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DULCE MARIA
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Uma semana depois...
Estava na casa de Christopher, especificamente na cozinha fazendo um almoço para mim nós três. Levei Livia para lá e ficamos papeando, brincando. E colocou uma música e ficamos nos divertindo enquanto eu preparava nosso almoço.
Meu celular apitou, e eu não pude ver o que era. Continuei mexendo o risoto e Christopher se aproximou para me ajudar com as mensagens que não paravam de chegar.
— Parece importante. — ele diz.
— Vê quem é por favor.. — digo.
— É... a Stefani. — o tom de voz dele muda na hora.
— Eu.. vou ver o que é, pode monitorar o caldo do risoto para mim?
— claro, eu cuido disso. — ele sorri de lado e eu caminho até seu quarto para ouvir seus áudios.
Stefani: Mensagem de Voz 🎤 (0:20)
"Dulce, se não estiver muito ocupada esse fim de semana, pode me acompanhar em um evento? É que o Luke diz que você entende de cosméticos e vou precisar de umas ideias."
Dulce Maria: Mensagem de Voz 🎤 (0:18)
"Oi, eu... posso sim. Quando vai ser? Eu prometi que estaria com Christopher mas dependendo do horário eu vou um pouco mais tarde."
Stefani: Mensagem de Voz 🎤 (0:10)
"Será amanhã às duas horas da tarde, eu já reservei seu convite na esperança de você aceitar... obrigada por isso. "
Dulce Maria: Mensagem de Voz 🎤 (0:08)
"Imagina, amanhã a gente se vê. Depois você me passa o endereço por mensagem.."
Stefani: Mensagem de Voz 🎤 (0:03)
"Tá bom, beijo."
Retornei para cozinha e Christopher não disse nada. Assumi as panelas novamente e comecei a refletir sobre a situação dele com a filha.
Até quando será assim? Como eles conseguem sustentar essa ausência na vida um do outro? Se ela foi capaz de me perdoar, eu que sou amiga, como ela não sente vontade de conviver com o pai?
E ele porque não tentou concertar as coisas antes?
Almoçamos tranquilamente, assistimos um filme. Livia pegou no sono e a deixei deitada na cama de Christopher.
Voltei a me sentar ao seu lado, e o celular dele ficou.
— Só um segundo. — ele diz pegando o aparelho.
— Alô? Sim, sou eu mesmo... Poxa vida que ótima notícia. Claro, ainda estou precisando. Muito obrigado pela oportunidade. Eu vou... te dar um retorno. Ainda essa semana? Ok... eu prometo. Desde já obrigado, muito obrigado. Tchau... — Você não vai acreditar! — ele se senta empolgado.
— O que amor?
— Surgiu uma ótima oportunidade de emprego. É uma empresa que fica no México, parece que Roger um conhecido meu, conseguiu fazer contato com um conhecido dele, que simplesmente adorou meu currículo. Eu sinceramente nem esperava que eles me dariam um retorno.
— Espera... uma empresa do México esta querendo te contratar?
— Sim! — ele sorri.
— Mas que ótimo amor. Muito legal... e... você já sabe se vai aceitar? — o encaro.
— como assim? Amor eu não tenho escolha, tenho que ir.. — ele sorri como se fosse óbvio — aqui está complicado. Você sabe... mesmo que eu ainda tenha meus clientes de sempre, representar grandes empresas me dão um espaço melhor. E claro, o salário é infinitamente maior.
— tudo bem.. mas... você vai para outro país... isso é... muito sério. Precisa ter certeza do que está fazendo e querendo pra você.
— Eu infelizmente não posso pensar muito. Tenho apenas essa semana para responder. É o tempo do funcionário terminar de cumprir o aviso prévio.
— Então.. como pretende?
— Como pretende o quê?
— eu.. você... ficaremos longe?
— Por mim não... pelo que me foi dito, o salário será ótimo, da para nos manter até que você encontre algo em sua área.
— Mas... eu não pretendo sair da Manhattan. Aprendi tudo que sei lá, é minha segunda casa.
— Dulce, você não precisa da empresa. A empresa precisa de você. Você pode facilmente arrumar outro emprego. Mas pelo visto não quer.
— Não estava em meus planos.. eu sempre gostei de lá.. mesmo que tenha o lado negativo. — digo.
— pelo visto você gosta mesmo. Não pensou nem por um minuto em abrir mão daquilo para viver comigo.
— não diga isso... eu só... não estava apta a tomar uma decisão como essa. Lutei muito por esse cargo, por empresa, se eu sair não posso voltar, e nem conseguirei também. — respondo chateada.
— tudo bem... fica tranquila. No momento é uma decisão só minha. E depois você se decide se vai comigo ou não. Se preferir mantemos uma relação a distância.
— a distância? Amor eu não disse nada disso.
— Dulce, eu só comentei de uma oportunidade incrível de emprego. Você já se mostrou contra minha ida. Sabendo que tenho poucas escolhas, e ainda insinua que vamos terminar. Porque pensa comigo, se não vamos namorar a distância, e não vamos morar juntos, qual outro destino você vê para nós? — ficamos em silêncio.
— chega, não tem porque falarmos sobre isso agora, não assim... pense melhor sobre essa vaga, e se aparecer algo melhor você estuda outra possibilidade.
— ok..
Foi um assunto delicado naquele momento. Christopher tem razão quando diz que não tem escolha, mas será que é esse o nosso destino? Não posso abandonar minha vida aqui, não posso levar minha filha para um país estranho sem mais nem menos. Erick iria surtar com isso tudo!
Eu sinceramente estou torcendo para que outra empresa o procure antes dele dar a resposta que eles precisam. E que de preferência seja de nossa região.
Depois daquele diálogo, Livia acordou e fomos para casa. Christopher e eu ficamos mais calados depois de um assunto tão sério. Minha pequena queria brincar de jogo de palavras no carro e até ela percebeu que o clima estava ruim. Era um assunto difícil de ter. Mas era necessário.
Eu decidi que não iriei falar sobre isso com ele. Até que ele se resolva e veja o que é melhor para si mesmo. Só espero que esse melhor inclua nós dois juntos, não há futuro sem ele em minha vida. Isso já é mais que óbvio. Christopher retomou para minha vida e não pode sair outra vez, não sei como e nem porque, mas outra aprovação está tentando nos separar, mas isso não vai acontecer!
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Aguenta coração, a fic vai encerrar nos próximos dias. Como será que vai terminar essa história de amor com tantas reviravoltas? 🤭
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No Sigilo • Segunda Temporada | Vondy
RomanceCONCLUÍDA || Los Angeles, ano 2029. ||SEGUNDA TEMPORADA|| O tempo passou e com ele Dulce Maria precisou se adaptar as consequências de inúmeras atitudes impensadas da sua fase mais rebelde. Além de sua realidade como mãe, a chegada do emprego dos s...