LEAL - [FINALIZADO]

73°M

MARATONA ON 1/5

Ana Luíza|Analu 🌪️

Eu saí tão rápido do banheiro que esbarrei em alguém deixando tudo que estava nas minhas mãos cair no chão e quando olhei era o Henrique.

Caveira: Tu não muda né? - deu risada. - Não olha por onde anda não?

Ana Luíza: Desculpa, estava distraída. - agachei pra pegar minhas coisas e ele me ajudou. - Ué, já voltou? Achei que ia demorar bem mais.

Porque eu perguntei isso? Ana Luíza segura a língua dentro da boca cara!

Caveira: Tá com ciúmes marrentinha? - debochou.

Ana Luíza: Claro que não! Ciúmes de você?Tirou isso da onde? Fumou maconha estragada? - ele deu risada e se aproximou me prensando na parede.

Caveira: Será que não mermo? - segurou meu rosto olhando nos meus olhos.

Ana Luíza: Henrique me dá licença que eu quero ir dormir porque daqui a pouco vou trabalhar. - empurrei meu corpo pra ele se afastar.

Caveira: Dorme comigo pô! Tô com saudade de tu minha morena. - encarei ele.

Ana Luíza: Pede pra Carol dormir contigo! - pisquei pra ele e sai em direção ao quarto de hóspedes.

[...]

Saí da clínica e fui direto pra casa, hoje eu não tinha nenhuma loja para fazer foto, e confesso que eu agradeci por isso pois estava morta de cansada.

Cheguei até atrasada na clínica hoje, porque fui dormir praticamente de manhã, ainda bem que o Ph levou a Nayara pro trabalho e eu aproveitei a carona.

Cheguei em casa e a primeira coisa que eu fiz foi tomar um banho e colocar meu pijaminha porque hoje nada me tira do meu sofá.

A Helô me mandou mil mensagens e até me ligou me chamando pra ir pro morro hoje, mas eu sei que se eu for pra lá não vou descansar, então eu prometi que amanhã vou pro almoço já que a Helena chegará.

Pedi uma pizza que não demorou muito pra chegar e fiquei assistindo um filme aleatório na Netflix, mas no final acabei adormecendo no sofá mesmo.

Acordei com o meu celular tocando e me assustei quando vi que era 2HRS da manhã e com o nome que brilhou na tela.

📱[Ligação] Henrique 💙
Ana Luíza: Alô, Henrique? Aconteceu algo?
Caveira: Tu fez o que comigo tua fdp? - observei que ele estava bêbado ou até pior.
Ana Luíza: Tá doido Henrique, tá falando do que?
Caveira: Tu me fez macumba né tua mandada, fala a verdade pô!
Ana Luíza: Henrique você tá de brincadeira né? Você não tem o que fazer não? Isso é hora de me ligar? - falei puta.
Caveira: Quem tá de brincadeira comigo é tu que deu rl no nosso lance sua mandada, faz isso com teu preto não marrentinha. - não aguentei e dei risada. - Tu rir né tua fdp? Eu vou brotar aí na tua casa pra tu rir na minha cara tua mandada!
Ana Luíza: Henrique você tá bêbado, para de ser doido, não é pra... - ele desligou na minha cara.

Cara eu comecei a rir sozinha sério, esse menino só pode ser doido na cabeça, eu levantei guardando às coisas na cozinha e desliguei a tv indo pro quarto para finalmente dormir, mas fiquei na cama rindo lembrando do Henrique falando até que escutei a campainha tocar e meu coração gelou.

Quem será essa hora gente? Porque o porteiro não ligou, será que esse maluco veio mesmo? Não é possível cara.

Me levantei calçando meu chinelo e fui até a porta e olhei pelo olho mágico e era o Henrique de cabeça baixa se apoiando na porta e neguei pensando se eu deixava ele ali plantado até cansar.

Mas ele não parava de tocar a campainha cara e até começou a me gritar, então eu tive que abrir a porta.

Ana Luíza: O que você veio fazer aqui Henrique?

