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Enquanto a jovem Aolani rumava em direção a sua casa,para finalmente desfrutar da presença e das carícias de seu amado tritão, alguém andava imponente pelos corredores da C.E.M:
-Alguma boa notícia?-Perguntou,se voltando para uma de suas subordinadas mais leais.
-Sinto muito... não conseguimos encontrar outra cobaia...
-Incompetente. Nem sei por que aínda trabalha para mim...-A voz atingiu-a como uma foice mortífera, causando um buraco em no peito dela.
-Sinto muito...-Ela sussurrou, abaixando os olhos.
-Cale a boca! Sentir não colocará nenhum daqueles monstros em minha rede. Agora saia e veja como vai conseguir trazer alguma cobaia para mim.-Foi a última coisa que ela ouviu, antes de praticamente correr para seguir a ordem.
🌼 Aolani 🌼
Suspirei, olhando por todo o guarda roupa a procura de algo para vestir:
-Aolani, vamos!!!! Eu quero comer!!!!!!!!!!-Cian berrou,do outro lado da porta.
-Ah,qual é? Eu só estou aqui a uma hora!!-Berrei de volta, cruzando os braços.
-Eu tô com fome!!-Ele gritou novamente. Revirei os olhos, pegando um vestido branco, que sempre usava quando não sabia o que vestir:
-Até que enfim...-Cian começou,mas logo parou de falar,me fitando de cima a baixo, parando em minhas pernas.-Está bonita.-Ele disse por fim,fixando seus olhos nos meus. Aquela paz que eu tanto sentia ao olhar para o oceano em suas íris,deu lugar a um sentimento diferente... ardente e fogaz.
Cian sorriu, colocando as duas mãos no meu rosto:-As sereias de toda a minha tribo têm uma beleza sobrenatural. Elas afundam um navio inteiro, só por olhar para o capitão,se elas quiserem...mas você... você Aolani...tem o esplendor do sol. Você afundaria 100 navios, só de ouvirem seu nome.-Ele afirmou, ainda sorrindo.
-Nossa... ninguém nunca tinha me dito isso, Cian...-Senti minhas bochechas queimarem. Ele gargalhou, beijando minha testa logo em seguida.
Saímos em direção a garagem, então, peguei minha moto, entregando o capacete novinho que eu havia comprado para ele:
-Coloque na cabeça,assim.-Falei, mostrando a ele como fazer. Cian assentiu, colocando o capacete. Gesticulei para que ele subisse na moto,e assim ele o fez, desajeitadamente. Não pude evitar uma gargalhada fraca, que o fez dar um sorriso tímido.
Acelerei a moto, vendo Cian me espremer entre os braços, enquanto arregalava os olhos. O pavor dele aumentava a cada arranque da moto. Gargalhei mais ainda, fazendo-o corar como uma beterraba:-Está tudo bem, fique calmo!-Afirmei ainda rindo,o que não ajudou muito, já que Cian me apertou mais ao ver que a moto estava andando.
Chegamos ao meu restaurante de frutos do mar predileto,Cian estava quase desmaiando por conta do primeiro passeio de moto. Realmente achei que ele fosse desmaiar. Segurei a mão dele,irrompendo restaurante a dentro com um enorme sorriso. Os olhos do meu acompanhante brilharam como se estivessem cobertos de faíscas.
Sorri para ele, levantando-o com carinho até uma das mesas. A paisagem do Sea's club sempre foi de tirar o fôlego,mas, aparentemente, estava ainda melhor.
Um enorme e luminoso aquário abrigava peixes de diversas cores, tamanhos e espécies no centro do restaurante. As paredes azuis, foram pintadas de forma que lembrasse o fundo do mar, assim como o piso. Cian observou cada centímetro do lugar com um sorriso incrivelmente maravilhoso, fazendo com que um suspiro saísse entre meus lábios. "Como pude chegar a esse ponto? Um amor tão avtudo que ele faz?" Pensei, ainda o observando. Me assustei quando o garçom se aproximou,me fazendo parar de "viajar na maionese":
-Boa noite. Já querem fazer o pedido?-O homem perguntou, com um sorriso amigável.
-Eu quero aqueles!-Cian afirmou sorrindo enquanto apontava para o aquário. Arregalei os olhos, rindo nervosamente.
-Anh.. aqueles não estão a venda, senhor.-O homem disse, ainda sorrindo.
-Ah,ele só está brincando.-Tentei disfarçar, ainda nervosa até os ossos.
-Ah... claro...-Cian praticamente sussurrou, envergonhado.
Acabei por pedir enroladinho de camarão para mim e uma enorme lagosta para meu acompanhante curioso, que fez uma expressão de puro prazer a cada mordida que dava,na verdade,ele comeu como um verdadeiro selvagem. Até pedi para que ele usasse os talheres, porém ele ignorou o que eu disse como se eu é que estivesse comendo errado. Apenas suspirei, dando de ombros.
Na volta para casa,Cian pareceu um pouco mais tranquilo do que na ida para o restaurante, apesar de ainda respirar um pouco pesadamente,pelo menos já não estava mais me espremendo entre os braços.
Estavamos passando pela praia, já estava bem escuro, porém a lua iluminava o céu de uma forma incrível:-Aolani?-Cian praticamente sussurrou em meu ouvido.-Vamos nadar um pouco?-Mesmo não podendo olhar para ele por estar pilotando,pude sentir a empolgação em sua voz.
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Cian
FantasyO que existe nas águas profundas do mar? Você pode afirmar,sem que haja medo em seu coração? O fato é que nunca estamos preparados quando o desconhecido se torna parte do dia a dia e as lendas são mais reais que o ato de respirar. "Àqueles malditos...