Capítulo 1: fifteen

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"Eu não sabia quem eu deveria ser aos quinze anos."
Taylor Swift - Fifteen

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• Fevereiro de 2018

O despertador toca logo cedo. Enfio minha cabeça entre o travesseiro e a cama. Não consigo acreditar que amanheceu tão rápido. Levanto-me da cama e vou cambaleando para o banheiro esfregando os olhos. Paro em frente ao espelho e encaro meu rosto.

– Bom dia, Adam. – Falo soltando um pequeno sorriso em tom de deboche.

Apesar de ser inseguro com minha aparência, gosto dos meus cabelos castanhos ondulados, que caem até minha sobrancelha e de meus olhos cor de mel, quase amarelos as vezes, acho que essa é minha marca. Tenho dezessete anos e para minha idade me considero um adolescente muito calmo, mas tenho um espírito alegre. Sou um rapaz jovem como todos os outros, sem muitos talentos, apenas mais um cara comum que estuda o terceiro ano do ensino médio. Moro com minha mãe e minha irmã. Meu pai faleceu quando eu tinha apenas treze anos. Ele era uma figura importante para mim, dele eu herdei seu espírito bondoso.

Minha irmã, Melissa, tem dezenove anos e acabou de entrar na universidade de Direito. Desde a morte de nosso pai, nunca tinha presenciado ela e minha mãe em um momento de extrema felicidade. Ela optou por se dedicar aos estudos muito cedo e conseguiu ingressar em uma universidade pública. Ela, assim como eu, também tem seus olhos cor de mel e um cabelo comprido castanho, com pequenas mexam loiras. Minha mãe, Victória, tem trinta e nove anos, seus cabelos são curtos repicados e pretos. Ela tem uma Grife de roupas no centro da cidade, a Goldberg Store, que possui algumas filiais em outras regiões. Ela construiu com meu pai quando ainda éramos crianças, e só cresceu com o tempo. Sua personalidade é forte e determinada, com um coração enorme. Devido ao trabalho pesado, ela sempre sai cedo de casa.

Após fazer toda higiene matinal, visto meu uniforme, pego minha mochila e saio para escola. Quase nunca como nada pela manhã, sempre escolho ficar alguns minutinhos a mais na minha cama. A escola não fica muito distante de casa, leva em torno de quinze minutos a pé até chegar lá. Não sou o tipo de aluno que odeia a escola, pelo contrário, tomo esse tempo que tenho para estudar e ficar com meus amigos. Costumo olhar esse aspecto pelo lado bom. Receberei conhecimento e ainda de brinde tendo momentos únicos com meus amigos.

Ao chegar na escola vou direto para minha sala, e como sempre, Thomas e Amélia, meus amigos desde o quinto ano do fundamental, já estão lá. Amélia tem os cabelos pretos e pele levemente bronzeada, seus olhos são azuis, e seus cabelos compridos pretos possui um brilho de dar inveja. O Thomas tem o mais belo sorriso que eu já pude ver, seus olhos são marrons e seus cabelos pretos cacheados, curto nas laterais e os cachos da franja descendo quase até a altura dos olhos. Ele era o mais alto de nós três. Não preciso nem dizer que perto dele eu me sinto um patinho feio. A relação entre nós três sempre foi a melhor possível. Afinal, crescemos quase que grudados. Passamos por toda aquela fase complicada da infância para adolescência juntos. Eles não sabem sobre minha sexualidade, pelo menos nunca cheguei a contar, e não é medo ou falta de confiança, apenas não encontrei o momento adequado para falar com eles sobre. Apenas minha mãe e minha irmã sabem. E elas respeitaram meu espaço de apenas falar sobre com outras pessoas quando eu me sentir à vontade.

– Bom dia Adam. – diz Amélia sorrindo enquanto me aproximo deles.

De cara eu estranhei sua felicidade, julgando o fato de que ela sempre está de mau humor nas primeiras horas da manhã.

– Oi? O que eu perdi? Você sorrindo e dando bom dia às sete horas da manhã? – questiono sua atitude estranha enquanto sorrio e se sentando em seguida ao lado de sua cadeira.

enquanto houver razões (romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora