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DULCE MARIA
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Na manhã seguinte aproveitei que estávamos só eu e minha mãe na cozinha, e acabei contando do meu encontro com Stefani. Ontem com Erick aqui não conseguimos conversar, a reação dela foi surpreendente.
(...)
— eu te disse, lembra? Lembra que te falei: filha, um dia quem sabe vocês não se resolvem...
— mas não achei que iriamos conversar só seis anos depois, e assim, do nada.
— você está tendo a oportunidade de se reaproximar, de fazer as coisas direito. Com ele eu não sei, mas com ela foi bem claro. Ao ponto dela precisar de você.
— talvez pra ela tenha sido humilhante precisar de alguém que ela jurou não querer ver mais em sua frente.
— isso quando vocês eram duas adolescentes rebeldes, porque não era só você a maluquinha, vamos ser francas...
— é, mas mesmo que possa culpar minha imaturidade, sempre será algo que ela não gosta de lembrar. Anahi me disse que Alfonso conhece Christopher, e por isso ela sabia quem era a filha dele, mas me disse que eles não se falam muito. Ela só não sabia o motivo, eu contei depois...
— Se eles não se falam, talvez não seja só por causa do que ocorreu com você. Lembra que naquela época ela já era mais agarrada com a mãe mesmo né?
— sim, eu me lembro.
— então, acho que vocês podem construir uma amizade nova, algo mais maduro... o destino está dando um empurrãozinho em vocês. — ela sorri.
— eu espero que sim, sempre torci para o bem dela. Pela sua felicidade.
— E ela por você. Antes disso tudo, claro. Mas enfim, eu vou acordar a Livia, pode tomar seu café da manhã tranquila.
— tá bom.
(...)
Estávamos na sala de reuniões conversando sobre um artigo que será publicado na próxima edição da revista, quando alguém bate na porta.
— eu abro. — Jean diz se levantando.
— com licença, desculpe o atraso. — era Christopher de novo? O que ele faz aqui?! Não estamos falando nada sobre o processo da revista, ele não teria que estar nessa reunião.
— Fique a vontade, — Joana responde. — Anahi me disse que você está entrando na equipe, fico feliz pela colaboração.
— Entrando para a equipe? — pergunto sem entender e todos me encaram.
— Agora ele é oficialmente da revista Manhattan. Alan pediu para contrata-lo, estará à frente de toda a parte burocrática. — Christopher sorri.
— Mas... quem fazia isso não era o Antônio? — eu estava indignada por saber que teria que vê-lo todo dia!
— o Antônio está de férias, e agora terá a ajuda de Christopher, sozinho estava muito desgastante. Foi o que ele disse, e a empresa precisa de um representante experiente na área trabalhista, você está vendo o perrengue que estamos enfrentando.
— bom... então, seja bem vindo. — digo sempre graça.
— obrigado. — ele responde. Todos me encaravam, parecia que só eu não estava sabendo de nada, e minha reação mostrou como não gostei nada nada.
Quando sai da sala de reuniões eu estava cuspindo fogo, teria que saber conversar com Anahi. Mas que merda, ela sabe que eu queria distância dele, contei tudo que aconteceu no passado! Que droga.
Joana me encontrou no elevador e veio perguntar porque eu reagi daquela forma.
(...)
— Dulce você não me pareceu nada contente com a vinda do novo advogado. Qual o problema agora?
— Problema?! Nenhum... só sou a última a saber de tudo na empresa, e eu dou o sangue para manter isso daqui de pé.
— Você estava ocupada ontem, quando ele se reuniu com a diretoria. Fomos notificados assim que ele saiu da sala. Mas... enfim, você devia se mostrar mais feliz pelas pessoas.
— Joana, você não tem que me dizer o que fazer, ok? Eu estou cheia de problemas para resolver, a cabeça a mil, tenho mais o que fazer do que ficar irritadinha com a troca de algum funcionário ou sei lá o que.
— é o que você diz, mas não é o que está parecendo. O que me faz crer que talvez esteja com uma quedinha por ele e não queira demonstrar, porque é gato mesmo, mas tem idade para ser seu pai.
— cala a boca sua doida! — saio xingando do elevador e Sabrina me encara.
— o que houve agora?
— essa doida está me irritando, estou tendo um dia daqueles e ela está conseguindo piorar tudo.
— já sei o que tirou a sua paz. Eu soube agora pouco. Como não estava na reunião só me contaram agora.. Aí amiga, você tem que se resolver com esse cara, já não basta vê-lo todos os dias e lembrar do ranço.
— eu sei.. o pior é que o ranço está ficando evidente, preciso disfarçar.
— mas é só ranço mesmo? Acho que não em...
— claro que é! Tem que ser. — digo em voz baixa.
— e laiá... cuidado amiga, sério, balançou uma vez pode balançar de novo.
— não posso, e não devo. Se agora sei que aparentemente Stefani me tratou bem, tenho que reconquistar a amizade dela, e isso afastaria de vez!
— Eu não vou dizer o que penso, você claramente não aceitaria bem. — ela riu — mas enfim, te desejo sorte com a presença do papai Uckermann. — reviro os olhos e sigo para minha sala.
Mais tarde fui a sala de Anahi, precisava saber de onde veio essa ideia maluca de colocar meu ex turbulento na empresa.
(...)
— Anahi.. — digo entrando séria.
— Já sei o que vai me dizer... e lamento. Mas foram exigências do Alan, sabe com ele é.
— Mas que merda, eu não vou conseguir superar esse homem nunca? — digo irritada.
— Achei que já tinha superado amiga. Que só não gostava de falar sobre. — ela toma seu café me encarando.
— Eu... superei... mas me refiro a... ficar em paz sabe? — aí que nervo.
— Desculpa amiga, sério. Mas a empresa precisa de alguém experiente como ele, quando sairmos desse sufoco eu penso em demiti-lo. Mas até lá você terá que aguentá-lo, por favor, seja profissional, isso eu sei que você é, por isso está em um bom cargo aqui dentro. — aquilo foi basicamente um puxão de orelha, acho que ela tem razão, preciso mais do que nunca, ser profissional. E tratá-lo como um funcionário qualquer. Acho que o problema deve estar na minha mente pelo jeito. Ele até agora só foi educado, e profissional, eu tenho que ser mais ainda do que ele, pois eu mudei!
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Dulce indignada ou balançada mesmo? Kkk me digam o que vocês acham!
Votem e comentem ❣️
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No Sigilo • Segunda Temporada | Vondy
RomanceCONCLUÍDA || Los Angeles, ano 2029. ||SEGUNDA TEMPORADA|| O tempo passou e com ele Dulce Maria precisou se adaptar as consequências de inúmeras atitudes impensadas da sua fase mais rebelde. Além de sua realidade como mãe, a chegada do emprego dos s...