20 - "Eu sinto... Que tenho um irmão..."

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Oie, tudo bom?

Gente, só passando aqui rapidinho para explicar algumas coisas. Basicamente eu reparti Separate ways em três fases. A primeira foi a apresentação de todos eles, para que vocês pudessem entender suas vidas e relacionamentos, e a morte da Mikoto - infelizmente.

Agora, a partir desse capítulo nós começamos a segunda fase da história, com acontecimentos que vão dar alguns passos na aproximação do Ita e do Sasu. Essa fase é delicada, porque algo muito sério vai acontecer, mas enfim, não vou dar spoiler.

E depois vem a última parte, que vai ser o desenvolvimento do relacionamento deles, até o final da história. Okay? Só para situar vocês.

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Madara e Sasuke deixaram o Japão duas semanas após a morte de Mikoto.

Eles passaram todos os dias na casa de Itachi após o fatídico acontecido, e o primogênito voltou a trabalhar mais ou menos uma semana depois. Ele e Fugaku não conversaram de início, por estranhamento e a delicadeza da situação, mas a convivência retornou aos poucos. Itachi não pretendia ignorar o pai, mas suas questões pessoais estavam amenizadas pela dor da perda, e ele não conseguia deixar de se preocupar. Fugaku agora morava sozinho, e o primogênito não tinha condições de lidar com outra perda naquele momento.

Mas não havia intimidade suficiente para conversas amenas. Itachi apenas queria que o pai ficasse bem, e assim eles poderiam seguir.

De qualquer maneira, o mais velho se sentiu um pouco solitário quando Madara e Sasuke foram embora, porque seu apartamento, antes tão marcado por suas presenças, agora estava mais uma vez sendo ocupado apenas pelo próprio Itachi, o que foi bastante solitário no começo. E a saudade passou a se instalar novamente em seu coração, influenciada pela morte da mãe como um todo.

Ainda assim, houve um momento de lucidez que o fez pensar sobre em como tinha ganhado em poder rever o irmão. Antes da volta, Itachi não sabia nada sobre Sasuke, apenas esperava que tivesse uma vida tranquila e fosse feliz. Agora, havia o conhecimento, e ele tinha ficado tão orgulhoso das conquistas de Sasuke, que se sentiu menos solitário.

E envolto por várias questões acerca da distância que os separava. Eram dois mundos distintos, duas vidas tão diferentes, que sequer pareciam fazer parte da mesma família. E a convivência, quando agradável, gerava a saudade que se podia esperar. Mas naquele momento era mais difícil, pela situação inteira.

E dentro de seus mecanismos de autodefesa, Itachi queria, primeiramente, se adaptar a sua nova realidade, absorvendo aos poucos as novas diferenças, e só depois viver sua nova vida, com a ausência da mãe, e a aproximação de Sasuke e Madara.

Quer dizer, nunca houve um problema com o tio, mas o afastamento se tornou natural pela distância – e o fuso horário horrendo -, e pouco se soube de ambos os lados. Agora ele esperava que fosse possível uma aproximação, e que não ficassem separados mais uma vez por doze anos.

Bom, antes de qualquer coisa, Itachi não sabia direito o que esperar da própria relação com o irmão, mas se sentia menos confuso, talvez o conhecimento fosse o que ele precisava para não ficar maluco com a quantidade de pensamentos que o perturbava anteriormente, quando estava perdendo a mãe, e já tinha certeza de que tinha perdido o irmão.

Seu pequeno tinha se tornado médico, e agora a última lembrança que Itachi tinha não era mais daquela face chorosa e triste indo embora, mas sim do homem seguro que Sasuke havia se tornado. Se dependesse de si, não o perderia mais, nem mesmo para a distância.

...

Sasuke acordou de um cochilo não muito longo, se deparando com Madara assistindo um filme. Os monitores acoplados aos assentos dos aviões não eram tão grandes, mas a qualidade era boa, apesar de o catálogo parecer mais escasso do que água no deserto. As comédias românticas não eram o forte de Madara, e a sessão policial não tinha uma quantidade grande de títulos, mas ele conseguiu achar alguma coisa com algum tipo de potencial.

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