"Talvez eu tenha acabado com a violência. Talvez com amor, faça sentido"
Tristam - Violence...
Ainda não sei se tomei a decisão certa em ter escutado o Thomas e aceitado conversar com o Lucas. Estou agora sentado em um banco esperando-o, e o Thomas está em outro mais adiante. Minhas mãos estão suando, minha perna direita não para de tremer. É incontrolável.
- Adam? - escuto uma voz masculina chamar meu nome. Era o Lucas se aproximando e se sentando no banco onde eu estava logo em seguida. - Obrigado por aceitar falar comigo. - Não pronuncio uma palavra sequer.
Retiro o celular do bolso, abro a galeria e coloco no vídeo que gravei mais cedo. Estendo a mão em sua direção e ele observa calmamente. Não esboça reação alguma, apenas assiste as imagens sem se pronunciar ou tentar pegar o celular de minha mão.
- Você sabe que isso pode te complicar, certo? - digo.
- Sim, eu sei. - Ele responde.
- Eu posso decidir o seu futuro agora, e eu não tenho bons motivos para decidir por você. - Falo em tom ameaçador.
- Eu também sei disso. - Novamente ele responde apenas em concordância. - Se você está esperando que eu implore para que você não o faça, sinto dizer que está esperando atoa. Por mim tudo bem se você quiser, talvez eu mereça isso mesmo.
- Está tentando usar da psicologia reversa comigo? - questiono.
- Não mesmo. Mas eu realmente espero que se você fizer, me dê depois ao menos uma oportunidade de me explicar e pedir perdão.
- Essa é sua chance então, faça bom uso dela. - Bloqueio o celular e guardo novamente no bolso.
- Eu fui um tolo com você. E sinto muito por isso. - Lucas começa a falar, ao ouvir seu pedido de desculpas um sorriso amargo surge em meu rosto.
- Isso é o melhor que você pode fazer? - digo.
- Não estou tentando te impressionar, apenas falar toda a verdade. - Dou de ombros. - Eu não sabia do que aconteceu em sua festa, mas eu sei que foi culpa minha, por isso te peço perdão. - Ele começa a se explicar novamente. - Havia entrado em uma aposta boba de amigos com o Caio. Quem conseguisse um encontro primeiro teria dois meses de atividades feitas pelo outro. Isso soa muito ridículo quando falo em voz alta e me envergonho amargamente. - Ele passa a mão nos cabelos e respira fundo. - Foi aí que esbarrei em você, e então vi uma oportunidade. Te chamei para sair e você aceitou. Não tinha intenção nenhuma de me envolver com você, seria um encontro totalmente despretensioso. Acontece que acabei gostando e me envolvendo. Adam, você é um ser humano incrível e uma ótima companhia.
- Então você fez tudo aquilo por uma aposta idiota? - pergunto incrédulo.
- Óbvio que não. - Responde instantaneamente. - A princípio era por isso, mas eu gostei de sair com você, gostei de me sentir feliz como não me sentia a muito tempo. E o caio não gostou nada disso, por isso planejou tudo que aconteceu na sua festa. Adam, o Caio se declarou para mim após isso e eu não conseguia acreditar que ele tinha sido capaz de fazer aquilo tudo. Eu te juro que tudo que tive com você a partir do dia em que saímos juntos foi verdadeiro, e eu não tinha intenção de te magoar tanto. Eu também sei que isso não isenta do meu erro. Eu escolhi entrar nesse jogo com ele a princípio, e tudo se tornou incontrolável depois.
As palavras do Lucas estavam entrando na minha cabeça e fazendo uma bagunça. Tudo que eu imaginava ou acreditava que havia acontecido não era real. Não participar da minha humilhação não o isenta da culpa. Eu nunca gostei do Caio, eu sentia isso desde o primeiro momento em que eu o vi, mas não imaginava que ele seria capaz de tamanha crueldade apenas por ciúmes.
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enquanto houver razões (romance gay)
Любовные романы"Algumas vezes somos colocados diante situações difíceis que nos farão ter de escolher entre a razão e a emoção. Por sorte eu escolhi a opção certa e não vou abrir mão da minha escolha. Eu sou o Adam, não o Adam que costumava ser, sou um novo Adam...