Garotinha

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- Não faço a mínima, para ser sincera

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- Não faço a mínima, para ser sincera. - Respondi a pergunta dele - Então é aqui que você mora? - Olhei o escritório onde estávamos. Na verdade, apenas deduzi que aquilo era um escritório. O local não era tão bem cuidado, tinha uma mesa com a cadeira típica de chefe de empresa. Uma mesa redonda no meio do local, com varias cadeiras e também havia uma mesa de canto, lotada de garrafas com bebida alcoólica.

- Nesse pub podre? Não, eu moro em uma casa, como qualquer outra pessoa - Ele respondeu, voltando a ter minha atenção. Nate sentou-se em uma cadeira e apoiou os pés em cima da mesa, ele pegou um celular no bolso da calça e começou a mexer nele.

Quando éramos mais jovens, esse homem não era tão atraente como se mostrava ser agora. August desde novo, nunca foi um homem de confiança no sentido amoroso, e arrastava Nate para esse caminho. Nate, diferente do meu irmão, não andava com garotas agarradas em seu pescoço toda hora, pelo menos, não que eu visse.

Gostaria de entender como saiu de um típico garotinho nerd, para isso que estou vendo diante dos meus olhos. Sei que esse dom da bandidagem, ele herdou da sua família, que sempre comandou essas coisas por aqui. Mas parece que o garoto mudou do dia pra noite, para um homem assim... Branquinho, cabeça raspada, tatuagem pelo pescoço, mãos, braços...

- Me informaram sobre sua ida ao meu trabalho, a minha procura - Comecei a falar, pois meus pensamentos já estavam indo por outro caminho. Ainda não me acostumei em ser uma mulher comprometida... Ele bloqueou a tela do celular e colocou em cima da sua coxa, e eu voltei a ter a atenção dos seus olhos - Posso saber o motivo?

- Não - Ele respondeu e cruzou os braços. Ah mas ele vai contar sim, nem que eu tenha que obriga-lo.

- Não? - Perguntei. Nate arrumou sua postura na cadeira, ficando de coluna ereta de uma forma que pareceu até ser uma indireta, para eu arrumar a minha. - Mas eu quero saber, e você vai contar - Cruzei minhas pernas e cruzei os braços também, encarando o homem em minha frente.

- Vou? - Ele perguntou e eu confirmei com a cabeça - e desde quando a senhorita manda em mim? - Revirei os olhos e levantei da cadeira, ficando em pé.

- Vou dar uma volta no seu Pub, para ver se ele está mais interessante que essa sala - Virei de costas para ele e caminhei em direção à porta - Quando August retornar, me avise

- Seu irmão mandou eu cuidar de você. E como seu cuidador, quero que continue dentro desse local que estamos - Ele falou, me fazendo olhar para ele e sorrir, achando graça daquilo. Virei-me novamente para a direção da porta - Ashley, pode olhar para mim antes de colocar a mão nessa maçaneta? - Não entendi sua pergunta, mas virei-me de frente para ele antes de me aproximar da porta. Nate estava em pé, ainda próximo a porta, apontando uma pistola para a minha direção.

Porra, estou tremendo dos pés à cabeça. Provavelmente, até minha unha do dedo mindinho está tremendo de medo nesse momento. Oque merda esse homem quer fazer apontando isso para mim?

- Ótimo. - Ele sorriu. August me deixou sozinha com um psicopata. - Lá fora está cheio de homens nojentos que adoram passar a mão e outras coisas, em garotas como você. - Ele girou a pistola em seu dedo indicador - Isso aqui em minha mão está carregada com alguns presentes para eles, quer que eu os presentei fora de data comemorativa?

Cruzei minhas mãos em frente ao corpo, continuando quieta, tendo cuidado até para respirar. Ele colocou a pistola em cima da mesa e caminhou até mim.

- Fui em sua casa para uma visita, até levei flores. Fui em seu trabalho para conhecer o ambiente, acabei sacando minha arma quando um homem tirou gracinha sobre você, quando perguntei se você estava lá. - Ele deu de ombros - Não vou mentir, eu estava bebado e drogado para caralho. E infelizmente, pensando demais em você. Pensando em como seria matar minha curiosidade desde novo, em saber seu gosto. Minha curiosidade em sentir um beijo seu. Minha curiosidade em escutar você gemer pra caralho com a boca colada aqui - Ele apontou para o próprio ouvido. Nate deu tantos passos em minha direção, e eu tantos passos para trás, na tentativa de fugir dele, que agora eu já não podia dar mais passo algum, pois estava com as costas colada na porta - Mas agora estando sóbrio, sei que eu não deveria ter curiosidade desse tipo de coisa, sobre você - Ele colocou suas mãos esparramadas na porta atrás de mim

- Nate... - Falei seu nome e apoiei minhas mãos na porta atrás de mim

- Estou apenas tirando sua dúvida. - Ele afastou-se de mim - Agora estou sóbrio o suficiente para saber que você é mulher de amigo meu e que minha paixão por você, foi algo da adolescência, apenas. - Ele caminhou de volta em direção à mesa e sentou na mesma cadeira onde estava antes dessa cena que acabou de fazer. Eu continuei quieta onde estava, assustada e sem reação alguma.

- Olha -Caminhei até ele, rapidamente e me posicionei no meio das suas pernas - Tenho dois homens que são obcecados em sentir meu gosto, então acredito que seja excelente. Beijo, bom, já distribui muitos e quem recebeu, sempre quis repetir. Sobre gemer... - Segurei seu rosto, o virando de lado e aproximei minha boca do seu ouvido - Amo... hm... - Fechei a boca, abafando um gemido - foder com os Hacker - Falei toda a frase, gemendo com a boca próxima ao ouvido de Nate. O homem deitou um pouco o corpo na cadeira, de forma não exagerada e o meio de suas pernas, ralou em uma das minhas coxas. - Gostou assim? - Afastei meu rosto do seu e olhei em seus olhos

- garotinha filha da puta - Nate falou e empurrou meu corpo para trás, levantando em seguida. Ele tirou o celular de seu bolso e me entregou - Caso terminem o namorinho, te faço aprender a gemer direito - Olhei a tela do celular. Era um site de notícias, com meu nome e dos gêmeos em destaque. Deslizei o dedo pela tela, enquanto lia todas as informações.

Realmente estavam espalhando boatos sobre traição, como um dos repórteres perguntaram a mim em frente à minha casa. Deslizei mais o dedo sob a tela e cheguei a um print, um print de uma postagem feita no instagram de Vinnie Hacker. Onde ele comunicava de forma pública, o término na relação que estávamos construindo, após descobrir o mau caráter que eu escondia ser. Em seguida confirmou os boatos sobre o meu envolvimento com Stephan, e escreveu uma mensagem sobre; "Eles sempre me falam que eram amigos, nunca imaginei que minha namorada e meu irmão me trairiam dessa forma". O restante da mensagem escrita na legenda da sua foto, era ele afirmando que aconteceu traição da minha parte, pois eu estava ficando de forma escondida, com Stephan, enquanto mantinha um relacionamento de verdade com Vincent.

Mas que merda foi essa que acabei de ler? Vincent não seria capaz de escrever absurdos e mais absurdos dessa forma, sobre mim. Mas por que escreveu? Traição? O relacionamento é entre nós três, e ele sempre teve consciência disso. Então por que postar esse absurdo? E eu ainda estar sendo atacada com tanta gente curiosa, querendo saber sobre algo que eu não fiz

Exposed - VINNIE HACKEROnde histórias criam vida. Descubra agora