𝗣𝗮𝗴𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗩𝗮𝗹𝗶𝗼𝘀𝗼•• 𝗙𝗶𝗹𝗶𝗽𝗲 𝗥𝗲𝘁

capítulo 35

Anna

Eu não acredito que estou viva depois de tudo isso que passei, sério mesmo.

Sim, eu estou viva! Não sou um fantasma que veio do além.

A última coisa que eu me lembro de três anos atrás foi da sala sendo invadida por vários homens, eu estava lá com a Isabella e eu falei alguma coisa e acabei levando uma pancada na cabeça.

Dormir por não sei quantas horas, só me lembro de ter acordado dentro de um jatinho com vários homens mau encarados me olhando.

Fiquei com muito medo e fingi dormir de novo.

Na verdade eu só fechava meus olhos e rezava pra nada acontecer comigo.

Acho que eles pensaram que eu estava realmente dormindo, já que me carregavam pra vários lugares, do jatinho pro carro, do carro pra outro carro e então fui deitada em uma cama nada confortável, onde acabei realmente dormindo.

Me lembro de ter acordado com uma voz de mulher me chamando.

Quando abri meus olhos vi uma loira na minha frente, ela era minha colega de quarto, aí eu descobrir que estávamos em uma casa de prostituição.

Eu fui vendida pra prostituição.

Sabe o pior? A casa era de um dos mafiosos mais procurados no mundo.

Lembro que chorei por horas seguidas.

Eu saí de uma favela, onde vivia com o chefe de lá e fui parar numa casa de prostituição que é comandada por um mafioso.

Minha cabeça tava no Brasil o tempo inteiro, pensava se a Isabella tinha escapado daquela, mas eu me confortava em saber que ela era irmã do Filipe, com certeza ele iria salvar ela.

Bom, naquela noite eu tive que me vestir com uma lingerie muito vulgar, calçar um salto de 15 centímetros e passar muita maquiagem no rosto, minha vontade não era nem de sair do quarto, mas ou era aquilo, ou eu morria.

Eu tive que descer aquelas escadas segurando litros de lágrimas que queriam descer pelos meus olhos.

O pior foi encarar aqueles homens ridículos me encarando como se eu fosse um pedaço de carne.

Mas tudo naquela noite estava predestinado...

Eu tive que dançar em cima da mesa pra uns caras, mas do nada uma movimentação gigantesca fez eu prender minha atenção lá.

Desci da mesa as preças e fui até lá onde vi um senhor de idade passando mal, logo eu me toquei que ele estava tento um infarto e ninguém tava sabendo como fazer aquilo.

Eu me aproximei pra ajudar mas um cara me afastou, eu juntei todo o inglês que aprendi durante toda a minha vida e expliquei que era enfermeira e expliquei pelo que ele estava passando.

Eles continuavam não me deixando passar e tratando o senhor da forma totalmente errada, até que um homem todo bonitão, vestido de terno e um chapéu na cabeça aparece todo preocupado.

Eles falavam italiano, então eu consegui entender que ele chamou o senhor de pai.

Eu novamente, em inglês, repeti tudo que havia falado antes, ele me olhou por um tempo e então concordou em me deixar a ajudar o senhor.

Eu fiz todos os procedimentos que havia aprendido em casos de infarto e me aliviei quando o senhor se recuperou e então foi levado para o hospital.

Naquele noite eu fui liberada pra ir me deitar mais cedo, eu fui dormir um pouco aliviada, mas com medo do que viria pela frente.