capítulo 31

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Isabella


Quando eu cheguei em casa a Anna estava sentada no sofa e mexendo no celular.

Eu fico triste pra caramba de ver o Filipe tratando ela desse jeito.

Eu conheço meu irmão desde sempre, ele é muito egoísta em relação a algumas coisas, sempre gostou de mandar em todo mundo, controlar as pessoas. Não é atoa que ele tá no comando do morro.

Mas comigo ele sabe que isso não funciona.

Eu só vi meu irmão apaixonado uma vez na vida, e ele não saiu muito bem disso, foi praticamente abandonado pela mulher, desde então ele se fechou pra qualquer tipo de relacionamento sério.

Mas eu vejo que a Anna faz os olhos dele brilharem de uma maneira diferente, ele quer se fazer de bravo e tudo mais, mas eu sei que ele se amarra quando ela enfrenta ele e não abaixa a cabeça como a maioria das pessoas fazem.

Ainda acho que esses dois vão casar, ter um filho e um cachorro.

Mas pra isso o Filipe tem que parar de ser desse jeito.

Os dois já passaram por muitas coisas ruins na vida, ambos tem traumas e feridas que não foram curadas, talvez eles se ajudem nisso.

- Oi amiga, faz tempo que tá aí?- A Anna pergunta.

- Um tempinho, eu esperei o Filipe acordar pra então sair.

- Ele tá bem?- pergunta.

- Tá, ja até foi matar o cara que atirou nele.

Eu me sento no sofá e logo escutamos um barulho muito alto vindo da cozinha.

- O que foi isso?- pergunto um pouco assustada e logo a sala é invadida por vários homens vestidos, mascarados e armados.

- Olha só, que sorte a nossa encontrar as duas aqui juntinhas- um deles diz e se aproxima.

- O que vocês querem?- a Anna pergunta não deixando seu nervosismo aparecer.

- Amarrem elas- o mesmo homem ordena e logo outros dois se aproximam de mim com a Anna que tenta se levantar e leva uma coronhada, desmaiando em seguida.

- Ela não vai servir muito, mas você vai- o desgraçado diz enquanto passa a mão pelo meu rosto.

Eu resolvo não dizer nada e ficar na minha, o Filipe sempre me disse pra eu não tentar bancar a espertinha em casos como esse, porque se não iria sair machucada.

- Boa garota- um dos caras diz e puxa meu braço para trás, amarrando minhas mãos.

- Deixem ela aí, por favor- olho pra Anna que está desmaiada.

- Não, ela vai servir pra outras coisas.

Eu sinto meus olhos marejados e luto pra não chorar, eu não quero que nada aconteça com ela, nada mesmo!

- Por favor, ela não tem nada a ver com isso, se vocês querem atingir meu irmão, levem só eu, deixem ela aí.

O cara da um tapa no meu rosto e eu deixo as lágrimas rolarem.

Eles colocam uma fita na minha boca me impedindo totalmente de falar.

Logo um deles faz a mesma coisa com a Anna e pega ela no colo também.

O cara que meu deu o tapa me tira do sofá com total agressividade e sai me arrastando pra fora onde eu vejo vários seguranças que ficavam aqui fazendo a cuidando da casa caídos no chão.

Ele começam me arrastar a força e eu tento gritar, mas não consigo.

Entramos na parte de trás do morro e passamos pelo meio do mato.

𝗣𝗮𝗴𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗩𝗮𝗹𝗶𝗼𝘀𝗼•• 𝗙𝗶𝗹𝗶𝗽𝗲 𝗥𝗲𝘁Onde histórias criam vida. Descubra agora