capítulo 15

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                             Filipe

Anna não imagina o quanto me deixa maluco, na verdade eu acho que ela imagina sim, por isso faz questão de provocar.

Eu fiquei excitado até vendo ela fazendo o curativo de um dos meus vapores que levou um tiro.

Mas isso já já passa, eu tenho todas as mulheres que quero aos meus pés, ela só é carne nova no pedaço.

- Hum, deixa eu passar o negócio no seu cabelo- me afasta dela e eu fecho a cara.

- Depois a gente passa.

- Agora, por favor.

Reviro os olhos e concordo com a cabeça.

- então faz logo essa porra, vou esperar lá na varanda.

Ela sorri e sai pulando até o banheiro.

Eu pego um baseado, vou até a varanda e me sento em uma cadeira enquanto olho pro mar lá embaixo, por sorte a vista que eu tenho daqui é maravilhosa.

- Preparado?- aparece toda animada com um potinho na mão.

- Lógico que não, mas vai em frente.

- Apaga esse cigarro, eu odeio esse cheiro.

- Vou apagar nada não, se reclamar eu vou procurar um cabeleireiro pra fazer isso.

- Seu chato.

Não digo mais nada e então ela passa o pente pelo meu cabelo e depois que coloca uma luva, começa a passar o produto pelo meu cabelo.

- Vai devagar fia, tá querendo arrancar meu coro cabeludo?

- Não, quero arrancar seu cérebro.

- Mó violenta, credo.

Ela continua passando enquanto eu fumo, meu coro cabeludo começa a arder pra caralho.

- Tá ardendo, Anna.

- Arde mesmo meu filho, aguenta aí.

- Da outra vez que eu fiz isso não ardeu.

- É porque essa água é mais forte.

Depois que ela termina de passar, eu continuo sentado aqui, ela disse que tem que esperar 40 minutos.

- Vou lá passar na Isabella agora, não é pra tirar ainda, em.

- Ela vai pintar também? Nem fudendo.

- É do em duas mechas, relaxa aí.

Sem deixar eu dizer mais nada, ela sai do quarto e bate a porta.

É cada coisa que aparece na minha vida, viu.

Fico mechendo no celular e respondendo algumas pessoas, várias mensagens das piranhas querendo me dar, como não sou bobo nem nada, marco de encontrar uma depois do jogo.

Se o flamengo perder eu tenho onde descontar minha raiva.

....

Passo a toalha no meu cabelo e olho no espelho.

Caralho.

Tô gostoso pra porra, papo reto!

Aproveito e tiro uma foto.

- Sai logo daí, eu quero ver- a morena bate na porta e eu dou risada.

Como eu tinha que tirar os bagulho do meu cabelo, aproveitei e tomei um banho.

Abro a porta e ela fica me encarando.

- Nevou- diz e eu olho confuso pra ela.

- Qual é? Vai dizer que você não sabe a brincadeira do nevou?

Nego com a cabeça e ela bufa.

- Quando uma pessoa pinta o cabelo de branco, assim como o seu tá, aí costumam dizer que é a onda do nevou.

Eu dou risada e ela faz uma careta.

- Sou uma ótima cabeleireira, fala aí- se gaba.

- Deu pro gasto.- dou de ombros.

- ANNA ESTRELLA!- Isabella grita e a morena me encara assustada.

Estrella?

- Se o cabelo dela virar borracha a culpa não é minha!- levanta a mão em forma de rendição.

Isabella invade o quarto e da uns gritos.

O cabelo dela tá com duas mechas descoloridas.

Ficou legal.

- Eu amei muito isso, sério!- diz toda animada e pula em cima da morena.

- Oi couve flor- diz e passa a mão no meu cabelo.

- Eu juro que se você não fosse a minha irmã, já tava morta faz tempo.

- Mas eu sou sua irmã, chore no banho.

- Vou é sair daqui, o ar tá tóxico- digo indo até a mesinha e pegando minhas coisas.

Elas ficam lá tagarelando e a Isabella me xinga. Tu ligou? Eu não.

Saio de casa e monto na moto, tenho que passar na boca pra ver como tá as coisas pra mais tarde.

𝗣𝗮𝗴𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗩𝗮𝗹𝗶𝗼𝘀𝗼•• 𝗙𝗶𝗹𝗶𝗽𝗲 𝗥𝗲𝘁Onde histórias criam vida. Descubra agora