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DULCE MARIA
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(...)
— Dulce, não esperava que fosse me dizer isso... sério. Agora que não estou entendendo meu pai!
— Eu... senti que ele me amava, senti que me queria tanto quanto ele. Esses tempos trabalhando na mesma empresa só me fizeram ter mais certeza disso. Eu nunca esqueci ele, mesmo sabendo o quanto isso me magoou e o quanto foi conturbado o que vivemos. Mas estou tão chateada com essas atitudes dele, não consigo acreditar.
— Não sei o que te dizer. Eu não o conheço mais. Não temos nenhum tipo de relação. Ele... ele me feriu muito, mas... se hoje ele mudou com você, e te faz feliz, é o que importa.
— Ele.. me faz feliz, mas será que está sendo totalmente sincero? E porque ele não me contou?
— Talvez ele também se envergonhe disso. Mas sei lá, conversa com ele. Pergunte as coisas do passado pra ver se ele conta, e aí ele precisará ser sincero.
— Mas... aí eu digo a ele que você me contou tudo?
— Se ele não contar, sim.
— Tá.. nossa, eu... tô confusa demais com esses relatos. Isso mexeu demais comigo. — abaixo a cabeça.
— Me desculpe, mas você precisava saber.. Ainda mais agora que estão namorando. É estranho, mas hoje eu não ligo, se você namora meu pai ou não... até porque eu mal o vejo.
— Devo ficar feliz ouvindo isso?
— Deve, claro. Eu entendo que você deve amá-lo muito, ainda mais depois desses cinco anos.
— São seis anos. — a corrijo — eu não o esqueci em nenhum momento, queria, mas não consegui. Por isso até que nem me relacionei sério com ninguém.
— E Eu levei um tempo até conhecer Luke. Foi difícil, mas hoje vale a pena. — sorrio para ela e continuamos nosso papo.
Dali em diante a conversa foi até mais leve, que maravilha. Saber mais dela, do seu passado. Exceto pelas atrocidades que Christopher cometeu com a filha.
Depois do nosso encontro de velhas amigas, eu fui para casa, não comentei nada com minha mãe, e apenas fui dormir.
Eu estava bem cansada, o dia foi puxado, e para piorar eu ainda precisava digerir tudo que conversamos e tudo que eu teria que conversar com Christopher.
Deitada na cama eu pensei, pensei, pensei até apagar. Resolvi que vou conversar abertamente com Christopher sobre isso, e falar sobre nossa reaproximação. Ele com certeza se sentirá mal novamente, tudo que envolva a filha o deixa assim.
No dia seguinte...
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CHRISTOPHER
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Quinta feira era um dos piores dias da semana. Eu tinha um milhão de coisas para fazer, e ainda não era sexta, droga. Estava louco para relaxar um pouco mais com minha Maria.
Ela não faz ideia do bem que me faz. Nesses últimos tempos, os momentos com ela tem me preenchido tanto! A tempos que eu não me vejo tão bem. Sua energia, seu carinho, são tudo que eu precisava em minha vida pacata.
Lembro-me que antes de conhecê-la, eu era tão perdido. Ficava com várias, me deitada com todas as mulheres possíveis. E sequer fui capaz de reparar nela de cara. Só quando ela voltou sua atenção maliciosa a mim. Assim era impossível não reparar aquela jovem menina ardente.
As vezes me culpo por não ter sido alguém melhor para ela, mas vendo por outro lado, naquele momento nenhum dos dois tinha nada de melhor a oferecer.
Eu não sei o que aconteceria se hoje ela soubesse tudo que passei nesse período sozinho. Tudo o que eu causei de fato.
Refleti muito sobre isso e quanto resolvia minha vida a frente daquele computador. Ouvi alguém bater na porta e pensei ser Antônio, com algumas informações que eu pedi, mas não, era ela.
— Posso entrar? — ela pergunta.
— Claro. — me levanto e ela abre a porta. — que bom que veio, eu precisava me desligar um pouco daquele computador. — sorrio me aproximando.
— Ah mas você não vai fazer o que eu imagino, vai? — ela me encara desconfiada.
— como assim?
— Christopher, estamos sendo observados nessa empresa, estou dizendo. — ela me encara seria.
— não acho que estão tão preocupados assim com o que fazemos aqui dentro. — dou de ombros.
— pois deveria! Aqui temos inimigos, vai por mim.
— ok... — suspiro — então porque lhe devo a honra da visitinha?
— Eu... vim dizer que... quero sair pra jantar amanhã. O que acha?
— Acho ótimo. Mas pensei que iríamos na casa do Alfonso. Estava marcado.
— Eu queria conversar com você um pouco, fora da empresa e dessa pressão de trabalho. Não podemos ir outro dia?
— Ah, não sei... ele queria que fôssemos para inaugurar a reforma da área de lazer por lá.
— teremos outras oportunidades! É serio que esta me descartando? — ela me fita.
— não, não.. — rio. — se quer jantar só nós dois, então nós vamos. Eu sempre fiz as sua vontades e não pretendo interromper esse ciclo. — sorrio pra ela.
— fala como se eu o controlasse. — ela arregala os olhos.
— ei... foi um elogio.. eu adoro ser dominado por você. — mordo o lábio.
— hum... então guarda essa luxúria toda para amanhã à noite, prometo que vamos ter muito tempo.
— ok! — suspiro. — vamos fazer um lanche juntos?
— vamos.
Aproveitei que estava no horário de intervalo e sai com ela. Para fazermos uma pausa. Eu vi quando Dulce olhou torto para Joana que estava de pé conversando com Anahí.
Dulce me deu um cutucão só dizendo para não olharmos para a cobra. Segundo ela a cobra é Joana. Eu nunca vou entender a criatividade das mulheres! Desde que entrei aqui, nunca vi ela fazendo nada de absurdo, com certeza é só inveja pela beleza de minha linda namorada.
Passamos direto para o elevador e Dulce suspirou.
(...)
— eu não gosto dessa mulher, sinto que ela ainda vai tentar me tirar daqui.
— e eu tenho certeza que ela não vai. Chega disso amor, que bobagem. — a encaro.
— vocês homens são tão atrasados. O dia que você perceber vai ser tarde, mas eu tenho meus motivos para não gostar dela.
— ela me acha bonito? É isso? — rio.
— que? Você se acha mesmo em? — só pela cor que ela ficou, eu ja imagino que tem a ver com isso sim.
••••••
Joana vai aprontar, só digo isso 🤭
Ontem me esqueci de postar esse capítulo, simplesmente fui dormir e só me lembrei hoje. 🤡
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No Sigilo • Segunda Temporada | Vondy
RomansaCONCLUÍDA || Los Angeles, ano 2029. ||SEGUNDA TEMPORADA|| O tempo passou e com ele Dulce Maria precisou se adaptar as consequências de inúmeras atitudes impensadas da sua fase mais rebelde. Além de sua realidade como mãe, a chegada do emprego dos s...