Ele praticamente caiu em cima de mim, estava muito bêbado e seus olhos entregavam que ele tinha usado droga.

Caveira: Eu vim te ver minha morena. - falou embolado.

Ana Luíza: Você não tem responsabilidade né Henrique, olha o horário pra você tá dando mole por aí e nesse estado ainda cara! Você usou droga né? - ele confirmou.

Eu fechei a porta e fui arrastando ele direto pro banheiro que sentou dentro do box e eu liguei o chuveiro com água gelada.

Caveira: Porra tá gelado caralho, desliga essa porra aí!

Ana Luíza: Não vou desligar merda nenhuma, isso é pra você aprender. - falei grossa.

Caveira: Meu tênis novinho tua fdp. - dei risada.

Eu fui pegar uma toalha e quando voltei ele estava praticamente dormindo, eu tirei o tênis dele e a roupa com a maior dificuldade porque ele é magrelo mas é pesado viu.

Ele ficou só com a cueca molhada e eu enrolei ele na toalha.

Ana Luíza: Henrique você precisa me ajudar cara, não consigo te levantar não. - ele resmungou. - Anda levanta se não vou te deixar dormir aí no banheiro.

Ele levantou com dificuldade se apoiando em mim e eu levei ele pro quarto ajudando ele deitar na cama, ele mesmo tirou a cueca dele molhada jogando no chão e se enfiou debaixo do cobertor.

Eu fui organizar o banheiro e colocar às coisas dele pra secar e quando voltei pro quarto ele estava reclamando que estava sentindo muito frio, mas ele estava debaixo da coberta e o ar estava ligado no quente, então eu estranhei e coloquei a mão na testa dele que estava pegando fogo.

Fui até a cozinha pra fazer um chá que minha mãe me ensinou e quando entrei no quarto ele estava tremendo e suando muito e eu comecei a ficar preocupada.

Sentei ao lado dele e ajudei ele a tomar o chá, ele continuava reclamando de frio e começou a falar umas coisas nada com nada mas depois adormeceu no meu colo abraçando minha cintura e eu também adormeci.

Acordei com a claridade da janela no meu rosto, peguei meu celular no criado mudo e marcava nove da manhã e tinha várias mensagens no grupo com às meninas, mas eu nem olhei.

O Henrique continuava dormindo em um sono pesado, porque eu tirei o braço dele de cima de mim, levantei e ele nem se quer se mexeu.

Levantei sentido uma puta dor nas costas e no pescoço, com a certeza que foi por conta da posição que eu dormi, praticamente sentada.

Então fui tomar um banho quente pra aliviar, troquei de roupa e fui até a padaria aqui na rua do prédio mesmo e aproveitei e passei na farmácia para comprar um relaxante muscular e também um remédio pro Henrique.

Quando voltei preparei um café forte e sem açúcar porque tenho certeza que ele vai precisar quando acordar.

Coloquei pão de queijo pra assar, fiz uma vitamina de abacate e me sentei na mesa mexendo no celular.

A Helô tinha mandado mensagem no grupo avisando que o Henrique não aparecia em casa desde ontem a tarde e que ele não respondia às mensagens e nem atendia o celular. E para piorar a Helena tinha chegado de Búzios e estava surtando com o sumiço dele, então mandou os meninos irem atrás dele porque que a última vez que ele foi visto foi saindo do morro de madrugada de moto.

Então eu liguei pra ela contando que ele estava aqui e tudo que tinha acontecido, e ao mesmo tempo que ela dava risada também xingava o irmão, e até a Helena quis falar comigo pra ter certeza que ele realmente estava aqui.

Escutei um barulho e imaginei que era ele, então desliguei o celular e fui até o quarto.

Ele estava sentado na cama com às mãos no rosto, creio eu tentando assimilar o que tinha acontecido.

Ana Luíza: Tá melhor Henrique? - ele me encarou sem graça.

Caveira: Minha cabeça tá explodindo pô!

Ana Luíza: Eu comprei remédio pra você, e vem tomar café. - ele concordou.

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