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Pedro Henrique|PH 💸

Quinta-feira, 23:34AM.

Desde ontem que estamos em uma correria do caralho resolvendo cada detalhe do resgate do Caveira.

Até então como foi acordado, só quem sabe da missão é quem irá participar e a nossa família, na verdade menos a Analu. Ela não tá sabendo de parada nenhuma porque geral achou melhor por causa dos bagulhos lá de risco na gravidez que ela tá pô.

Falando nela, me mandou mensagem pouco tempo atrás querendo saber se a gente já tinha descoberto alguma parada, e pelo o que a Nay me falou parece que ela tá meia desconfiada que estamos escondendo algum bagulho dela, Analu é ligeira pô e pega às paradas no ar fácil papo reto, mais estamos tendo essa atitude pro próprio bem dela e da cria que ela tá esperando.

Minha loira tinha vindo aqui pra casa e ficamos o pouco tempo que eu tinha juntos, e hoje ela ia ficar por aqui e dormir com a minha coroa.

Quase que elas não me deixam sair de casa pô e fora que ficaram falando pra caralho na minha orelha mandando eu tomar cuidado e mandar notícias. Essas mulheres da minha vida são foda mano!

Resolvi às últimas paradas que tinha pra resolver e acionei meu padrinho que vai ficar no comando do morro junto com o Atacante.

Finalmente chegou a hora. A ansiedade estava como?? A milhão por hora na moral.

Mermo que o dia tenha sido uma parada atrás da outra pra resolver, demorou pra caralho pra passar e eu ansioso do jeito que estava, contei até os segundos na moral.

A gente estava terminando de colocar às últimas paradas dentro do porta mala dos carros pra meter o pé pra Macaé.

Estávamos divididos em três grupos, sendo três carros com cinco caras em cada um
fechando quinze caras.

Pelas informações que o Tenente me passou hoje pela manhã, ficam dois caras dentro da casa e mais quatro do lado de fora fazendo a segurança do lugar e todos armados, mas ele não tem certeza da quantidade de seguranças tá ligado? Isso aí foi um bagulho que ele conseguiu ver na noite anterior que ele brotou lá pra ver o movimento e obter informações como eu solicitei. E ele também não conseguiu ficar por muito tempo porque podia ser descoberto pelos caras e ser até morto né.

Até então se às informações que o Tenente passou, se confirmar, nós estamos em um número maior e com isso temos vantagem no bagulho.

Eu vou entrar pelos fundos do galpão com o Cidinho e só vamos agir caso o Dg e o Grego precisem de reforço. Eles vão entrar pela frente da casa junto com o restante dos moleques. 

É hoje que a gente vai trazer meu irmão de volta caralho.

23h50 fizemos a nossa oração na frente da boca pedindo proteção à Deus, entramos dentro dos carros e metemos o pé. Até Macaé era um percusso de quatro horas, mas nós estamos com os pilotos de fuga desse Rio pô, então esse percurso iria cair pela metade sem dúvidas.

[...]

A localização estava gravada no GPS e constava que a gente estava à dez minutos do local.

Pra não chamar atenção dos caras nós desligamos os faróis dos carros, e a única coisa que iluminava a estrada de terra era a luz da lua que brilhava no céu.

Essa porra fica no meio do nada mermo pô, é só mato no bagulho. Não tem uma casa no meio desse fim de mundo pô.

Quando bateu cinco minutos do local, a gente estacionou os carros, e os três menor piloto de fuga ficaram dentro dos carros e dois do lado de fora na segurança e eu, Dg, Grego e o resto seguimos a pé.

Eu e o Cidinho cortamos indo por trás no galpão e o Dg e Grego foram pela frente com os outros seis moleques. 

E assim que os quatros pau no cu que faziam a segurança viu eles, começaram a atirar pra cima dos menor e olha que eles estavam em desvantagem hein, mais não recuaram não parceiro, e aí começou a maior trocação porque os que estavam dentro da casa também começaram atirar lá de dentro e um dos nosso foi baleado. 

Como eu e o Cidinho fomos por trás do casa, os fdp não conseguiram ver a gente, e aí a vantagem né? Eu e ele descemos bala nos arrombados por trás e conseguimos acertar dois deles que caíram no chão, um correu pelo meio da mata e o outro se rendeu.

PH: ALGUÉM VAI ATRÁS DESSE FILHO DA PUTA E METE BALA PORRA.— gritei.

— Eu vou chefe.

Os que estavam dentro da casa continuavam atirando.

DG: BORA ENTRAR NESSA PORRA.— fiz um sinal de calma pra ele.

PH: MELHOR VOCÊS SE RENDER SEUS COMÉDIAS.

— PERDEMOS PORRA.— o menor que se rendeu gritou e eles pararam de atirar.

Eu e o Cidinho entramos dentro casa apontando as armas pra eles.

PH: JOGA ÀS ARMAS CARALHO!— eles jogaram.— ALGUMA GRACINHA E EU ESTOURO A CABEÇA DE VOCÊS DOIS.

— A gente é só funcionário mano, nois não sabe de porra nenhuma não caralho.— falou nervoso.— Eu tenho família porra.

PH: Te perguntei algum bagulho teu filho da puta?— ele me encarou negando.— Cadê o cuzão do chefe de vocês?

— Ele só vem aqui durante o dia.

DG: Tem mais algum de vocês aqui nessa porra?— eles negaram.— Se tiverem mentindo já sabem né porra?

PH: Cidinho tira esses comédia daqui.— ele concordou.

Cidinho: Pra fora caralho.— falou empurrando eles.

PH: Vem comigo Grego.

Era um espaço grande pra caralho, e tinha várias e várias caixas de madeira numeradas uma cima das outras e outras cobertas com panos. Com certeza é todos os bagulhos que o fdp desvia das apreensões.

Tinha quatro portas fechadas, e eu o Grego íamos derrubando uma por uma com cuidado é claro porque alguém poderia tá escondido e eu que não era otário de confiar na palavra daqueles cuzão.

E quando jogamos a segunda porta pro chão que eu entrei dentro do quarto, vi meu irmão que gritou empolgado e com o maior sorriso do caralho no rosto quando me viu e pulou em cima de mim.

Porra, graças à Deus mané. Eu contei os dias pra esse momento chegar pô.

Ele estava mais magro do que já era, cabelo grande, barbudo, olhos roxos, boca cortada e fora os hematomas pelo corpo todo mano.

Eu não quero nem imaginar o que meu irmão passou aqui nesse lugar pô, que ódio do caralho!

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LEAL - [FINALIZADO] Onde histórias criam vida. Descubra agora