capítulo 14

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                             Anna

Depois que terminamos de almoçar, ficamos ali conversando e o Gm teve um leve surto quando eu disse que tava morando aqui agora.

Contei a mentira que havia contado pra Isa e o Filipe ficou quieto só escutando, eu sei que sou uma ótima atriz.

Escutamos um grito vindo da rua e então nos levantamos assustados e corremos pra fora.

- Eita porra- Isabella diz vendo um cara com o braço todo ensaguentado sendo carregado por outro cara.

- QUE PORRA É ESSA?- Filipe grita e os dois olham pra ele.

- A gente tava treinando tiro, eu fui atirar e ele apareceu na frente do nada.

- Eu ia pegar a porra do alvo que tinha caído no chão- o que levou um tiro diz com a voz falhada.

- Só pode ser palhaçada isso- ele ri nervoso e passa a mão pelo cabelo.

Eu me aproximo do rapaz que me olha e dou uma olhada no braço dele.

- Eu faço curso de enfermagem, posso dar uma olhada?

- Lógico, fica a vontade- sorri pervertido e eu fecho a cara.

- A gente pode entrar com ele? Eu posso fazer um curativo- pergunto pro Filipe que para um pouco pra pensar e logo manda os dois entrarem.

- Preciso de uma caixa de primeiro socorros- digo e logo o dono do bar aparece com uma caixa.

Eu coloco ela em cima da mesa e olho pro cara que tá sentado no cadeira ao lado.

Eu pego uma tesoura que estava na caixa e corto a blusa dele.

Coloco uma cadeira ao lado e me sento.

Depois que colocou a luva, abro um pouco seu corte e vejo que a bala está alojada.

- A bala ainda está aqui, não atravessou, então acho melhor você pegar algo forte pra beber, não temos anestesia.

- Tu sabe o que tá fazendo?

- Já fiz em vários bonecos.

- Mas eu sou humano.

- Da na mesma, agora relaxa.

- Tem como não, moça- diz assustado e eu dou risada.

- Alguém da algo forte pra ele beber.

Logo o amigo dele aparece com um copo de bebida na mão e ele da um gole.

- Vai com tudo, morena.

Eu dou risada e pego uma pinça.

- Quantos anos você tem?- pergunto enquanto procuro a bala.

- Tenho 22 e tu?

- Tenho 23.

- 1 ano de diferença só, até que vai.

Eu dou risada e consigo encontrar a bala.

- Tu não faz meu tipo- seguro a bala com a pinça.

- Qual teu tipo?

Olho um pouco pra ele e logo volto a fazer o que estava fazendo. Cara besta.

Eu puxo a bala com e mostro pra ele.

- Pensa bem antes de entrar na frente de uma pessoa com arma na mão.

Coloco a bala num potinho e pego a linha com a agulha.

- vai dar ponto?

- Vou, vai doer, se prepara.

Ele da mais um gole e eu coloco o fio na agulha.

𝗣𝗮𝗴𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗩𝗮𝗹𝗶𝗼𝘀𝗼•• 𝗙𝗶𝗹𝗶𝗽𝗲 𝗥𝗲𝘁Onde histórias criam vida. Descubra agora