Velório

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Brunna pov.

– Ela morreu Bru – DJ falou triste.

– Ela quem DJ? – pedi preocupada, não sabia do que ela tava falando.

– A Halsey... ontem o filho da Lud nasceu e ela não aguentou... ela...

– Mas o bebê?

– Ele tá bem, – sorriu fraco – ele é tão lindo Brunna, é uma verdadeira cópia da Ludconda. – sorriu de novo mas logo fechou a cara – O velório é hoje a tarde, vá, não pela Halsey, nem pela Lud, vá pelo filho dela.

– Não vou DJ, a Ludmilla já deixou bem claro pra mim que ela não me quer mais na vida dela.

– Okay... – falou calma – vá se quiser, ninguém aqui vai te obrigar a nada. Já vou indo Brunna, tenho que arrumar algumas coisas.

– Tchau DJ.

Depois que ela saiu da minha casa eu fiquei pensando, será que eu vou? Melhor não, tem uma grande chance da Ludmilla me expulsar desse velório. Mas é pelo bebê e não por ela... quer saber, eu vou!

A Júlia me mandou o local onde seria, eu não vou no velório, vou no enterro. Me arrumei com uma roupa preta básica.

Cheguei no cemitério e já avistei um amontoado de pessoas, vi a Júlia e fui em sua direção

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Cheguei no cemitério e já avistei um amontoado de pessoas, vi a Júlia e fui em sua direção.

Do outro lado, de frente pra mim estava a Ludmilla com um pequeno bebezinho no colo, deve ser o filho dela. Ela tinha lágrimas nos olhos mas tentava esconder.

– Ju, como que foi? – pedi calma e baixo, me referindo de como tinha sido na igreja.

– Tenso, a Ludmilla não deixou ninguém pegar o Enzo... em nenhum momento ela demonstrou tristeza. Agora que ela chegou ela tá assim, – falou triste – mas não deixou ninguém pegar o pequeno ainda.

– Entendi. – foi a única coisa que consegui dizer.

No mesmo momento a Ludmilla olhou em minha direção, fez um sinal com a cabeça para que eu fosse até ela enquanto ela caminhava pra longe das pessoas.

– O que você faz aqui? Não deveria ter vindo! – falou baixo mas grosseira.

– Eu vim pra prestar minhas condolências.

– Brunna conta outra vai, você deve estar adorando isso aqui!

– Eu odeio enterro Ludmilla! – falei um pouco alto. O que fez o pequeno Enzo acordar e começar a chorar.

– Viu o que fez! – falou chacoalhando o pequeno, mas não funcionava – Brunna, vá em bora... se você ainda sente algo por mim, nem que seja raiva, vá em bora.

– Não vou! – falei séria – Eu posso tentar? – apontei em direção ao bebê que ainda chorava, ela negou – Eu não vou fazer nada.

– Okay... – colocou o pequeno em meus braços.

Chacoalhei ele bem devagar, balançando-o. Aos poucos ele foi se acalmando, parou o choro e em pouco tempo dormiu em meus braços.

– Consegui fazê-lo dormir, Lud. – falei sorrindo e olhando pra Lud – Ele é parecido com você, até a cor dos olhos é igual.

– Nem tinha reparado... – sorriu se aproximando.

Dayane pov.

– Amor... olha! – Júlia apontou pra um lugar onde Ludmilla e Brunna estavam.

– Pelo que parece elas estão se dando bem – sorri com o que via.

Ludmilla estava próxima de Brunna, ambas sorrindo e olhando pro Enzo, que por incrível que pareça estava nos braços da Brunna e não da Ludmilla.

– Acho que podemos colocar meu plano em prática... – sorri pra mim mesma e dei um pequeno beijo na testa de minha mulher.

O enterro foi bem tranquilo, em parte. Ludmilla estava ao lado dos antigos sogros e de cabeça baixa. Brunna estava mais afastada, com Enzo nos braços enquanto ele dormia. Quando tudo acabou fui até a Ludmilla.

– Ludmilla, eu e a Júlia estamos indo embora. – concordou – Podemos levar o Enzo, ele deve estar bem cansadinho e não é muito bom ele ficar em um ambiente como esse.

– Tudo bem, pode levar... mas cuida bem do meu filho! – ameaçou com um sorrisinho – Mais tarde eu passo lá pra busca-lo.

– Okay – sorri – não vai se despedir do seu filho? – Apontei na direção da Brunna que ainda estava com ele nos braços.

– Vou sim.

Caminhamos lado a lado em uma conversa tranquila. Chegamos perto, a Ludmilla se despediu com um selinho na cabeça do pequeno e falou algo em espanhol.

– Te quiero mucho, mi hijo. (Te amo muito, meu filho.) Dayane, cuida dele pra mim tá. – concordei e ela saiu de perto.

– Acho que também já vou... – Brunna falou querendo me entregar o pequeno.

– Você veio de carro? – negou – Uber? – acentiu – Eu e a Julia podemos dar uma carona... pode ir na nosso apartamento.

– Não sei DJ...

– Não precisa ficar muito tempo... e o Enzo tá gostando do seu colo, você não vai querer acordar ele agora, vai?

– Tá bom Dayane, eu vou, só vou ficar até a Ludmilla chegar. – concordei – Vamos.

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