Capítulo 9
Riwon me guiou até onde o mago maldito estaria e para a minha surpresa era nos jardins do sul da mansão, mais especificamente uma parte sem vegetação só com grama e perto do muro. Assim que ele me viu, abriu um enorme sorriso.
— Então você veio, Jiminie! Que bom!— veio ao meu encontro e até mesmo tentou me abraçar, o que obviamente não permiti, desviando de si.— Que cruel...
Disse de forma infantil, fingindo estar magoado.
Sinceramente, não consigo lidar com esse cara.
— S-Senhor Jimin, irei me retirar agora...— escutei a voz tímida da bobinha atrás de mim e quando a encarei, ela corou.— S-se precisar de alguma coisa pode me chamar.
— Claro. Muito obrigado, Riwon.— lancei um sorriso doce e isso a animou muito.
Depois ela saiu correndo para dentro da casa novamente. Impressionante como um humano poderia ser tão inocente e ingênuo assim. Acho que o lugar onde ela deveria estar trabalhando não é na casa desse louco.
— Que injusto...— fui pego de surpresa por um abraço por trás do mago, que entrelaçou seus braços em volta do meu corpo, deixando seu rosto bem próximo ao meu ao encostar seu queixo em meu ombro.— Você trata ela tão bem. Porque não é assim comigo?
— Não me toque, seu palhaço!— dei uma cotovelada em seu estômago, conseguindo fazê-lo me soltar e me afastando de si.
— Nossa, tão forte.— debochou, fingindo dor no lugar onde bati. Pensei que tinha dado um golpe forte, mas parece que ele não sentiu nada.— Você me trata como um inseto, Jiminie. Isso não é legal.
Fez biquinho, cruzando os braços.
Mas que cara desagradável.
E obviamente tratava Riwon melhor porque queria engana-la, mas tenho certeza que jamais agiria assim com esse maldito.
— Porque você não para de perder tempo e me diz logo o motivo de ter me chamado?— sem paciência alguma encerrei esse assunto sem sentido.
— Mas é claro que chamei para brincarmos!— disse empolgado.
Fiquei ainda mais irritado. Sério isso? Como eu queria matar esse filho da puta...
— Vou embora.
Não disse mais nada e apenas virei para sair do mesmo lugar que aquele louco, mas acabei sendo surpreendido quando ele apareceu na minha frente. Estava estranhando de ele não usar esse truquezinho asqueroso de aparecer quando quer, mas então ele finalmente decidiu usar.
— Espera, Jiminie! Não seja assim, porque você não me escuta um pouco?— perguntou emburrado, inflando as bochechas.— É brincadeira com magia. Posso até te ensinar como lançar feitiços.
Não sei o que faz ele pensar que eu gostaria disso. Passar tempo com ele é muito desagradável para mim sabe.
Bufei, lançando um olhar raivoso. Estava irritado, até que tive uma brilhante ideia. Ele quer me ensinar magia e se eu souber desaparecer como ele faz, fugir daqui será moleza. Talvez seja uma boa aprender.
— Tá bom.— sorri de lado.— Me mostre então.
— Sabia que você ia aceitar!— disse empolgado e segurou minha mão, levando-me até mais próximo do muro. Ao chegar lá me soltou.— O primeiro feitiço vai ser de fogo. A bola de fogo é o feitiço mais básico. Se aprender, já teremos um bom caminho andado.
Apenas assenti, prestando atenção no que ele fazia. Mirou suas mãos na direção do muro e quando menos esperava, surgiu um círculo mágico brilhante no ar e dele saiu uma grande bola de fogo que quando atingiu o muro, o destruiu. Fiquei completamente em choque.
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Ulin
RomanceJimin era um Ulin, uma raça que era caçada pelos humanos por causa de seus belos olhos vermelhos como um rubi e por seu sangue que ao ser ingerido podia curar qualquer doença. Por esse fato, ele foi preso e passou um longo período sofrendo como escr...