Cala...

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- Stephan, do que você está falando? - Perguntei, tentando ter a resposta só em encarar seus olhos raivosos para cima de mim, mas não obtive sucesso

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- Stephan, do que você está falando? - Perguntei, tentando ter a resposta só em encarar seus olhos raivosos para cima de mim, mas não obtive sucesso. Era nítido que ele não me olhava da mesma forma que costuma, ele me encarava como se eu tivesse destruído seu coração nesse exato segundo. Oque eu fiz para esse homem estar assim?

Ele suspirou, pesadamente e calmamente. Seu peito subiu e desceu por trás do tecido da camisa azul marinho, que usava. E eu não deixei de reparar como estava bonito pra cacete usando uma camisa naquele tom. Ok que ele era o Stephan, qualquer pessoa acha esse homem bonito, mas aquela camisa parecia realçar mais aquilo tudo.

- Agora você se faz de desentendida? - Ele falou, com certo deboche em sua voz e observei sua mandíbula travar.

- Não seja escroto, Stephan! - Vincent falou, tirando-me de cima dele, e me fazendo sentar junto à ele na cadeira, de frente para o irmão.

- Os únicos que estão sendo escrotos aqui é ela e... - Stephan começou a falar

- Não faço parte do scooby-doo, Stephan. Fala logo oque merda você tem - O interrompi, com certa raiva ao receber aquele miserável elogio. Levantei, ficando em pé, frente a frente com ele e cruzei meus braços. Eu escrota? Eu não fiz nada! Absolutamente nada, para ele ter motivos de me chamar dessa forma.

- Achei que conhecia você - Ele levou a mão até a testa, esfregando-a -Eu jurei para todo mundo que você era diferente - Seu olhar voltou para mim e não era mais o sentimento de raiva que eu via ali, não mesmo. Era tristeza, ou pior, desgosto. Ele sem desviar o olhar do meu, entregou ao irmão, o celular que segurava desde que chegou. Eu sei que ele estava bravo, sei que eu deveria ficar brava pela forma como estou sendo tratada sem ter feito nada, mas quando notei que ele me olhava daquela forma... Eu o conhecia, ou melhor, eu o conheço. Conheço muito bem esse homem, eu sabia que a coisa realmente tinha sido séria só pela forma como me olhava - Mas...

- Stephan, eu não fiz nada - Respondi, quase com a voz trêmula. Se eu não tinha diagnóstico de ansiedade, acabo de desenvolver. Tenho certeza que nesse exato segundo tenho todos os sintomas que o médico Google diz. - Stephan... - Ele estava me encarando ainda, e seu olhar estava triste. Sim, triste. Seu rosto estava relaxado, mas nitidamente triste.

- Que merda, Ashley... - Falou com a voz firme- por que fez isso? - Ele perguntou, agora com a voz falha. Estiquei minha mão até a dele, para segura-la, mas quando toquei sua mão, ele recuou, puxando sua mão para si - Não estou com a cabeça no lugar nesse momento, não serei uma boa pessoa para escutar você agora.

- Ste, eu prometo que não fiz nada... - A ardência em meus olhos começou e em seguida senti as lágrimas molhando minha bochecha.

- Fez, meu bem - Ele falou - Você não lembra? - Sua voz voltava a ficar tranquila, no tom que sempre usava para direcionar a palavra a mim. - Ashley... Você não lembra? - Ele perguntou novamente quando eu fiquei calada, pensativa, tentando lembrar de algo, mas não vinha nada em minha mente.

Exposed - VINNIE HACKEROnde histórias criam vida. Descubra agora