andava.

– Sou eu que devia estar assim feliz... eu vou ser mãe pela primeira vez! – começei a pular junto com ela, o que causou olhares estranhos em nossa direção.

Colegial - Brumilla Onde histórias criam vida. Descubra agora