38 - O mais importante a cada um

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Itachi, muito a contragosto por parte de Sasuke, decidiu voltar ao Japão depois de ter conversado com Madara, e ele estar ciente de sua relação com o mais novo, porque queria falar pessoalmente com Fugaku, para resolver todas as questões entre os dois, e assim ter a chance de seguir sua vida da maneira que achasse mais confortável.

Sasuke não gostou de como aquilo estava parecendo porque não confiava em Fugaku, mas precisou acreditar em Itachi para não correr o risco de ficar maluco, pensando que lhe aconteceria algo horrível e traumático. Mesmo porque, já seria independente das escolhas do irmão, pois a partir de o momento em que não estivesse de acordo com Fugaku, ele tentaria se impor.

Ambos sabiam que uma conversa decisiva entre pai e filho não poderia render um resultado tão promissor por conta das decisões de Itachi, mas não se podia negar que os últimos vinte e oito anos do primogênito foram voltados para atingir os objetivos que Fugaku tinha estabelecido, e agora ele precisava viver e seguir seu próprio caminho.

Por fim, Madara e Sasuke ficaram sozinhos em casa novamente. Ou deveria ser assim, se ele o mais velho não cobrasse a presença de Kaoru todos os dias, querendo arrancar ela de vez do banco desde que descobriu que estava grávida.

- E eu achando que você ia me arrancar da sua vida. - Ela só apareceu ali na parte da tarde, após deixar o expediente mais cedo. - Surtiu o efeito contrário.

- Você sempre me chamou de frio e chato.

- E de velho. - Ela ainda se ajeitava em seu abraço quando Madara a xingou. - Não pode esquecer.

- Como se não tivesse você para lembrar.

Eles seguiram ao segundo andar, com uma pausa para Kaoru lavar as mãos. Sasuke estava trabalhando naquele dia, então ainda teria um tempo considerável antes de chegar em casa, depois de ter conseguido as folgas extras, mas ao menos o tio estava bem. E ver Madara longe do hospital estava sendo como um ótimo alento para os corações de ambos.

- Como está se sentindo? - Ela foi direto para o guarda-roupa, buscando alguma coisa para vestir que não estivesse estado na rua, então trocou o vestido por uma blusa e calça de tecido mais solto para não apertar a barriga. - Ainda muito cansado?

- Só um pouco, vai ficando mais fácil conforme o tempo passa. Estou mais preocupado com você.

Ela se virou depois de trocar de roupa, caminhando até a cama.

- Só preciso usar roupas mais soltas na barriga senão parece que o enjôo é pior. Mas fora isso estou bem. Um pouco sonolenta.

O último mês rendeu visitas à obstetra, que confirmaram os passados dois meses. Seu corpo não tinha mudado em nada, mas a percepção da gravidez era mais sensível do que o visual - ao menos por enquanto -, então a sensação era diferente. Quando começasse a crescer aí sim o impacto seria maior.

- E vai continuar no banco os nove meses? - Eles se deitaram, e apesar de Madara ter dito que não queria ficar no quarto vendo a vida passar, às vezes era confortável viver esse lado tranquilo de seu afastamento.

- Se estiver tudo bem, sim. Eu já fiz alguns exames, e tenho tomado o suplemento que ela pediu, e estamos bem até agora. Isso te incomoda?

Madara negou.

- Eu não gostaria de te ver tão estressada por conta dos velhos engomadinhos, mas se você estiver bem também não vejo problema.

- Ah. - Ela sorriu, se sentindo bem por estar ali junto com ele jogando conversa fora e flertando como só os dois sabiam fazer. - Eu tenho me sentido um pouco diferente agora com o bebê, então me livrar dos velhos já foi a prioridade. Agora posso me dar a alguns luxos.

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