capítulo 41

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Anna

Enquanto o Theo fica lá embaixo comendo com os meninos, eu com as meninas subimos até o quarto do Gm.

Elas me contam as fofocas doa últimos anos, o que aconteceu na vida delas e as decepções amorosas que tiveram.

Minhas amigas sem decepções amorosas não são ninguém.

Elas me contam também como ficaram quando descobriram da minha falsa morte.

A Isa passou por uma barra, ficou com depressão e demorou muito pra conseguir viver o luto.

Mas agora tá fazendo medicina.

Fico feliz pra caramba por ela.

Não queria que as pessoas sofressem tanto assim por algo que foi tudo mentira, mas pelo menos eu sei quem realmente gostava de mim.

Depois de mais um tempo conversando com elas, nós descemos lá pra baixo e vamos até a área onde os caras tão reunidos.

Mas eu não acredito no que vejo.

Simplesmente o Theo, sem camisa, com vários cordões de ouro no pescoço, um boné e um óculos estranho.

O pior de tudo é que ele tá adorando essa farra.

- Fudeu- Paulinho diz quando me vê e eu cruzo os braços.

- É impressionante isso, né? Saí por uns minutos e encontro meu filho nesse estado- aponto pra ele que começou a fazer uma dancinha estranha.

Eu vou até o Theo e tiro as coisas que ele tava usando.

- Estraga prazer, credo- Th diz e eu mostro o dedo pra ele.

- Mamãe- faz um biquinho.

- Nem vem, garoto, vamos embora, né? Já deu a hora.

- Fica mais um pouco, pô- Filipe diz e eu dou de ombros.

Sinceramente? Não sei como vai sair daqui pra frente, eu não quero ficar subindo o morro todo os dias, mas eu sei que o Filipe vai querer ver o filho sempre.

Eu não quero vir morar aqui no morro de jeito nenhum, não quero que meu filho cresça com medo e insegurança igual a várias crianças daqui vivem.

Não é ser chata nem nada, é só meu instinto materno que fala mais alto que tudo.

- Tem alguma coisa pra comer nessa casa? Tô morrendo de fome- digo me levantando.

- Fantasma come?- Paulinho diz e eu faço uma careta.

- Quem vai virar fantasma daqui a pouco é tu se continuar assim.

- É que é difícil, eu te vi morta.

- Não era eu, caralho!

- Calalho- Theo me imita e o pessoal da risada.

- Th é brabo- Gm diz e eu levanto uma sobrancelha.

- pô Anna, nem pre escolher outro nome, né? O vulgo dele vai ser Th, igual o meu- Th diz e eu bato no braço dele.

- E quem disse que meu filho precisa de vulgo?

- Todos precisam- Gm completa e eu reviro os olhos.

- Vem aqui, Anna, tem comida- Isabella me chama e eu quase corro até lá.

- Esfomeada- alguém grita mas eu nem dou bola.

Faz um tempão que eu não como churrasco, a comida lá do hotel são aquelas que não enchem a barriga direito.

𝗣𝗮𝗴𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗩𝗮𝗹𝗶𝗼𝘀𝗼•• 𝗙𝗶𝗹𝗶𝗽𝗲 𝗥𝗲𝘁Onde histórias criam vida. Descubra agora