capítulo 27

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Anna

Ainda bem que eu ainda tenho um pouco de amor a vida, caso contrário tinha voado no pescoço do Filipe e o enforcado até ver seu último suspiro.

Claro que antes disso ele teria dado um tiro na minha testa.

Já vi gente falando merda, mas ele caga pela boca.

Depois que ele saiu, eu e a Isabella nos jogamos no sofá extremamente irritadas.

- Desculpa aí, mas seu irmão é um escroto nojento.

- Eu sei disso, infelizmente ele cresceu ouvindo esses tipos de comentários, o que infelizmente é o que mais ocorre no mundo em que vivemos, ele acha que é normal, sei lá.

Antes que eu fale algo, meu celular toca e eu vejo o nome do Lucca no visor.

Saudade do meu garoto.

- Fala tu- digo.

- Cara, eu tô aqui na entrada do morro com as meninas faz uns 10 minutos mas não deixam a gente subir, faz alguma coisa antes que a Gisele pule no pescoço de um desses seguranças e a gente leve um tiro.

Como a chamada tava no viva voz, a Isa se aproxima de mim e quase grita pro celular.

- Aguarda aí que a gente já chega pra pegar vocês.

- Vem logo- ele diz antes de encerrar a chamada.

- Vamos resgatar nossos amigos antes que a Gisele pinscher morda a perna de alguém.

Eu dou uma gargalhada alta pela primeira vez no dia e ela pega a chave do carro em cima da mesinha.

...

Chegamos na entrada do morro e de longe já vejo as três pessoinhas que eu tanto amo barrados pelos vapores.

Eu e a Isabella descemos do carro e então eles tentam vir até a gente, mas são impedidos.

- Aí meu filho, pode liberar- a Isabella diz pra um deles.

- Chefe não deu ordem- responde.

- Mas eu já deixei ele avisado, pode passar rádio se quiser, mas saiba que hoje o chefe de vocês tá com a macaca e se interromperem ele só pra perguntar algo que já está autorizado, não vai dar bom.

Os caras que estavam parados ali se olham e então fazem um sinal para que os três passem.

Eles vem até a gente e eu pulo no colo do Lucca.

- Oi, pequena- beija a minha testa- tá tudo bem?

- Tudo sim, e você?

- tô ótimo.

Depois que eu comprimento a Gisele e a Karol, nós entramos no carro e eu vou dirigindo até achar uma vaga pra estacionar perto da quadra. O que foi difícil.

Saio do carro junto com eles e resolvo deixar minha bolsa pra trás, só peguei meu celular e coloquei dinheiro atrás da capinha.

Quem nunca usou a capinha como carteira?

Agarro o Lucca pela cintura e ele passa o braço em volta do meu pescoço.

Amo demais esse garoto.

- Ainda não entendi essa história de você ter vindo morar aqui, sua historinha não colou comigo não, Anna- fala no meu ouvido.

É sempre difícil mentir pra ele.

O cara me conhece mais que eu própria me conheço.

Se duvidar ele sabe de coisas da minha vida que nem eu sei.

𝗣𝗮𝗴𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗩𝗮𝗹𝗶𝗼𝘀𝗼•• 𝗙𝗶𝗹𝗶𝗽𝗲 𝗥𝗲𝘁Onde histórias criam vida. Descubra agora