capítulo 28

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Filipe


O dia tá quase amanhecendo e o baile ainda tá rolando.

Geral tá bêbado e eu não fico muito longe disso, chapadão pra caralho.

- Lembra aonde eu estacionei meu unicórnio?- Gm pergunta pra mim e o pessoal que tá perto da gente ri.

- Acho que foi lá na entrada da quadra- Th responde sério.

- Vou sair daqui porque acho que isso é contagioso- digo negando com a cabeça e me levanto indo até a grade.

Olho lá pra baixo procurando a Anna com a Isabella que saíram pra levar os amigos delas até a entrada do morro.

Os cara mete o louco no baile, nem parece que é lá do asfalto.

Primeiro meu olhar bate no da Isabella que tá num canto conversando com um cara, e depois eu vejo a Anna se agarrando com o cara que eu mandei lá pra dar em cima dela.

Ele nem é daqui, por isso achei bom.

Ninguém aqui em sã consciência chegaria nela.

Meu sangue ferve pra caralho, a vagabunda rendeu rapidinho pra ele sem se preocupar com nada.

- Ei- chamo um vapor e ele se aproxima- vai até aqueles dois ali- aponto pra eles que pararam de se beijar agora- pega a morena e leva ela pra fora da quadra, eu já chego lá.

- Ainda- diz e se afasta.

Fico observando e olho pra Isabella que saiu junto do cara.

Era pra eu ficar puto, mas deixei passar, é melhor assim pra ela não bancar de salvadora.

Logo meu vapor chega até os dois e pega a Anna pelo braço, ela tenta se soltar mas como ele é mais forte, não consegue.

Olho pro cara que apenas da de ombros e bebe a bebida do seu copo.

As pessoas vão abrindo espaço pro meu segurança passar e observam a cena.

A Anna já parou de tentar se soltar e tá andando normal. Poxa vida, logo agora que eu tava me divertindo com a cena dela se debatendo toda.

- O que aconteceu?- Ph pergunta vendo eles saírem da quadra.

- Coisa minha, tô metendo o pé- amasso a latinha na mão e jogo no chão.

- Se liga em, não vai fazer merda.

- Eu sei muito bem o que faço da minha vida- bato no ombro dele e me afasto sem falar com ninguém.

Desço do camarote e passo ignorando todo mundo.

Logo vejo ela lá no canto junto com o meu vapor.

Passo a mão no meu cabelo e ando tranquilamente até lá.

- Pode ir- digo pra ele.

- Já é- faz um toque comigo e se afasta.

- O que você quer? Enlouqueceu?- pergunta toda bolada e eu pego a chave da minha moto no bolso.

Seguro no braço dela sem colocar muita força e caminho até minha moto.

- Você vai subir nessa moto e vai ficar quietinha até a gente chegar em casa, entendeu? Se resolver surtar eu surto mais ainda, mas garanto que tu não vai gostar de nada- digo olhando em seus olhos e ela apenas concorda com a cabeça.

Subo na moto e faço sinal pra ela subir na garupa.

- Você é um babaca!- diz antes de subir.

Ligo a moto e dou risada quando ela se segura forte na minha cintura.

𝗣𝗮𝗴𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗩𝗮𝗹𝗶𝗼𝘀𝗼•• 𝗙𝗶𝗹𝗶𝗽𝗲 𝗥𝗲𝘁Onde histórias criam vida. Descubra agora