capítulo 50

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Filipe

Só tenho gente incompetente trabalhando pra mim, namoral.

O idiota do Paulinho acabou de mandar quase 1 quilo de cocaína pros ares, literalmente.

A gente tava separando ela na mesa pra colocar no pino.

Mas o filho da puta inventou de ligar o ventilador porque tava muito calor.

Não deu tempo de impedir, quando a gente foi ver ele já tinha ligado.

A cocaína saiu voando.

A metade foi na cara do Th que tá até agora tirando.

- Eu juro que vou pagar tudo, mas só tenho que arrumar alguém que esteja querendo comprar um rim.

- Quem vai comprar teu rim? Ninguém é louco- Gm fala e eu dou risada, mas logo fecho a cara lembrando do prejuízo.

- Três missões sem receber- digo e ele me encara.

- Pô chefe, em três missões em consigo muito mais que isso.

- Eu sei, mas é isso ou eu te mato.

- Vai me matar nada, sou jovem e bonito pra morrer agora.

Como ficar sem dar risada com esse cara? Vai tomar no cu.

- Cara, eu juro que vou te matar, te cortar em pedaços e jogar no rio- Th diz enquanto passa água no rosto- entrou muita cocaína no meu nariz, eu vou ter uma overdose e morrer, tô me sentindo chapado já.

Paulinho começa a rir e o Th arremessa um tablete de maconha nele.

Por que eu não tenho pessoas normais trabalhando pra mim? Vai tomar no cu irmão.

- Parem de brincadeira e trabalhem logo nesse caralho, Paulinho pode sair e manda outro vir aqui no teu lugar.

- Se fudeu otário- Th zoa ele.

- Tu também, Th, rala daqui e vai pra tua casa, tu já não é normal, imagina como vai ficar agora depois de entrar isso tudo de droga pelo teu nariz.

Eles resmungam e saem enquanto discutem, mas antes o Paulinho tropeça no próprio pé e cai levando o Th junto com ele pro chão.

Tentei segurar mas não deu, começo a rir pra caralho junto com os outros.

Esses caras são bandidos mesmo?

Eles se levantam de novo e saem.

Depois que os dois chegam pra ficar no lugar deles, eu anoto algumas coisas e fico vendo eles trabalharem.

- Vou sair pra resolver umas coisas, Gm fica ligado aí e depois que terminarem anota tudo certinho quantos deu- entrego o caderno pra ele.

- Já é.

- Fé pra nóis- digo e eles respondem.

Saio da salinha e meu rádio faz um barulho, pego ele e respondo.

- Aí chefe, só pra avisar que a tua irmã saiu junto com a Anna e um moleque- o vapor que fica lá em frente da minha casa fala e eu posso ouvir a voz da Isabella chamando ele de fofoqueiro e logo o grito do Theo.

- O que rolou aí?- pergunto preocupado.

- O moleque tava andando sozinho e olhando pra trás, acabou tropeçando num degrau e caiu, mas já tá bem.

Solto um riso e nego com a cabeça, só podia ser ele mesmo.

- Valeu aí, fica ligado em tudo.

- Já é.

𝗣𝗮𝗴𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗩𝗮𝗹𝗶𝗼𝘀𝗼•• 𝗙𝗶𝗹𝗶𝗽𝗲 𝗥𝗲𝘁Onde histórias criam vida. Descubra agora